Na segunda-feira (7), o Ministério da Saúde divulgou em nota que, ainda nesta semana, deve assinar um memorando de intenção de compra de 70 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelas empresas Pfizer e BioNTech.
De acordo com a nota, as negociações “avançam” e a distribuição da vacina deve acontecer ainda em 2021. No entanto, não foi especificada uma data para a vacinação.
“O governo brasileiro e a Pfizer avançam nas tratativas na intenção de compra de 70 milhões de doses da vacina da Pfizer e Biontech contra a Covid-19, a ser fornecida em 2021. Os termos já estão bem avançados e devem ser finalizados ainda no início desta semana com a assinatura do memorando de intenção”, informou o ministério.
Segundo apurações da TV Globo, Elcio Franco, o secretário-executivo do ministério, e técnicos jurídicos se reuniram com representantes da Pfizer. Até o momento, o anúncio do governo federal dizia apenas sobre a parceria com a Universidade de Oxford. Neste caso, a parceria era referente à pesquisa e produção nacional da vacina desenvolvida pela universidade britânica com a farmacêutica AstraZeneca.
O governador do Piauí, Wellington Dias, disse que há uma reunião entre governadores e o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, nesta terça-feira (8). Na reunião, deve discutir o plano de vacinação nacional, segundo Dias.
De acordo com o jornal “The Washington Post”, a Pfizer comunicou o governo dos Estados Unidos que não será possível fornecer ao país doses adicionais da vacina até julho de 2021. Isso porque, segundo o jornal, existem demandas de outros países pelo imunizante. Assim, os Estados Unidos deverão receber 100 milhões de doses da vacina da Pfizer.
Vacinação gratuita
Ainda nesta segunda-feira (7), o presidente Jair Bolsonaro disse, através das redes sociais, que a distribuição da vacina contra a Covid-19 será gratuita para toda a população. Não foi especificado se essa condição valerá para qualquer vacina em desenvolvimento.
“Em havendo certificação da Anvisa (orientações científicas e os preceitos legais), o governo brasileiro ofertará a vacina a toda a população de forma gratuita e não obrigatória”, escreveu o presidente.
Até então, o Instituto Butantan, em São Paulo, está desenvolvendo a vacina CoronaVac, em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac. Enquanto isso, no Paraná, o governo local assinou um acordo de parceria com a Rússia, para o desenvolvimento da Sputnik V. Além disso, a vacina belga, desenvolvida pelo laboratório Janssen, está em fase de testes no Distrito Federal.
Plano de Vacinação Nacional
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou na segunda que o Poder Legislativo definirá uma estratégia de vacinação com ou sem participação do governo. De acordo com ele, a sociedade “entrará em pânico”, se o Brasil não tiver um plano de vacinação.
Junto a isso, o Supremo Tribunal Federal (STF) irá julgar, no dia 17 de dezembro, uma ação para discutir se o governo deve ou não elaborar esse plano em até 30 dias.
Com informações do G1.