Como acontece com humanos, o frio intenso também pode impactar a saúde dos animais de estimação, causando desconforto e doenças, especialmente entre os exóticos, como calopsitas, jabutis, coelhos e serpentes.

Répteis e peixes, por exemplo, precisam de fontes externas para manter a temperatura corporal confortável, por isso, são chamados de exotérmicos. Para uma jiboia, a temperatura ideal varia entre 23 °C e 30 °C; abaixo disso, o animal pode sentir desconforto.

“Tutores que criam animais como serpentes, cágados, tigres d’água devem manter equipamentos como termostatos e lâmpadas de aquecimento em pleno funcionamento no inverno”, alerta o veterinário André, da clínica Dr. Pet Zoo de Jundiaí, especializada em atendimento de animais exóticos.

As aves não são exceção.

Calopsitas, cacatuas e papagaios, por exemplo, talvez precisem de um aquecedor portátil ou cobertores nas gaiolas se o termômetro indicar temperatura abaixo dos 18 °C.

“É importante manter os animais longe de janelas abertas, varandas e quintais em dias mais frios”, recomenda Matheus, também veterinário do Dr. Pet Zoo.

Quando cuidados não são adotados, o desconforto térmico vira doença. As mais comuns são pneumonia, bronquite, congestão e sinusite.

“Os principais sintomas que indicam desconforto com o frio são redução ou perda de apetite, baixa digestão, penas eriçadas e patinhas e bico roxos no caso das aves”, afirma André.

Apesar dos roedores a lagomorfos se sentirem confortáveis no frio, coelhos e porquinhos da índia que circulam no chão das casas podem desenvolver doenças respiratórios, por isso vale a pena forrar o chão nos dias mais gelados.

“Se guardar os alimentos dos pets na geladeira, tire antes de oferecer ao animal”, aconselha Matheus. “Vale lembrar que consultas de rotina são muito importantes para check-ups e orientações extras”, conclui.

Veja as temperaturas de conforto para alguns exóticos:

Roedores e lagomorfos: 18 °C a 24 °C

Répteis: 24 °C a 28 °C, na zona fria; e 35 °C a 38 °C, na zona quente

Aves: 18 °C a 28 °C