Mesmo com os números de contaminações pela COVID-19 ainda estarem em patamares elevados, com mais de mil pessoas positivas para a doença, em média, por semana, o impacto no atendimento em hospital público para pacientes infectadas tem diminuído há cinco semanas sequenciais. Resultado da vacinação tem promovido a proteção dos grupos mais vulneráveis às complicações da doença, e com o cenário em melhoria, o Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus (CEC) da Prefeitura de Jundiaí e o Hospital São Vicente de Paulo (HSV), realizam a sexta redução no mês de leitos exclusivos dedicados ao tratamento da COVID-19, nesta sexta-feira (23).

Ao todo, o hospital passa a contar com 17 leitos de enfermaria (até então eram 36) e os 52 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). No sistema público como um todo, Jundiaí conta ainda com outros 14 leitos de enfermagem dedicados ao atendimento à doença na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Vetor Oeste. “Temos bons números, que demonstram a eficiência do trabalho desenvolvido em Jundiaí, tanto na vacinação quanto no atendimento aos casos com identificação, testagem monitoramento e cuidado, além da colaboração da população, na adoção das medidas de proteção individual. Os indicadores são positivos, mas é necessário que todos tenham em mente que a pandemia não acabou e que as medidas de prevenção são essenciais para que não haja retrocesso”, comenta o prefeito Luiz Fernando Machado.

De acordo com dados do HSV, o local passa a contar com 69 leitos, ou seja, uma redução de 21% com relação a adequação anterior. Em julho do ano passado, eram 192 leitos, contando os leitos do HSV e do hospital de Campanha. Para efeito de comparação, a média móvel de novas internações diárias no dia 07 de julho era de 11,29. Na quarta-feira (21), a demanda foi reduzida para 7. Redução de 38%. No ano passado, as médias móveis para os respectivos dias foram 13 e 11, ou seja, redução de 46% em relação ao ano anterior.

Jundiaí registrava, até quinta-feira (22), mais de 50% da população tendo recebido ao menos uma dose das vacinas autorizadas pela Anvisa para a aplicação entre a população. “É nítido o impacto positivo que a vacinação promove entre a população. Identificamos, somente entre os profissionais da Saúde, que estão na linha de frente de cuidado, redução de 86% no número de contaminações entre esse grupo na comparação entre os meses de junho e julho de 2020 e 2021, com o registro de 508 e 71, respectivamente”, comenta o gestor da Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS), Tiago Texera.

Contudo, cabe ressaltar que o vírus não parou de circular e continua sendo fundamental que a população, mesmo entre as pessoas que já receberam as duas doses de vacina, mantenham os protocolos sanitários de segurança para evitar a transmissão da doença, pois, mesmo vacinado, é possível desenvolver a doença – sem sintomas – e passar a transmiti-la caso não sejam adotadas todas as medidas preventivas de saúde (uso de máscara, distanciamento, higienização frequente das mãos).