5 túmulos que contam história em Jundiaí
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5 túmulos que contam história em Jundiaí

Leonardo Cavalcanti, Vigário João José Rodrigues, Maria Polito, Vasco Antônio Venchiarutti, Dr. Domingo Anastasio são alguns dos nomes que fizeram parte da história da nossa terra querida

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5 túmulos que contam história em Jundiaí
5 túmulos que contam história em Jundiaí (Foto: Tribuna de Jundiaí)

Leonardo Cavalcanti, Vigário João José Rodrigues, Maria Polito, Vasco Antônio Venchiarutti, Dr. Domingo Anastasio: esses e muitos outros nomes constituem de alguma forma a história de Jundiaí.

Fomos conhecer a história por trás das sepulturas localizadas no Cemitério Nossa Senhora do Desterro, o mais antigo da cidade. Assim como grandes cemitérios de São Paulo, Rio de Janeiro e tantos outros em muitos países, o Desterro também abriga grandes nomes e lindas ou trágicas histórias.

Com a ajuda da Fundação Municipal de Ação Social (Fumas), vamos contar a história de cinco túmulos ou mausoléus mais visitados na cidade.

Dr. Domingos Anastasio

Túmulo do Dr. Domingos Anastasio (Foto: Tribuna de Jundiaí)

Túmulo do Dr. Domingos Anastasio (Foto: Tribuna de Jundiaí)

De acordo com o diretor do Serviço Funerário Municipal, Silvio Ermani, que acompanhou a visita da equipe do Tribuna de Jundiaí ao cemitério, o túmulo do doutor Domingos Anastasio é o mais visitado do cemitério. Fato que não há de se negar pela quantidade de flores e homenagens deixadas no local.

Domingos faleceu em 20 de junho de 1938, vítima de um AVC, e deixou um legado importantíssimo à cidade. Ele ficou conhecido com o ‘médico dos pobres’, já que não se recusava de forma alguma a atender os pacientes. Não cobrava por consultas de pessoas carentes, doava remédio e até dinheiro para que seus pacientes não interrompessem os tratamentos de saúde.

Nascido na Itália, se formou em medicina no ano de 1898, em Roma. Veio para o Brasil em 1904, depois de passar pelo Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo. Atuou como médico em Campinas e, em 1909, mudou-se para Jundiaí. Ele era casado com Emília Michelina Ricci de Anastásio.

Trabalhou no Hospital São Vicente de Paulo por 14 anos e fundou a Fratellanza do Mútuo Socorro, que tinha como objetivo atender os imigrantes italianos da cidade. Em 1924, o espaço deu lugar à Casa de Saúde, ampliando então o atendimento médico para todos os cidadãos, sempre colocando acima de tudo, o amor ao próximo e o direito de todos: receber atendimento de qualidade.

Quando sofreu o AVC, agonizou durante dias, enquanto colegas médicos de Jundiaí e Campinas tentavam salvá-lo. A notícia do falecimento abalou a cidade e seu funeral reuniu milhares de pessoas, que acompanharam o cortejo pelas ruas centrais da cidade até o Cemitério do Desterro.

Após seu falecimento, a Casa de Saúde passou a se chamar Dr. Domingos Anastasio e, atualmente, recebeu o nome de Hospital Regional, assim como a praça entre as ruas Rangel Pestana e Torres Neves, onde é possível encontrar um busto de bronze em sua homenagem.

Leonardo Cavalcanti

Túmulo de Leonardo Cavalcanti (Foto: Tribuna de Jundiaí)

Túmulo de Leonardo Cavalcanti (Foto: Tribuna de Jundiaí)

O segundo túmulo mais visitado e conhecido do cemitério é o do engenheiro Leonardo Cavalcanti, falecido em 29 de abril de 1925 de forma trágica. Ele foi engenheiro da Companhia Paulista das Estradas de Ferro e integrou a equipe do engenheiro Monlevade, que em 2 de julho de 1922, fez partir da estação férrea de Jundiaí rumo a Campinas, o primeiro trem elétrico da América Latina.

Ele morreu eletrocutado enquanto fazia uma inspeção no trecho dos fios de alta tensão na época em que a Companhia Paulista começou a eletrificar os trechos ferroviários. O engenheiro era filho de Dr. Cavalcanti e vivia com a família na região central, sendo homenageado por meio da rua que recebeu seu nome.

