Na última semana, após discursar na Cúpula do Clina da ONU na segunda-feira (23), um dia antes da Assembleia-Geral, a qual recebeu o presidente Bolsonaro, Greta Thunberg esteve entre os assuntos mais comentados nas redes sociais, muito devido ao discurso indignado que fez em frente a líderes de governo de todo o planeta.

Greta Thunberg ficou conhecida aos 15 anos, quando decidiu faltar às aulas todas às sextas-feiras e protestar em frente ao Parlamento Sueco sobre as mudanças climáticas. Seu movimento, silencioso no início, criou o “Friday for Future”, em tradução livre, “Sexta-feira para o Futuro”. Em 15 de março, a primeira greve mundial aconteceu, com estudantes de todo o planeta faltando à escola na sexta-feira para se manifestarem contra ações que degradam o meio ambiente.

Autismo

Greta foi diagnosticada com transtorno de espectro autista, o TEA, aos 11 anos de idade. A garota sueca que inspira multidões tem a síndrome de Asperger e prova que pessoas com deficiência não devem ser excluídas, pelo contrário, merecem ser ouvidas, e cada vez mais.

À jornalista Christiane Amanpour, da CNN, ela afirmou que a síndrome pode ter contribuído para que ela dedique todo o seu foco à proteção do clima. “Tenho Asperger e isso significa que meu cérebro funciona de um jeito um pouco diferente. Eu vejo as coisas em preto e branco, com lógica. Se eu não fosse tão estranha, então eu teria me distraído com o jogo social que as pessoas jogam”, relata.

Na mesma época que recebeu o diagnóstico da Asperger, Greta enfrentou uma depressão e se ausentou por um tempo da escola. Ela entende que a preocupação com o futuro foi um item que contribuiu para o quadro depressivo. A sueca só conseguiu se reerguer quando foi ouvida e convenceu os pais sobre a existência de uma crise climática.

Hoje, reconhecida mundialmente, ela e a família têm atitudes que evitam a emissão de gases estufa e preservam o meio ambiente. A mãe, por exemplo, não viaja mais de avião e todos  deixaram de comer carne. Greta, por exemplo, deixou o Reino Unido semanas antes de seu discurso na ONU.

A garota de 16 anos, diagnosticada com Asperger, atravessou o Atlântico em um veleiro.