Dia do Ciclista: por que pedalar pode mudar completamente a sua vida?
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Jundiaí

Dia do Ciclista: por que pedalar pode mudar completamente a sua vida?

Em homenagem ao Dia do Ciclista, contamos histórias de pessoas que transformaram a bike em filosofia de vida

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Banco de bicicleta com vista para serra
A data foi escolhida no Brasil em homenagem a um ciclista de Brasília, que faleceu há 15 anos (Foto: Arquivo Pessoal/Evair Cirino)

Para homenagear o Dia do Ciclista, comemorado no Brasil dia 19 de agosto, o Tribuna de Jundiaí trouxe histórias inspiradoras de três jundiaienses que são apaixonados pela vida em duas rodas. Saiba, também, porque a data foi alterada de abril (celebrada no mundo todo) para agosto em território nacional. Confira!

Aventureiro por natureza

Evair Cirino da Silva tem 25 anos e trabalha como representante comercial em Jundiaí. Nas horas vagas, a história é outra. Nas redes sociais dele é possível acompanhar os “rolés” de bicicleta por lindas paisagens na cidade.

Há pelo menos quatro anos Evair recuperou uma bicicleta antiga do irmão, que já não usava mais, e foi aí que a paixão nasceu.

“Comecei a conhecer lugares que eu nem imaginava que existiam na nossa região. Através de cada rota fui me apaixonando e ficando mais admirado pela bike”, comenta.

A vida começou a mudar depois disso. Evair conta, inclusive, sobre os benefícios que o ciclismo trouxe. “É um esporte que te ajuda na parte mental e física, você se relaciona e faz muitas amizades. E foi assim que comecei a aderir ao esporte, trouxe isso para minha vida, mesmo”.

A cada novo lugar que Evair passava com a fiel escudeira surgia um novo desejo de se aplicar mais e ir cada vez mais longe. “Eu comento com os amigos: Assim como eu, comece do nada e não pare por mais nada”, destacou

Ciclista Evair Cirino
Evair reformou uma antiga bicicleta do irmão e nunca mais parou de pedalar (Foto: Arquivo Pessoal)

(Re)conhecendo Jundiaí

O ciclista reforça ainda que a cidade e também a região são espaços muito privilegiados. Com os amigos e a bicicleta, se aventura por lugares que, anteriormente, não sabia que existiam.

“O ciclismo, para mim, significa muito mais do que cuidar do físico. Ele ajuda principalmente na saúde mental. Temos passado por momentos bem difíceis, que afetam tudo na nossa vida, e o ciclismo contribui muito para que essa carga seja um pouco aliviada. Só tenho a agradecer aos meus companheiros dos pedais diários”.

Evair deixa um recado para quem deseja iniciar neste misto de hobby e esporte: “Se você não pratica esporte ou não começou nenhuma modalidade, pegue uma bicicleta e saia pedalando! Você não precisa ir longe, não precisa ir rápido… basta apenas ir”.

Ciclista Evair Cirino
Ciclista diz que passou a conhecer vários locais que nunca tinha imaginado existirem (Foto: Arquivo Pessoal)

Mudança de vida

Igor Luiz Silva tem 37 anos e redescobriu que a vida pode ser completa – e mais saudável – sobre duas rodas.

Ele é operador multifuncional em uma grande empresa jundiaiense e conta que curte bike desde criança. Com o passar do tempo, porém, perdeu o costume de pedalar. O retorno começou pouco antes da pandemia, no início de 2020, quando comprou uma “magrela” nova para poder ir ao trabalho.

Eu precisava perder uns quilos e foi o jeito que arrumei de poder me movimentar“, relata. A jornada no trabalho começa às 5h e são 10 quilômetros diários pedalando até o trabalho. A bicicleta também foi um refúgio das aglomerações do transporte público, segundo ele.

“O ciclismo, para mim, é uma forma de respiro entre a correria do trabalho e da vida. Nele consigo descarregar e carregar as energias”.

Tempo de qualidade

Após o horário de trabalho, Igor começou a usar a bicicleta para se exercitar e ainda teve a ideia de usá-la para passar mais tempo com o filho Felipe, que vai completar 3 anos.

“Coloquei uma cadeirinha na bicicleta e foi uma forma dele também poder sair de casa. Não estamos saindo e ninguém estava vindo em casa, então ele não fez muitos amiguinhos. Assim, tenho um tempo com ele também fora de casa”, explica.

“Eu faço muitos passeios com ele e mostro lugares na cidade para que possa ir conhecendo. Ele espera ansioso o fim de semana para andarmos juntos”.

‘Foi amor sem volta. Acabei me apaixonando’

Elaine Cristina Fonseca Rocha também é jundiaiense, tem 48 anos e é comerciante. Ela era uma corredora de rua assídua, mas teve que abandonar o esporte, pelo menos temporariamente, depois de uma fratura no pé.

Desde então, os familiares e amigos insistiram para que ela trocasse as corridas pela bicicleta. “A bike, confesso, achava linda para os outros, não era minha praia. Sempre tive muito medo, não queria”, relata. Depois de muita insistência, Elaine ganhou uma bike do marido, no Dia das Mães, e não a abandonou mais.

Elaine teve uma fratura no pé e trocou as corridas de rua pela bike (Foto: Arquivo Pessoal)

Acolhimento

Se apegando cada vez mais à prática, ela entrou em um grupo de mulheres ciclistas, o “Pedal das Meninas de Jundiaí”. Muito conhecido na cidade, tem como foco o incentivo ao esporte. Elaine conta que, pedalando com as meninas, se sente muito mais segura.

Assim como Evair, o ciclismo proporcionou que Elaine conhecesse mais as oportunidades que a cidade tem para o esporte. Os lugares favoritos são o bairro Pinheirinho e a volta da Represa de Jundiaí. “Adoro! É ótimo para treinar, sem contar a quantidade de ciclistas que encontramos no caminho”.

Em comparação com a corrida de rua, a comerciante conta que sente muita diferença entre um esporte e outro. “Achei muito mais gostoso. Libertador, eu diria! É mais prazeroso e menos sofrido”, diz, sorrindo.

Para ela, as melhores partes de ser ciclista são os lugares incríveis que conhece e os amigos que faz durante as viagens e passeios. “O pior foi perder o medo da descida“.

“Enquanto para muitos é cansativo, no ciclismo eu descanso. Trabalho durante o dia, filha na escola, cuida da casa… Na hora do pedal, à noite ou no final de semana, é aquela libertação: hora de descansar a mente! Não tem dinheiro que pague”.

História

Hoje, 19 de agosto, é o Dia Nacional do Ciclista. No resto do mundo, os adeptos são celebrados em abril, mas no Brasil a data foi substituída para homenagear o biólogo e ciclista brasiliense Pedro Davison, o Pedrinho.

Biólogo Pedro Davison
Ciclista foi atropelado e morto em 2006 (Foto: Reprodução/Vai de Bike/Sérgio Barata)

Ele foi atropelado enquanto pedalava, em Brasília (DF), há 15 anos. Inicialmente, o caso foi tratado como acidente e, durante a investigação, passou a ser considerado crime. De acordo com Pérsio Davison, pai do biólogo, “foi o primeiro julgamento em Brasília como crime doloso de trânsito”.

O pedido para a troca da data foi organizado pela ONG Rodas da Paz e aceito pelo Congresso Nacional, em 2017.

Pedrinho sempre dizia que a bicicleta seria o meio de transporte do futuro. E ele estava certo, por tudo o que já vimos nessas histórias inspiradoras!

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