Suspeito de matar adolescente em Campo Limpo Paulista é preso dois anos após o crime
Foto: Divulgação/Polícia Civil/Arquivo Pessoal

Nesta quinta-feira (21), a Polícia Federal prendeu Wellington Galindo de Queiroz (42), principal suspeito de matar a adolescente Lara Maria Oliveira Nascimento, de 12 anos, em Campo Limpo Paulista. A prisão acontece dois anos após o crime.

As autoridades prenderam Wellington em Foz do Iguaçu, no Paraná, próximo à região da Ponte Internacional da Amizade. Há algumas semanas, a PF recebeu informações sobre o possível paradeiro do foragido, na região da Tríplice Fronteira.

Durante abordagem, o suspeito se apresentou com nome falso e foi encaminhando para a Delegacia de Polícia Federal em Foz do Iguaçu. No local, confessou que fugiu de São Paulo para Foz na intenção de ir para o Paraguai. No entanto, ao chegar à cidade paranaense, decidiu morar ali, com o nome de Diego e realizando pequenos serviços manuais.

Além do mandado de prisão preventiva pelos crimes de homicídio e estupro de vulnerável, ocorridos em Campo Limpo Paulista, havia um mandado de prisão aberto pelo crime de porte ilegal de arma de fogo, expedido pela Vara de Execuções do Tribunal de Justiça de Pernambuco.

De acordo com a delegada responsável pelo caso, Ivalda Aleixo, Wellington já assinou o mandado de prisão e deve passar por audiência de custódia nesta sexta-feira (22). Agora, a Delegacia Seccional de Jundiaí cuida da logística para buscar o suspeito no Paraná.

Caso Lara

O desaparecimento e morte da adolescente Lara Maria Oliveira Nascimento, de 12 anos, em Campo Limpo Paulista, causaram comoção em todo o Brasil. Lara desapareceu no dia 16 de março de 2022, quando saiu de casa para comprar refrigerante. Três dias depois, encontraram seu corpo em um terreno localizado em Francisco Morato, com marcas de violência.

De acordo com o laudo do Instituto Médico Legal (IML), Lara morreu por traumatismo craniano causado por ao menos quatro golpes na cabeça. Além disso, o legista citou a presença de sinais de crueldade e disse que o criminoso possivelmente usou um martelo ou uma picareta.

O documento confirmou também a presença de cal no corpo da adolescente. A Polícia Civil confirmou, no dia 19 de maio, que os laudos descartaram abuso sexual e uso de entorpecentes na morte da adolescente.

Wellington Galindo de Queiroz, de 42 anos, é considerado o principal suspeito do crime. A polícia já havia sido ouvido Wellington informalmente por telefone e o intimou a prestar esclarecimentos na delegacia, mas ele se negou. Após a intimação, no entanto, a polícia não conseguiu mais contato com o suspeito, até sua prisão nesta quinta-feira (21).

Wellington tem passagens na polícia por tráfico de drogas, crime contra o patrimônio, associação criminosa e receptação. As autoridades o consideravam foragido desde o dia 28 de março de 2022, quando a Justiça decretou a prisão temporária dele por 30 dias pelo assassinato da adolescente.

Em agosto de 2022, a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Jundiaí (SP) concluiu o inquérito do caso com um relatório que apontou que a adolescente teria negado qualquer contato com o homem. Assim, ele acabou dando vários golpes na cabeça dela para que ela não o denunciasse.

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