
Em declaração nesta segunda-feira (23), a Procuradoria Geral da República (PGR) disse que o acampamento montado por manifestantes em frente ao Quartel do Exército, em Brasília, funcionava “como uma vila”.
De acordo com o órgão, no acampamento existia “uma situação de estabilidade e permanência da associação formada por centenas de pessoas que acamparam em frente à unidade do Exército”.
Ainda segunda a PGR, o complexo montado por bolsonaristas tinha refeitório, transporte, atendimento médico, massoterapia, espaço para confissão religiosa, de carregamento de aparelhos eletrônicos, feira e até mesmo uma sala para teatro de fantoches.
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A Procuradoria informou que denunciou mais 54 pessoas por crimes relacionados ao ataque golpista à sede dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro. Com essa, já são três “levas” de denúncias que a PGR apresenta contra pessoas que participaram dos atos. Assim, ao todo, já são 98 ações penais.
Essas últimas 54 pessoas passaram por audiência de custódia e estão em unidades do sistema prisional do DF. Dessa forma, os denunciados responderão por incitação ao crime, equiparado por animosidade das Forças Armadas contra os Poderes Constitucionais e associação criminosa. Ambos estão previstos na Constituição.