STF aceita denúncia contra Moro por calúnia a Gilmar Mendes
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Política

STF aceita denúncia contra Moro por calúnia a Gilmar Mendes

Em um vídeo, o ex-juiz sugeriu que o ministro vende sentenças. A defesa de Moro fala em “brincadeira infeliz”.

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Senador Sérgio Moro
Por unanimidade, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal recebeu denúncia da PGR, que imputa calúnia ao senador (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)

Nesta terça-feira (4), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o senador Sérgio Moro (União-PR), por suspeita de caluniar o ministro Gilmar Mendes.

De acordo com a decisão, o ex-juiz responderá criminalmente por sugerir em um vídeo que o ministro vendia decisões judiciais. “Não, isso é fiança, instituto… pra comprar um habeas corpus do Gilmar Mendes”, afirmou Sérgio Moro na gravação. Ainda que antigo, o vídeo repercutiu nas redes sociais apenas em abril de 2023.

O advogado que representa Moro, Luís Felipe Cunha, afirmou que a expressão foi “infeliz”, “em um ambiente jocoso”. Ainda mais, ressaltou que não foi o senador quem editou e espalhou o vídeo nas redes sociais.

Além disso, de acordo com a defesa, Sérgio Moro tem um “imenso respeito” pelo ministro Gilmar Mendes e não o acusou de vender sentenças. “Foi uma brincadeira […] Nenhum fato determinado foi atribuído ao ministro”, disse o advogado.

Ação penal contra Moro

A gravação do vídeo aconteceu quando Sérgio Moro ainda não era senador, no entanto, os ministros decidiram que, como a gravação veio a público durante o exercício do mandato, o STF tem competência para julgar o caso.

Além disso, por unanimidade, a Primeira Turma decidiu que há elementos suficientes para instaurar uma ação penal contra o ex-juiz. O julgamento acontecerá apenas após a fase de instrução do processo, quando haverá depoimentos de testemunhas e produção de provas complementares.

A relatora do processo, ministra Cármen Lúcia, rebateu a afirmação da defesa de que a fala de Moro foi uma “brincadeira”. De acordo com ela, a brincadeira “não autoriza a ofensa à honra” e não pode “servir de justificativa” para o crime de calúnia.

“A conduta dolosa do denunciado, descrita pela PGR, consistiu em expor a sua vontade livre e consciente de imputar falsamente a magistrado deste Supremo Tribunal fato definido como crime de corrupção passiva”, defendeu a ministra. “Se demonstrou suficientemente a falsa imputação.”

Acompanharam Cármen Lúcia os ministros Fávio Dino, Cristiano Zanin, Luiz Fux e Alexandre de Moraes. Flávio Dino destacou as divergências entre Sérgio Moro e o ministro em torno da Operação Lava Jato. O ministro questionou o motivo da imputação de Moro sobre o ministro Gilmar Mendes “e não a qualquer outro”.

“Este fato é relevante, porque não foi, certamente, uma escolha aleatória, uma vez que é público que o ministro Gilmar Mendes julgou, seguidas vezes, de modo restritivo em relação a ações penais conduzidas pelo então magistrado Sérgio Moro”, disse Dino.

Política

STF tem maioria para descriminalizar porte de maconha para uso pessoal

Ministro Dias Toffoli apresentou complemento de voto na retomada do julgamento pela Corte

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Homem acendendo um cigarro enrolado à mão com um isqueiro, relacionado à discussão sobre descriminalização do porte de drogas
Foto: Canva

Nesta terça-feira (25), o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), esclareceu seu voto e reafirmou seu apoio à descriminalização do porte de maconha para consumo pessoal. Com este posicionamento, o STF formou maioria a favor da não criminalização da posse da droga para uso próprio no Brasil. Posição dos ministros sobre a descriminalização do porte de maconha Ainda…

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Política

STF retoma julgamento nesta quinta (20) sobre descriminalização do porte de drogas

Debate havia sido interrompido em março deste ano por um pedido de vista do ministro Dias Toffoli

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STF retoma julgamento sobre descriminalização do porte de drogas
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O Supremo Tribunal Federal (STF) volta a se reunir na próxima quinta-feira (20) para dar prosseguimento ao julgamento que pode definir o futuro da descriminalização do porte de drogas no Brasil. A retomada do debate, que havia sido interrompido em março deste ano por um pedido de vista do ministro Dias Toffoli, representa um passo importante para a revisão da…

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Política

Lula diz que pode disputar a reeleição para evitar a volta de ‘negacionista’

Presidente destacou que há “muita gente boa” para se candidatar, e buscar a reeleição “não é a primeira hipótese”

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Presidente Lula falando ao microfone a frente da bandeira do Brasil
Foto: Ricardo Stuckert/PR

Em entrevista à Rádio CBN, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (18) que pode tentar a reeleição nas eleições de 2026 "para evitar que trogloditas voltem a governar" o Brasil. Porém, Lula destacou que há "muita gente boa" para se candidatar, e buscar a reeleição "não é a primeira hipótese". Discurso sobre de Lula sobre…

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Eleições 2024

Zé Dirceu em Jundiaí participa do lançamento da pré-candidatura de Bocalon

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Zé Dirceu em Jundiaí rodeado de apoiadores no lançamento da pré-candidatura de Bocalon à prefeitura de Jundiaí
Foto: Divulgação/Arquivo pessoal

Um domingo agitado marcou o cenário político com a presença do ex-ministro José Dirceu em Jundiaí. O petista, recentemente livre da pena imposta pela operação Lava Jato, prestigiou o lançamento da pré-candidatura de Ricardo Bocalon (PSB) à prefeitura da cidade. O evento, realizado neste domingo, 16, reuniu centenas de pessoas que, em fila, aguardavam ansiosas a oportunidade de registrar uma…

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Política

Primeira-dama Janja critica projeto de lei que equipara aborto ao crime de homicídio

Ela classifica como “preocupante” o avanço do projeto e que ele “ataca a dignidade das mulheres e meninas”

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Primeira Dama Janja
Janja classificou a proposta como "preocupante". Foto: José Cruz/Agência Brasil

Nesta sexta (14), a primeira-dama Janja da Silva manifestou-se em suas redes sociais sobre o projeto de lei da Câmara dos Deputados que equipara o aborto após a 22ª semana de gestação ao crime de homicídio. Janja classificou a proposta como "preocupante" e afirmou que ela "ataca a dignidade das mulheres e meninas". Avanço do projeto no Congresso A declaração…

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