Uma casa de carnes de Tubarão (SC) foi fechada pela Polícia Civil e o proprietário preso após a constatação de que ali se vendia carne de cavalo como se fosse bovina para os clientes. A fraude foi constatada por exames periciais feitos pelo Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal. Se condenado, o empresário pode pegar uma pena de até 18 anos de cadeia.

A história teve início há seis meses, quando dois homens foram detidos em Imaruí, no sul catarinense, num abatedouro clandestino. Diversos cavalos mortos foram encontrados no local, o que levantou a suspeita.

Os responsáveis pelo abate, segundo a polícia, confirmaram que vendiam a carne equina ao estabelecimento em Tubarão (SC). O local foi vistoriado na ocasião e as carnes apreendidas para análise. Situações como armazenamento de carnes estragadas com outras a serem comercializadas, peças de carne inteira e moída sem qualquer identificação de procedência, além de precária higiene no local já tinham sido detectadas pelos investigadores.

Os exames periciais de sequenciamento genético realizados pelo Setor de Perícias em Meio Ambiente e pelo Setor de Perícias em Genética Forense do I.N.C. constataram que, misturados à carne bovina, havia carne de cavalo e de búfalo.

O delegado de polícia então representou pela prisão preventiva do proprietário da casa de carnes, pela suspensão do exercício da atividade em relação à uma sócia, pela interdição do estabelecimento comercial e por busca e apreensão domiciliar. Após parecer favorável do Ministério Público, as medidas foram deferidas pela 2ª Vara Criminal de Tubarão.

Também foi verificado que o proprietário da casa de carnes ofereceu quantia em dinheiro para que a dupla responsável pelo abate mentisse em seus depoimentos à Polícia. Ele responderá por receptação qualificada e crimes contra as relações de consumo – a pena é de até 18 anos de reclusão.

Batizada de “Operação Horse”, a ação foi realizada pela Delegacia de Delitos de Trânsito e Divisão de Crimes Ambientais (DTCA), com apoio da Divisão de Combate a Furtos e Roubos (DCFR).