PF prende português em Valinhos em operação contra tráfico de bebês
Foto: Divulgação/Polícia Federal

Na manhã desta segunda-feira (4), a Polícia Federal prendeu um homem português suspeito de participar de um esquema de tráfico internacional de bebês, em Valinhos. Além do mandado de prisão preventiva, a operação cumpriu outros cinco de busca pessoal e busca e apreensão, três destes em Itatiba.

No dia 30 de novembro, a promotoria de Valinhos informou a Polícia Federal sobre um bebê recém-nascido abandonado pela mãe na Santa Casa da cidade. De acordo com a investigação, um homem de nacionalidade portuguesa registrou paternidade do bebê, que ainda está no hospital.

Assim, os policiais apuraram que, em menos de um mês, o mesmo homem havia registrado outra recém-nascida como sua filha no mesmo hospital. A investigação mostrou que os registros de paternidade aconteceram por meio de documentos falsos, em juízos diferentes e acompanhados de pedidos de guarda unilateral dos bebês. Ou seja, o homem poderia sair do país com a criança sem a autorização da mãe.

Investigação internacional

Ainda segundo a Polícia Federal, o suspeito fez quatro viagens entre Brasil e Portugal nos anos de 2015, 2021 e 2023. No último ano, realizou duas viagens, a segunda mais recente. Na última saída do Brasil, conforme investigado, o homem levou uma recém-nascida, com menos de um mês de vida, para Portugal. Quando voltou a São Paulo, o suspeito não estava mais com a criança.

Diante das suspeitas, o hospital adiou a alta do bebê e a PF iniciou uma série de diligências com o apoio do Ministério Público do Estado de São Paulo, Ministério Público Federal, Justiça Federal e equipe médica da Santa Casa de Valinhos. Enquanto isso, no exterior, a Adidância da Polícia Federal em Portugal auxiliará nas investigações e tentará localizar a recém-nascida levada para a Europa.

Os envolvidos no caso poderão responder por tráfico internacional de crianças, registro falso, promoção de ato destinado ao envio de criança ou adolescente para o exterior com inobservância das formalidades legais ou com o fito de obter lucro, entre outros delitos. A pena pode ultrapassar 18 anos.

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