Agora, uma curiosidade: ao visitar o túmulo do engenheiro é possível encontrar a estátua de uma moça debruçada sobre o túmulo. À nossa equipe, Silviou contou que aquela era a noiva de Leonardo Cavalcanti e a estátua retrata a sofrida despedida durante o sepultamento do noivo. Triste com sua partida, ela se jogou sobre o caixão e prometeu que jamais teria outro amor e, assim, morreria solteira. Ela faleceu em São Paulo e cumpriu sua promessa de jamais se casar com outro homem.

Hoje, existe a crença de que, ao colocar flores nas mãos da estátua, é possível receber ajuda para encontrar um verdadeiro amor, assim como o que ela sentia por Leonardo Cavalcanti.

Maria Polito

Famoso túmulo de Maria Polito (Foto: Tribuna de Jundiaí)

Famoso túmulo de Maria Polito (Foto: Tribuna de Jundiaí)

Filha de imigrantes italianos, Maria Polito foi vítima de feminicídio e também teve uma morte trágica. Apesar de não ser jundiaiense, ela foi assassinada na cidade e recebeu um jazigo no cemitério daqui.

Maria Polito morava em São Paulo e era noiva de Emílio Lourenço. Eles haviam se casado no civil em 21 de junho de 1900, mas aguardavam a disponibilidade da igreja católica para a realização do casamento religioso. Assim, poderiam viver como marido e mulher.

Em 11 de julho de 1900, Emílio trouxe Maria Polito a Jundiaí para um passeio de trem. Enquanto passeavam pela cidade, o noivo desferiu 18 facadas na jovem. O crime foi cometido onde, atualmente, é a Praça Nove de Julho, na Vila Municipal. Emílio cometeu o crime porque, na adolescência, Maria havia sido estuprada enquanto estava nos Estados Unidos com a família. Ela relatou o caso ao noivo que, a princípio, foi compreensível, mas considerou o ato como uma traição.

Após o crime, ele fugiu para Campinas, mas foi capturado e condenado a 30 anos de prisão. Maria foi enterrada cinco dias após sua morte, em uma cova cedida pela Prefeitura de Jundiaí. Seu túmulo é um dos mais visitados do cemitério e foi construído 27 anos após sua morte. Lá dentro é possível encontrar um quadro pintado em sua homenagem e uma foto dela tirada após a sua morte.

Parte interior da capela (Foto: Tribuna de Jundiaí)

Parte interior da capela (Foto: Tribuna de Jundiaí)

Dr. Antônio de Queiroz Telles (Conde do Parnahyba)

Túmulo do Conde do Parnahyba (Foto: Tribuna de Jundiaí)

Túmulo do Conde do Parnahyba (Foto: Tribuna de Jundiaí)

Outra sepultura muito visitada é a do Conde do Parnaíba. Ele era filho do Barão de Jundiaí, Antônio de Queiroz Telles. Em 17 de julho de 1886, foi nomeado presidente da Província, o que atualmente seria equivalente ao cargo de governador do Estado.

Ele foi responsável por construir a Hospedaria dos Imigrantes, um local destinado a abrigar os imigrantes chegados da Europa para trabalhar nas fazendas do interior de São Paulo, ação que beneficiou muitas pessoas recém chegadas a Jundiaí.

Mausoléu Antônio de Queiroz Telles (Barão de Jundiaí)

Mausoléu do Barão de Jundiaí (Foto: Tribuna de Jundiaí)

Mausoléu do Barão de Jundiaí (Foto: Tribuna de Jundiaí)

Antônio de Queiroz Telles, pai do Conde do Parnaíba, foi um dos maiores fazendeiros da região. Teve grande influência política e trabalhou na Câmara do império. Ele foi responsável pela modernização da arquitetura do casarão, onde funciona o Museu Histórico de Jundiaí Solar do Barão.

Ele ficou conhecido por seus trabalhos sociais, quando doou diversas terras à Igreja Católica. Em sua lápide há a inscrição pela qual ficou conhecido: “pai e protetor dos pobres”. Após sua morte, a Câmara independente da cidade resolveu prestar uma homenagem, denominando a antiga Rua Direita como Rua Barão de Jundiaí.

Conhecendo mais histórias

Se a gente for lembrar todos os grandes nomes enterrados no cemitério Desterro, essa reportagem não vai ter fim. No site da Fundação Municipal de Ação Social(Fumas), é possível encontrar as histórias de todos os personagens emblemáticos, assim como um link especial somente sobre professores.

Nos túmulos, lápides e mausoléus também tem QR Code. Por meio de um leitor no celular, é possível consultar as histórias durante as visitas ao cemitério.

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Varejão Noturno em Jundiaí
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Foto: Prefeitura de Jundiaí

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