Jovem de Jundiaí vence síndrome rara que paralisa movimentos do corpo
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Jovem de Jundiaí vence síndrome rara que paralisa movimentos do corpo

Com amor e muita fisioterapia, Luis superou a temida Síndrome de Guillain Barré

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Síndrome rara
Jovem de Jundiaí vence síndrome rara que paralisa movimentos do corpo (Foto: Arquivo Pessoal)

Desde novembro de 2017, a vida do ex-soldado, Luis Gustavo Loschi, 22 anos, mudou completamente com a descoberta da Síndrome de Guillain Barré, que é desconhecida por muita gente. Mas, com a força de vontade, empenho e apoio de amigos e familiares, o jovem vem superando os desafios da doença.

Os sintomas da síndrome são dormência ou queimação nas extremidades dos membros inferiores (pés e pernas) e, em seguida, nos membros superiores (mãos e braços). Mas, no caso do jovem de Jundiaí as sensações começaram de modo reverso, com formigamento nos membros superiores.

“Fui almoçar em uma lanchonete, quando fui colocar molho no salgado, notei que não conseguia apertar o frasco, independente da força que fazia. Depois disso, em uma semana não conseguia mais erguer os braços”, diz.

Descoberta da Síndrome de Guillain Barré

Nas primeiras consultas pelo SUS (Sistema Único de Saúde), os médicos diagnosticaram inflamações nos nervos e receitaram relaxantes musculares. Após alguns dias, os remédios não fizeram efeito e Luis retornou ao médico.

Ficou internado para a realização de exames mais precisos, entre eles o eletroneuromiografia (ENMG), que apontou resultado positivo para a Síndrome de Guillain Barré.

Mas, como a síndrome começou de modo reverso, os médicos solicitaram que Luis voltasse para casa e retornasse ao médico apenas se sentisse dormência nos membros inferiores também.

Na véspera de Natal de 2017, o ex-soldado começou a sentir fraqueza nas pernas e foi encaminhado imediatamente para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para começar o tratamento com imunoglobulina.

Nova descoberta

Após a primeira alta, Luis apresentou pequenas melhoras como a recuperação dos movimentos dos braços e pernas, que até então estavam paralisados pela síndrome.

Depois de 15 dias, o jovem ficou paralisado novamente, mas dessa vez os sintomas estavam mais intensos e sua visão ficou dupla (diplopia). Foi assim até março de 2018, quando os médicos decidiram realizar novamente os exames.

“Meus pais tinham que me trocar de posição durante a noite, pois eu não me mexia e também sentia dores por não conseguir me virar”, conta.

Síndrome rara

Com movimentos limitados, o ex-soldado teve de utilizar uma cadeira de rodas para se locomover (Foto: Arquivo Pessoal)

Logo surgiu outro diagnóstico: Polineuropatia Desmielinizante Inflamatória Crônica (PDIC), doença que surge em pessoas que já tiveram a Síndrome de Guillain Barré.

Os sintomas são parecidos, mas o mal desenvolve a fraqueza muscular por mais de oito semanas, Isso explicava as recaídas de Luis que estavam cada vez mais fortes.

“Não conseguia mexer os braços e as pernas, me tornava depende para realizar qualquer tipo de tarefa, fiquei de cadeiras de rodas, o que dificultou ainda mais as coisas, meu pai teve que largar o emprego para ajudar a minha mãe a me carregar.

Para ir ao médico eu precisava dos meus pais, pois não conseguia chegar até o carro sozinho e ainda precisei deles para todas as tarefas diárias, desde higiene até ser alimentado”, explica.

Outro desafio enfrentado por Luis foi a cirurgia de gastrostomia que fez para se alimentar, pois o jovem chegou a pesar apenas 38 quilos e não conseguia digerir os alimentos. “Com a perda de peso, a melhora ficou ainda mais lenta e dificultava minha recuperação,” afirma.

Superação e o caminho da vitória

Luis conta que não foi fácil enfrentar a doença, mas que sempre tentou manter a calma e que o apoio dos amigos e familiares foi imprescindível para aumentar ainda mais sua força de vontade.

“Superação é uma palavra que sempre me fortaleceu e que me ajudou na recuperação e em todos os movimentos simples era um motivo de alegria e força para continuar. Os médicos ficaram impressionados com a minha recuperação”, revela o ex-soldado.

A partir de outubro do ano passado, Luis começou a apresentar melhora contínua e, em dezembro do mesmo ano, a dormência nos membros passou quase que por completo, com o medicamento e a fisioterapia.

“As fisioterapias também foram muito importantes para superar a doença. Meus músculos começaram a atrofiar e, por mais dolorido que fosse, eu nunca pensei em desistir”, afirma.

Luis começou 2019 com seus movimentos recuperados e realiza todas as atividades, desde caminhar até mesmo dirigir. “Sinto que a vitória já chegou!” finaliza.

Síndrome rara

De volta à vida: Luis começou 2019 com rotina independente após tratamento (Foto: Arquivo Pessoal)

Sobre a Síndrome de Guillain Barré

Segundo o Ministério da Saúde, a Síndrome de Guillain Barré é um distúrbio autoimune, ou seja, o sistema imunológico do próprio corpo ataca o sistema nervoso e os nervos periféricos.

A doença é provocada por um processo infeccioso anterior e se manifesta através de vários sintomas, como visão dupla, fraqueza muscular, redução de reflexos, paralisia dos membros inferiores e superiores.

A síndrome é uma doença rara e sua incidência anual é de 1 a 4 casos por 100 mil habitantes, com picos entre 20 e 40 anos de idade.

O tratamento para a síndrome é feito através do medicamento Imunoglobolina Intravenosa (IgIV) e do procedimento plasmaférese, que é uma técnica de transfusão que permite retirar plasma sanguíneo do paciente, de acordo com o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para a Síndrome de Guillain Barré.

Polineuropatia Desmielinizante Inflamatória Crônica (PDIC)

A PDIC é parecida com a Síndrome de Guillain Barré e possue os mesmos sintomas. A diferença é que a PDIC se desenvolve por mais de oito semanas. A doença também surge em pessoas que já tiveram a Síndrome de Guillain Barré, como uma espécie de extensão.

O tratamento da PDIC é feito através de corticosteroides, Imunoglobolina Intravenosa e plasmaférese.

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