dia mundial da hipertensão
Em torno de 30% dos adultos brasileiros têm pressão alta. Destes, apenas metade é diagnosticada e tratada corretamente

Comemorado na sexta-feira, 17 de maio, o Dia Mundial da Hipertensão dá espaço para que números alarmantes sejam discutidos na saúde pública brasileira.

Em torno de 30% dos adultos brasileiros têm pressão alta. Apenas metade dessa quantidade é diagnosticada e tratada corretamente.

De acordo com o cardiologista Dr. Marco Antônio Dias, Diretor Científico da Regional Jundiaí da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp), a doença é muito silenciosa e este é um grande perigo.

“Muitas vezes, o paciente só procura o médico quando há uma complicação. No caso, a hipertensão pode causar um infarto ou um Acidente Vascular Cerebral [AVC], por exemplo”, explica o médico.

Como em boa parte dos casos não há sintomas, ou eles não são muito evidentes, a adesão ao tratamento também não é grande.

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“Isso é um grande risco. Ela gera problemas muito sérios, alterações nas artérias, lesões no cérebro, coração ou rim. Pode deixar consequências gravíssimas”, fala o especialista.

O paciente é considerado hipertenso quando sua pressão medida no consultório é maior ou igual a 14 por 9 mmHg, ou quando a média das medidas obtidas em casa é superior a 13,5 por 8,5 mmHg.

O melhor caminho para o combate à hipertensão é a prevenção. “Devem-se eliminar os fatores de risco, como tabagismo, alimentação inadequada, obesidade, sedentarismo, colesterol e triglicérides elevados, excesso de consumo de sal e álcool, estresse e diabetes”, afirma o Dr. José Francisco Kerr Saraiva, presidente da Socesp.

Uma avaliação médica periódica é a principal tática para se deixar a pressão nos níveis ideais.