Em 1979, Jundiaí doou terreno para construção de depósito da Cinemateca Brasileira
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Em 1979, Jundiaí doou terreno para construção de depósito da Cinemateca Brasileira

Área de 11 mil metros na Vila Alvorada abrigaria laboratório e depósito para filmes. Incêndio destruiu 4 toneladas de documentos

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Incêndio Cinemateca
Fogo consumiu arquivos e documentos que estavam em três salas: história virou cinzas (Foto: Carla Carniel/Agência Brasil)

O laboratório e o depósito para filmes da Cinemateca Brasileira deveriam estar funcionando em Jundiaí, para evitar o risco de incêndio. Em 1979, uma lei assinada pelo então prefeito Pedro Fávaro cedeu uma área na Vila Alvorada para que a fundação responsável pudesse finalmente ter um local seguro destinado ao acervo do cinema nacional. Na época, já se falava no risco de incêndio – registrado na noite de ontem (29) e que atingiu três salas com documentos e grande parte do acervo histórico.

A Lei 2337, de 15 de março de 1979, diz que o município concedeu à Fundação Cinemateca Brasileira o uso do terreno público de 11 mil m², pelo prazo de 25 anos – prorrogáveis por mais 25 anos. A partir da data da assinatura do contrato de concessão com a Prefeitura de Jundiaí, a fundação teria dois anos para construir os espaços que abrigariam o laboratório e o depósito destinado aos filmes.

Texto da lei aprovada em Jundiaí que cedia o terreno à Cinemateca (Foto: Reprodução/Câmara Municipal)

Uma das condições impostas para a cessão do terreno era de que os responsáveis da Cinemateca liberassem o acesso à população em determinado espaço da construção, que deveria ter paisagismo para servir como área de lazer.

Risco de incêndio

O medo de perder o acervo histórico por risco de incêndio já vinha daquela época. Na dissertação “Instituições de Memória no Brasil”, assinada por Marina Figueiredo Simões de Oliveira e apresentada à Fundação Getúlio Vargas para obtenção do título de Mestre em Administração de Empresas, há o relato da possível ida da Cinemateca para Jundiaí.

Parte da dissertação de Marina, que retrata a reportagem sobre Jundiaí (Foto: Reprodução/Internet)

“Esta reportagem menciona que existe a possibilidade da Cinemateca transferir seu
acervo para Jundiaí, saindo dos galpões no Parque do Ibirapuera. O alerta para as péssimas
condições é reiterado”, escreveu Marina. A publicação da matéria jornalística é datada de 21 de junho de 1977, que teve como título “Cinemateca quer ir para Jundiaí”. Não há na dissertação, porém, em qual veículo de comunicação a reportagem foi publicada.

É citada, também, uma frase nesta reportagem que seria de Carlos Augusto Calil, ex-secretário de Cultura de São Paulo, à época diretor da Cinemateca Brasileira, para justificar a mudança até Jundiaí. “Oferecem um constante perigo de incêndio, já que metade das 16 mil latas de filmes guardadas em quatro cubículos e empilhadas em diversas estantes, são à base de nitrato de celulose altamente inflamável e representam a documentação mais preciosa do cinema nacional”.

Carlos Augusto Calil, ex-diretor da Fundação Cinemateca Brasileira (Foto: Marcos Santos/USP Imagens)

Escandaloso

Calil, hoje presidente da Sociedade Amigos da Cinemateca, disse ao jornal O Estado de SP que este foi o quinto incêndio sofrido (o primeiro foi em 1957) e que estima terem sido consumidos pelo fogo pelo menos 4 toneladas de documentos. “Perdemos 60 anos de história”, lamentou. “Isso não foi uma fatalidade. O abandono das instituições públicas brasileiras de memória é um assunto escandaloso”.

Não há relatos da época, no entanto, do motivo pelo qual a Fundação Cinemateca Brasileira nunca tenha se apropriado do terreno público em Jundiaí. Problemas financeiros para que a construção pudesse ser realizada são a principal hipótese levantada.

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Prefeitura de Jundiaí lança Plano Municipal da Juventude, um dos mais completos do Brasil

O documento tem como principal objetivo orientar o desenvolvimento de políticas públicas direcionadas aos jovens e que já estão traçadas

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Nesta quinta-feira (25), a Prefeitura de Jundiaí, por meio da Assessoria de Políticas para a Juventude, vinculada à Unidade de Gestão da Casa Civil (UGCC), lançou o Plano Municipal da Juventude. O evento foi realizado no auditório do Fundo Social de Solidariedade (Funss) e contou com a participação de diversos órgãos e entidades da cidade, dentre as quais a Diretoria…

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DAE realiza interligação de adutora na ETA Anhangabaú, neste domingo (28)

Interrupção do serviço afetará diversos bairros e é essencial para melhorias no sistema de abastecimento local.

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Vista aérea da ETA Anhangabaú
Obras ocorrerão no entorno da ETA Anhangabaú; trânsito não será afetado. Abastecimento será paralisado (Foto: Prefeitura de Jundiaí)

A DAE Jundiaí realiza, neste domingo (28), a interligação de uma nova adutora à Estação de Tratamento de Água do Anhangabaú (ETA-A). O serviço será realizado das 6 às 19 horas, período em que o abastecimento será paralisado nos bairros Anhangabaú, Jardim Paulista, Malota, Vila Ana, Jardim Bela Vista, Jardim Ana Maria, Novo Mundo e Samambaia. As obras serão realizadas…

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Associação dos Engenheiros de Jundiaí promove debate técnico sobre integração de leis municipais

A Lei 9321/19, conhecida como Plano Diretor, e a LC 606/21, que trata do Código de Obras, serão os focos principais do debate.

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Veja como participar do debate (Foto: Divulgação/Associação dos Engenheiros de Jundiaí)

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Jundiaí: caminhada encerra comemorações dos 20 Anos do Parque da Cidade neste domingo (28)

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Foram feitas 1.000 inscrições para a caminhada e todos os que se cadastraram receberão uma camiseta do evento (Foto: Prefeitura de Jundiaí)

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O encontro, de tema “Governança, Sustentabilidade e Direitos Humanos” começou nesta quarta (24); aulas seguem até sexta (26)

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