Quando pensamos em qualidade de vida e longevidade, uma série de ações aparecem em nossa mente. Ainda que seja um desejo, não é um hábito que mantemos. A medicina preventiva surgiu com o intuito de mudar a prática médica, que, antes disso, era focada somente no tratamento de doenças, com o objetivo principal de evitar o desenvolvimento das patologias, reduzir os impactos de eventuais problemas na saúde dos pacientes e oferecer uma melhor qualidade de vida para aqueles que estão realizando algum tipo de recurso terapêutico.

A especialidade reúne um conjunto de técnicas e estratégias de prevenção que resultam em intervenções precoces no curso de possíveis enfermidades, como por exemplo a visita domiciliar e o auxílio na conscientização da criação de hábitos saudáveis. A médica clínica geral do Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HSV), Dra. Marília Soares e Silva Arcadipane, conta que a adoção de uma rotina equilibrada se inicia em casa, mas que é importante saber que todo check-up deve começar no consultório de um médico.

“A anamnese, que é a sua história médica, oferece informações importantes. Além disso, o exame físico é insubstituível. O médico consegue detectar alguns sinais que são fundamentais para determinar condutas a serem seguidas. Sintomas e sinais clínicos individuais direcionam os diagnósticos e, em apenas cerca de 20%, há necessidade de solicitação de exames para a complementação. Na vida adulta, é indicado que homens e mulheres façam uma consulta anual, principalmente depois dos 35 anos, para direcionar a necessidade de exames complementares”.

Cuide-se

Na prática, a medicina preventiva estabelece cuidados diários que ajudam na promoção do bem-estar, como a realização de exames periódicos; adoção de uma dieta balanceada e saudável; prática regular de exercícios físicos; manutenção e higiene do sono; tempo de qualidade com família e amigos; consumo consciente de bebidas alcoólicas; e cuidados voltados para saúde mental. As ações limitam a necessidade do uso de medicamentos ou procedimentos invasivos, o que contribui para o prolongamento da vida.