Ginecologista do Hospital São Vicente orienta sobre câncer de colo do útero
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Saúde

Ginecologista do Hospital São Vicente orienta sobre câncer de colo do útero

Doença é o terceiro tipo de câncer mais incidente em mulheres, atrás apenas do câncer de pele e mama.

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A médica ginecologista do Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HSV), Dra. Gabriela Pravatta Rezende (Foto: divulgação)

A população feminina recebe, durante esse mês, mais um lembrete da importância de cuidar da saúde e realizar anualmente os exames ginecológicos, a fim de evitar ou detectar precocemente doenças em estágios iniciais, como o câncer de colo de útero, tema para a campanha Março Lilás. Este é o terceiro tipo de câncer mais comum em mulheres de 35 a 45 anos e, como um sinal de alerta, não apresenta sintomas, dificultando a identificação do tumor.

A médica ginecologista do Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HSV), Dra. Gabriela Pravatta Rezende, conta que o preconceito ainda é um dos principais fatores para não realização das consultas de rotina e exames preventivos. “É um câncer que acomete predominantemente mulheres um pouco mais velhas já que, pela história natural do câncer de colo, a doença é causada pelo Papilomavírus Humano, o HPV. Percebo que o assunto é tratado como tabu, mais ainda do que o de mama, devido a referência a doença sexualmente transmissível. Além disso, o rastreio desse tipo de câncer exige que a paciente passe em consultas regulares, seja examinada e, querendo ou não, para algumas mulheres esse processo pode ser desconfortável e até mesmo constrangedor. De qualquer forma, é importante que todos saibam que o HPV é mais comum do que imaginam. A estimativa é de que 85% das mulheres sexualmente ativas vão ter contato em algum momento da vida com algum subtipo do HPV. Por isso é fundamental que todas tenham a vacinação em dia”, explica a especialista.

A médica ressalta que este, mesmo sendo o principal, não é o único fator que pode contribuir para o desenvolvimento do tumor. “Esta é uma doença maligna, quando as células do colo do útero sofrem mutações e passam a crescer de maneira desordenada. Nesse cenário, pode acometer órgãos vizinhos e apresentar metástase em várias regiões. Existe uma série de fatores que predispõe a mulher a ter o câncer, como o tabagismo, a iniciação sexual precoce e a multiplicidade de parceiros sexuais”.

O câncer de colo de útero, em sua maioria, não apresenta sintomas, o que dificulta sua identificação. Ainda assim, é possível que ocorra sangramentos, dor de cabeça, dor pélvica e conteúdo vaginal diferente, como secreções persistentes. A orientação é que a paciente procure imediatamente por um serviço de saúde. “Para prevenção, além de hábitos saudáveis como ter uma boa alimentação e fazer atividades físicas, é indispensável a realização dos exames preventivos. O principal é a coleta de citologia oncológica, conhecido como Papanicolau, onde são raspadas as células do colo do útero. A recomendação da coleta é anual e a partir dos 25 anos mas, se não houve alterações, o exame pode ser feito a cada três anos. A ideia do Papanicolau é detectar antes de virar um câncer, é detectar a lesão precursora. Dentro de um passo a passo, primeiro temos a infecção, depois a lesão precursora e depois o câncer. O objetivo é detectar a doença o quanto antes”, reforça a ginecologista.

Após o resultado do exame de biopsia, viabilizado por um procedimento chamado conização, onde um pedaço em formato de cone é retirado do órgão para a realização de uma biópsia, os especialistas irão avaliar o resultado. Se o exame apontar somente uma lesão precursora, a paciente não precisará de tratamento, apenas acompanhamento médico e realização de exames com intervalos menores de tempo. Em casos de canceres mais avançados e dependendo do estadiamento, os tratamentos podem ser cirúrgicos, quimioterápicos e radioterápicos.

“Todas as consultas, exames preventivos e tratamentos estão disponíveis pelo Sistema Único de Saúde (SUS), então não existe desculpa para não cuidar da saúde. Campanhas como o Março Lilás agregam conhecimento e informação, assim como diversas outras ao longo do ano. É preciso falar sobre o assunto, seja como for”, finaliza Dra. Gabriela.

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