Linha roxa representa casos registrados nos EUA. Outras linhas mostram a mudança de ritmo de crescimento no Brasil. (Foto: Reprodução)
“A quarentena pode estar salvando o Brasil”. O título é de um vídeo gravado pelo engenheiro e cientista brasileiros Maurício Féo. A mensagem do pesquisador que faz doutorado em física de partículas no Cern, uma organização europeia de pesquisa nuclear que opera o maior acelerador de partículas do mundo, em Genebra, Suíça, já chegou a mais de meio milhão de pessoas.
No vídeo, ele explica o crescimento exponencial de uma epidemia. Se uma pessoa contamina duas, e essas duas, infectam mais duas, rapidamente a curva cresce, e números que estavam na casa dos milhares, passam para a casa do milhão.
“Não sou qualificado para dizer até quando deve ir a quarentena, até onde o dano econômico é aceitável, mas estou vendo pessoas apoiarem um lado ou outro baseadas em política e espalhando desinformação”, explica Féo, sobre a motivação em gravar o vídeo. “Vi gente argumentando que muitas pessoas estão morrendo do mesmo jeito, então a quarentena não serviu de nada. Não sou qualificado para opinar sobre saúde e economia, mas qualificado para dizer que temos de levar em conta os dados certos. E foi isso que quis apresentar”, comenta.
O cálculo do engenheiro mostrou que, até a quarentena ser decretada em São Paulo, por exemplo, a tendência da curva era uma. Com as medidas de distanciamento, passou a ser outra, menos íngreme.
“O número de casos ainda esta aumentando, e bastante, mas não em proporção exponencial, graças, certamente, às medidas adotadas de distanciamento social, uso de máscara e higiene pessoal”, confirma.
“Isso significa que a estratégia está sendo bem sucedida. Definir o pico da epidemia sem a adoção de nenhuma medida de prevenção é fácil, os epidemiologistas no mundo inteiro já fizeram isso. Então vemos o pico ser adiado. Se o pico não chegou na projeção esperada, significa que foi um sucesso. Não é uma má notícia”, disse ao Estado de S. Paulo.
Apesar de especialistas já dizerem que o Brasil começa a se apresentar como novo epicentro do coronavírus no mundo, a curva cresce mais vagarosamente.
“Aqui começamos a agir quando tínhamos 1,5 mil casos. Nos EUA demoraram muito mais. Provavelmente teríamos seguido a mesma trajetória deles. Veja que no mesmo dia em que o Brasil tem 79 mil casos, os EUA apresentam 735 mil, quase dez vezes mais. Mesmo que a subnotificação no Brasil seja na casa de dez, teríamos 790 mil casos. Mas os EUA também têm subnotificação. E mesmo que a deles fosse apenas de dois, já teriam mais de um milhão de casos”, conclui.
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