Foto: Renan Alcantara / Embrapa Instrumentação São Carlos
Em sua segunda fase, o projeto Olhos da Serra, firmou uma parceria com a Embrapa Instrumentação, de São Carlos, para implantar unidades da Fossa Séptica Biodigestora em propriedades rurais na Serra do Japi. A iniciativa conta com o patrocínio da Coca-Cola Brasil e da Coca-Cola FEMSA Brasil.
O sistema de fácil instalação e custo reduzido da Embrapa trata o esgoto do vaso sanitário e produz um efluente que serve como fertilizante no solo. Além da implantação de unidades demonstrativas da Fossa Séptica Biodigestora, a participação da Embrapa no projeto Olhos da Serra envolve capacitações técnicas para multiplicadores em soluções tecnológicas, eventos institucionais, ações de comunicação técnica, científica e social e visitas técnicas.
“A parceria com o Consórcio PCJ, dentro das propostas do Olhos da Serra, é extremamente relevante”, afirma Wilson Tadeu Lopes da Silva, pesquisador da Embrapa. “O fato de trabalhar com o Consórcio PCJ significa que estamos atuando com vários municípios ao mesmo tempo. O potencial de transferir informação de qualidade, com bom conteúdo para um público maior, é imenso”.
A Fossa Séptica Biodigestora
Foto: Renan Alcantara / Embrapa Instrumentação São Carlos
A Fossa Séptica Biodigestora desenvolvida pela Embrapa substitui a chamada “fossa negra”. Dessa forma, não gera odores desagradáveis, evita a proliferação de pragas e insetos, assim como a contaminação do lençol freático.
Com aproveitamento do esgoto do vaso sanitário, o sistema básico é dimensionado para uma residência com até cinco moradores. Em linhas gerais, a Fossa Séptica Biodigestora tem três caixas de mil litros interligadas. A única manutenção é adicionar mensalmente uma mistura de água e esterco bovino fresco (5 litros de cada). “É importante destacar que o esgoto do vaso sanitário deve estar separado do restante do esgoto da residência”, alerta Wilson Tadeu.
O efluente produzido no sistema básico da Fossa Séptica Biodigestora tem potencial como adubo, com nutrientes como nitrogênio, fósforo e potássio, e é suficiente para uma área agrícola de 100 m2 a 150 m2. “É recomendável que a área cultivada esteja abaixo do sistema para que o efluente seja transferido por gravidade e que a aplicação ocorra no solo e que o líquido não entre em contato direto com a parte alimentícia da planta”, indica o pesquisador.
O sistema, reforça Wilson Tadeu, é uma alternativa à falta de saneamento básico em algumas regiões rurais – que afeta diretamente a saúde do morador do campo. O uso da Fossa Séptica Biodigestora também evita a contaminação do solo e da água consumida, uma vez que os resíduos do esgoto não chegam ao lençol freático e aos rios que abastecem as cidades.
Uma vez instalado o sistema, a proposta é compartilhar a responsabilidade do tratamento de esgoto da área rural também com as companhias de saneamento. Esta ação reforça, justamente, a intenção da universalização do saneamento.
Diferenciais da fossa séptica biodigestora
A Fossa Séptica Biodigestora da Embrapa tem basicamente três diferenciais, de acordo com o pesquisador Wilson Tadeu Lopes da Silva:
Pela característica construtiva, a Fossa Séptica Biodigestora da Embrapa é muito eficiente na remoção de resíduos e dispensa o uso de caminhão limpa-fossa. O pouco que sobra de resíduo sólido vai de uma caixa para a outra, até que se faça o reúso agrícola.
3º Meio ambiente
Com o sistema desenvolvido pela Embrapa, trata-se o esgoto do vaso sanitário com segurança para reúso agrícola. O ciclo de vida dos nutrientes cresce e aplica-se o efluente no solo de maneira controlada, respeitando protocolos. Com isso, a necessidade de fertilizantes comerciais é reduzida e há menor pressão sobre os recursos hídricos pelo reúso da água.
Interessados em obter investimentos ambientais em propriedade para modelo de saneamento rural, por meio do projeto Olhos da Serra, podem se cadastrar em: https://bit.ly/olhosdaserra-cadastro.
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