"Nininha por esse mundão": para ouvir, viajar e sentir
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“Nininha por esse mundão”: para ouvir, viajar e sentir

Com classificação etária livre, neste 27 de abril, uma quarta-feira à noite, tem contação de história diferenciada no Solar do Barão, com entrada franca.

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Nininha por esse mundão
Começando pelas excursões de trem, passa pelos roteiros de ônibus, por voos com e sem sustos e pela navegação por diferentes mares (Foto: Edu Cerioni)

Das 19h30 às 20h, o ouvinte vai ser convidado a usar uma venda nos olhos para embarcar em uma aventura junto com Marici Nicoli e Magno Henrique Mendes, que resgatam histórias vividas por dona Nina Cerioni em seus mais de cinquenta anos de passeios por todo o mundo.

O texto foi escrito pelo filho Edu Cerioni e o projeto aprovado pelo programa “Cultura Mais” da Prefeitura Municipal de Jundiaí, via Gestão de Cultura. A ideia é a de estimular outros sentidos na ausência da visão com o violonista Magno, que é cego, e a voz da atriz Marici.

O Museu Histórico e Cultural foi escolhido por ser o patrimônio arquitetônico que dona Idalina Periotto Cerioni (12.05.1923 +12.04.2020) mais visitava e gostava, onde expunha anualmente seus presépios. Ela está na história de Jundiaí por ter ajudado a criar a Festa Portuguesa, da qual foi a “velhinha-propaganda” por mais de duas décadas, fundadora do Coral Pio X e uma das primeiras guias de turismo.

O convite deste 27 de abril é exatamente para que o público curta viagens de “Nininha por esse mundão”. Começa pelas excursões de trem, passa pelos roteiros de ônibus, por voos com e sem sustos e pela navegação por diferentes mares.

Nininha andou de camelo ao redor de pirâmides, foi ao Muro das Lamentações e se esbaldou no Moulin Rouge. Contava sobre desertos e brincadeiras na neve. Foi escolhida rainha de um cruzeiro entre Itália e Grécia. Dividiu página dupla como pôster de revista em foto junto com o Papa João Paulo II, esteve nas profundezas da Caverna do Diabo e nas alturas da Torre Eiffel.

Por décadas foi o trem que a levou para longe, sempre acompanhada. Promoveu excursões pelos trilhos da Santos-Jundiaí na virada dos anos 60 para 70. Tinha orgulho em ser quem possibilitou que muitos jundiaienses conhecessem o mar.

Curtia cair na estrada mesmo que o destino se repetisse muitas e muitas vezes. E o melhor é que sempre encarava como se fosse a primeira vez. Assim, achava graça nos pequenos presentes que a vida ia lhe reservando pelo caminho. Teve férias de meio do ano em que foi cinco vezes seguidas ao Rio de Janeiro. Quebrou fronteiras. Agitou Argentina, Uruguai, Bolívia e especialmente o Paraguai.

Yes e Not era tudo o que falava em inglês e somente entedia um pouco de italiano, além, do portunhol é claro. Mas o suficiente para cruzar certa vez a Europa sozinha. Esteve na Espanha, França, Suíça, Áustria, Grécia… Passou uma temporada na Itália, visitando lugares de seus ancestrais, e outra em Portugal, para entender um pouco mais do povo que se tornara para muita gente representante aqui na cidade.

Dos monumentos todos, gostava de lembrar o prazer em conhecer a Torre de Pizza, o Louvre – “a Monalisa é pequenininha”, dizia -, a Torre Eiffel, o Cristo Redentor, as Pirâmides de Gizé, as Cachoeiras do Iguaçu, o Coliseu Romano e os passeios por rios como o Tejo, Douro e Sena.

Fotografia era com ela mesmo, tinha em sua casa uma infinidade de porta-retratos com os mais diferentes personagens ao seu lado e em lugares diversos. Tinha uma pequena câmera que levava pra cima e pra baixo o tempo todo. E sempre fazia fotos das pessoas que iam junto, uma verdadeira paparazzi.

Essa história, com uma pitada de saudosismo, é que traz à tona agora o jornalista Edu Cerioni, editor de site com atuação em jornais e revistas de circulação nacional, como “Estadão” e “Vogue Homem”, autor do livro “Infinita è Tua Beleza”, sobre os 25 anos de desfiles do bloco de Carnaval Refogado do Sandi, e do e-book “Maria dos Pacotes, A Lenda”, em fase de lançamento.

A Voz

Desde os anos 80, Marici Nicioli tem forte participação no teatro jundiaiense, com grupos como Teatrando, Cia Meda de Teatro e Grupo Acme, entre outros. Com “As Noivas de Nelson”, pela Cia Paulista de Artes, ganhou o prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante no IX Festival Nacional de Teatro Cacilda Becker. Com o Performático Éos coleciona trabalhos marcantes como em “Chove Muito Lá Fora”, “Amor Sem Limites” e “Humanos Anônimos”. Se apresentou no Rio de Janeiro, no Recife e em Portugal. Ajudou a criar o Festival Pão e Poesia, participou do Festival de Monólogos de Jundiaí, cidade na qual trabalha como pesquisadora de clown e professora de teatro.

O Som

Magno Henrique Mendes sofreu um descolamento de retina ao cair do telhado de casa quando tinha 8 anos de idade, perdendo a visão aos 9. Se formou em contabilidade, trabalha em gestão de projeto social e cerca de três décadas depois do acidente, coleciona apresentações musicais solos ou em bandas em diferentes palcos. Começou a tocar violão aos 15 anos e prepara um repertório que promete levar o ouvinte sem sair do Solar a diferentes regiões e países.

Serviço

  • “Nininha por esse Mundão” – Contação de História
  • Data: 27 de abril de 2022 – quarta-feira
  • Horário: 19h30
  • Local: Museu Histórico e Cultural de Jundiaí – Solar do Barão
  • Endereço: Rua Barão de Jundiaí, 762, Centro
  • Classificação: Livre
  • Entrada: Gratuita

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