O prefeito Luiz Fernando Machado (PSDB), presidente da Aglomeração Urbana de Jundiaí (AUJ), anunciou nesta sexta (19) que Jundiaí terá ações mais restritivas no sentido de reduzir a circulação de pessoas no município. Sem dar detalhes, porém, ele afirmou que esta é a única alternativa para evitar a situação de colapso que se aproxima.
Ele descartou a possibilidade de fechamento total da cidade. “Lockdown não é, neste instante, observado por nós como positivo. Temos indústrias que produzem oxigênio e produtos fármacos para todo o Brasil. Isso deve ser considerado, inclusive em relação às taxas de isolamento”.
Machado informou também que as medidas serão anunciadas até o final da tarde, inclusive com a intensificação de operações policiais e da fiscalização. “A única alternativa hoje para reduzir os casos de contaminação é a redução da circulação de pessoas”, destacou o prefeito – lembrando que Jundiaí já ampliou o número de leitos por seis vezes em um curto espaço de tempo.
O prefeito também afirmou que a cidade está pronta para adquirir mais vacinas, por meio do consórcio público firmado pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP). “Já temos uma reserva financeira para compra de 100 mil doses de vacina”, comentou, durante a live.
O pronunciamento foi feito pela página da Prefeitura no Facebook. Na quinta (18), com exclusividade, o Tribuna de Jundiaí trouxe a informação da reunião de urgência realizada de forma virtual pelos prefeitos da AUJ.
A missão é evitar que o município entre em colapso por falta de vagas em leitos destinados ao tratamento da Covid19. Ontem (18), Jundiaí atingiu 95% de ocupação dos leitos na rede pública e 96% no sistema privado de saúde. A taxa de isolamento foi a menor do Estado no primeiro dia da fase emergencial – 34% (o aceitável é 50%).
Contágio em alta
Segundo o gestor de Promoção da Saúde, Tiago Texera, em uma semana 3,6 mil pessoas procuraram o sistema de saúde com sintomas gripais. “Em média, 50% deste total testa positivo para a Covid”, ressaltou. As Unidades Sentinelas também têm recebido 600 atendimentos por dia.
Machado explicou, também, o motivo que o Hospital de Campanha – criado ano passado – não foi reativado no município. Os questionamentos têm sido frequentes nas mídias sociais da Prefeitura em relação a isso. “O Hospital de Campanha teve característica de hospital de saída, destinado ao final da recuperação dos pacientes que já estavam em processo de alta médica. Buscamos uma outra alternativa, agora, que foi o convênio com hospitais particulares para termos os leitos de entrada”.
Duas mortes já foram registradas por falta de vaga em leitos: uma idosa de 70 anos, de Jarinu; e uma mulher de 25 anos, que aguardava leito da rede privada em Campo Limpo Paulista.