Causada por um desequilíbrio no sistema imune e na produção de anticorpos, a Lúpus é uma doença autoimune e inflamatória. Com a condição, células do sistema imunológico passam a atacar as estruturas saudáveis do próprio organismo, quando saem de controle. Agressiva, a patologia acomete principalmente mulheres de 15 a 40 anos, o que especialistas chamam de idade fértil.
A faixa etária leva em consideração fatores genéticos e hormonais associados ao estrogênio, hormônio essencial para o pleno funcionamento do organismo feminino e, principalmente, para a sua função reprodutiva.
Neste artigo, o Dr. José Celso Giordan Cavalcanti Sarinho, reumatologista do Hospital São Vicente de Paulo (HSV), explica o que é o Lúpus, os sintomas e tratamento.
Foto: Hospital São Vicente de Paulo
Quais os tipos de Lúpus?
Segmentados, existem dois tipos de Lúpus: o cutâneo, que se manifesta apenas com manchas na pele, geralmente avermelhadas e principalmente nas áreas mais expostas à luz solar, como rosto, orelhas e colo; e o sistêmico, que acomete um ou mais órgãos internos.
“É uma doença potencialmente grave, mas a grande maioria das pessoas não possui essa forma grave de dor. O que indica o pior prognóstico é o acometimento renal e do sistema nervoso central”, explica o Dr. José Celso. “Infelizmente, não existe nenhuma medida de prevenção da condição, pois está associada a fatores genéticos e se desenvolve naquele grupo populacional específico. Porém, após desenvolver a doença, é possível prevenir a ativação da mesma, com o uso do protetor solar, restrição do anticoncepcional, no caso das mulheres, e evitando o tabagismo”.
Quais os sintomas?
Rica em sintomas, a Lúpus pode apresentar desde manifestações leves até manifestações extremamente graves e ameaçadoras à vida. As mais comuns são as cutâneas, quando o paciente possui forte sensibilidade, lesão cutânea avermelhada com piora em áreas foto expostas, dores articulares com artrite, desconforto e inchaço com rigidez pela manhã e, eventualmente, deformidades articulares.
Além disso, de acordo com o médico, também há possibilidade da pessoa apresentar manifestações hematológicas como anemia, plaqueta elevada, sangramento, alterações do sistema autoimune predispondo as pessoas à infecções, cansaço, fadiga, perda de peso, manifestações renais podendo levar a insuficiência renal, manifestações neuropsiquiatricas, crises convulsivas, meningite não infecciosa e asséptica. A Lúpos ainda pode estar associada a uma outra doença chamada síndrome antifosfolipíde, que pode levar a trombose tanto venosa, quanto arterial.
O diagnóstico pode ser clínico, laboratorial e por imagem. A princípio, o profissional realiza o exame de triagem chamado fator antinúcleo (FAN), utilizado como rastreio para presença de auto anticorpos nos casos de suspeita de doenças autoimunes.
“Além disso, também são realizados o hemograma para identificar uma possível anemia, plaqueta baixa, leucócitos baixos, prova de atividade inflamatória e exame de urina para detectar perda de proteína e perda de massas, manifestações que podem indicar um acometimento renal”, reforça Dr. Sarinho.
Qual o tratamento?
O tratamento sempre é medicamentoso. Prescritos pelo especialista, a terapia conta com o uso de imunossupressores, para diminuição da ação do sistema imunológico, evitando ataques às células saudáveis do organismo, que podem ser destruídas pelo próprio sistema imune; e imunomoduladores, substâncias que atuam no sistema imunológico e potencializam a resposta orgânica a determinados microrganismos.
“No caso de algumas manifestações mais graves, se faz necessário o uso de imunossupressores mais potentes, com altas doses de corticoide, visando controlar essa pressão do sistema. Tudo isso deve ser avaliado pelo médico e de acordo com a necessidade de cada paciente”, finaliza Sarinho.
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