Amamentação: pediatra destaca 3 informações importantes que você precisa saber
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Amamentação: pediatra destaca 3 informações importantes que você precisa saber

A pediatra e especialista em promoção, proteção e apoio ao Aleitamento Materno, Dra. Tatiana Romagnoli, destacou três informações importantes quando o assunto é amamentação e como ela impacta no desenvolvimento infantil.

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Foto: Arquivo Pessoal

Nos últimos anos o tema amamentação se tornou um assunto em alta, trazendo boas discussões sobre a importância de buscar informações sobre amamentar e também sobre o leite materno. Mas, em meio a tantas dicas e conteúdos, é importante saber de forma fácil e direta o porque a amamentação é tão importante e o quanto ela influencia no desenvolvimento infantil.

Para trazer clareza sobre o assunto, a pediatra jundiaiense Tatiana Romagnoli Barbosa de Lima, que é membro titular da Sociedade Brasileira de Pediatria e da Academia Americana de Amamentação (Academy of Breastfeeding Medicine), e soma mais de 15 anos de experiência em atendimentos pediátricos e consultoria de amamentação, destaca pontos que devem ser disseminados e vir ao conhecimento geral.

“O aleitamento materno é tão importante que a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) é que até os seis meses, a amamentação seja exclusiva, justamente por ser uma das formas mais eficazes de garantir saúde infantil e proteger o bebê de inúmeras doenças e infecções”, afirma Tatiana.

O leite materno protege a saúde do bebê

A primeira dica que é importantíssimo saber sobre o aleitamento materno é que ele vai além do que uma fonte de alimentação. O bebê nasce sem proteção natural, ou seja, com baixo nível de anticorpos e é o leite materno que fornece bioativos, enzimas, anticorpos e hormônios que ajudam a proteger o bebê.

Isso porque o leite materno é composto por mais de 1.000 proteínas, milhões de células vivas que incluem glóbulos brancos, que reforçam o sistema imunológico, e células estaminais, que ajudam no desenvolvimento e regeneração dos órgãos.

“Muitos estudos hoje mostram que a amamentação tem inúmeros benefícios, inclusive pode servir como analgesia, reduzindo o choro e aliviando os bebês enquanto são vacinados. Importante frisar que, ainda que os bebês fiquem doentes, a amamentação pode e deve continuar, afinal os componentes protetores do leite materno tendem a aumentar em casos como esse”, explica a pediatra.

A amamentação e o desenvolvimento infantil estão 100% ligadas

Você sabia que nos primeiros seis meses do bebê, a massa cerebral chega a quase duplicar, sendo um período crucial do desenvolvimento infantil?

Pesquisas realizadas nos Estados Unidos mostraram que as crianças amamentadas exclusivamente no peito por pelo menos três meses, apresentam de 20% a 30% mais substância branca, que é responsável por ligar diferentes áreas diferentes do cérebro.

“São inúmeras as pesquisas que mostram a importância da amamentação para o desenvolvimento do cérebro do bebê e existe explicação médica para isso. O leite materno é rico em ácidos graxos de cadeia longa, como o DHA, que tem efeito extremamente positivo sob o cérebro”, reforça Tatiana.

Até quando vão os benefícios da amamentação?

A resposta é: para toda a vida. Os benefícios da amamentação vão além dos primeiros seis meses de vida. Aliás, quanto mais tempo a criança receber o leite materno, mais vantagens terá.

“Cada mamada aumenta o nível de ocitocina, conhecido como o “hormônio do amor”, que pode ajudar o bebê a lidar com situações adversas no futuro, como o estresse, além de contribuir para a criação de vínculo. Além disso, a amamentação materna ajuda a diminuir o desenvolvimento de obesidade e diabetes tipo 1 ou 2 quando adulto”, reforça a pediatra.

Informação é essencial para que a amamentação seja bem estabelecida

A amamentação pode ser desafiadora, por isso, buscar por informações que reforcem a importância do aleitamento materno, assim como procurar ajuda de especialistas é essencial para que seja uma fase bem estabelecida.

“Como especialistas, temos o papel de promover e ajudar para que a amamentação se estabeleça e as famílias, principalmente as mães, consigam manter e prolongar esse período tão importante para o desenvolvimento infantil”, diz a especialista.

Lembrando que a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que os bebês sejam alimentados exclusivamente com leite materno até os 6 meses de idade. E que, mesmo após a introdução dos primeiros alimentos sólidos, sigam sendo amamentados até, pelo menos, os 2 anos de idade.

Sobre a Dra. Tatiana Romagnoli Barbosa de Lima

Formada em Medicina em 2005 pela Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ), concluiu residência em Pediatria em 2008 e, atualmente, é membro titular na Sociedade Brasileira de Pediatria, da Academia Americana de Pediatria, da Sociedade de Pediatria de São Paulo e da Academy of Breastfeeding Medicine (Academia Americana de Amamentação).

Por sua formação, presta serviço à população através do Sistema Único de Saúde (SUS) e também em redes particulares, presencial e também através de telemedicina.

A Dra. Tatiana Romagnoli Barbosa de Lima especializou-se em amamentação e faz parte da Internacional Lactation Consultant Association (Associação Internacional de Consultores de Lactação, em tradução livre), atuando como Pediatra na Promoção, Proteção e Apoio ao Aleitamento Materno, assim como em consultoria de amamentação.

Além de ministrar palestras sobre desenvolvimento e crescimento saudável do bebê, a Dra. Tatiana também promove atendimento e acompanhamento regular da população infantil, contribuindo para a redução de atendimentos de urgência e emergência hospitalar, assim como a redução de internações.

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