No Brasil, a indústria de jogos de azar está vivenciando um verdadeiro boom, com a entrada iminente de grandes nomes internacionais no mercado de cassinos online. Este crescimento é alimentado por uma série de legalizações recentes que transformaram o país em um dos dez maiores mercados de jogos de azar do mundo.

Empresas renomadas no ramo de cassinos, como DraftKings e MGM Resorts, estão de olho no promissor mercado brasileiro, agora regulamentado e pronto para expansão. Desde 2018, quando o Brasil começou a flexibilizar as leis relacionadas a jogos online, o mercado floresceu, rivalizando em receitas brutas com países como Espanha e Holanda.

Recentemente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva endossou uma nova regulamentação para o setor, que inclui taxas de licenciamento e outros requisitos essenciais para as empresas que desejam operar legalmente cassinos online no Brasil. Esta legislação abriu as portas para que mais de 130 empresas manifestassem interesse em uma licença brasileira, segundo dados do Ministério da Fazenda.

A DraftKings, pioneira em jogos de fantasia online nos Estados Unidos, é uma das empresas que já demonstrou interesse. “Estamos entusiasmados em ver o Brasil aprovar a legislação de jogos online e, como uma das muitas empresas que enviaram a declaração de interesse não vinculativa, continuamos a explorar o potencial de expansão no Brasil no futuro”, afirmou Griffin Finan, vice-presidente sênior e conselheiro geral adjunto da DraftKings, por meio de um comunicado.

A MGM também confirmou seu interesse em explorar oportunidades no Brasil. Em uma recente teleconferência, o CEO Bill Hornbuckle mencionou que a empresa está considerando uma joint venture no país, destacando que “o Brasil vai permitir jogos de azar pela internet tanto para cassinos quanto para outros formatos, e planejamos estar lá quando isso for lançado”.

Desafios e Oportunidades

Enquanto as grandes marcas observam o Brasil, as empresas menores preparam-se para uma possível consolidação do setor, que atualmente inclui mais de 1.000 operadores de jogos diferentes. A nova legislação exige que as empresas paguem até R$ 30 milhões por uma licença, que deve ser renovada a cada cinco anos. Além disso, será cobrado um imposto de 12% sobre as receitas brutas do jogo, o que pode ser proibitivo para operadores menores.

Muitos acreditam que o alto custo da licença pode impedir a permanência de muitos jogadores sérios no mercado, conforme apontou Darwin Henrique, CEO da Esportes da Sorte. Por outro lado, o mercado regulamentado é visto como uma oportunidade para empresas estabelecerem e fortalecerem uma presença física no Brasil.

A consolidação no setor de casino online no Brasil é vista como um resultado natural da formalização do mercado, e não uma tentativa de expulsar concorrentes menores. “É um dos maiores mercados do mundo e, à medida que é regulamentado e se torna um mercado formal, permite que as empresas entrem e explorem melhor o sistema”, disse Wesley Cardia, presidente da Associação Nacional de Jogos e Loterias.

O Brasil, já famoso pelo seu amor pelo futebol, agora emerge como um mercado cada vez mais atraente para o setor de jogos de azar e cassinos online. Os operadores locais, apesar do aumento da concorrência, estão confiantes em sua capacidade de adaptar-se e prosperar, conhecendo bem as particularidades do apostador brasileiro. Como resultado, o país está se posicionando como um líder na indústria de jogos de azar na América Latina, atraindo não apenas jogadores, mas também grandes investimentos internacionais.