Pacientes estão acordando durante intubação por falta de medicamentos
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Pacientes estão acordando durante intubação por falta de medicamentos

Enfermeiros de hospitais de São Paulo comentam casos nas unidades.

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Máquinas de UTI
Os enfermeiros têm que racionar os medicamentos de sedação, com falta de insumos no estoque (Foto: Freepik)

Alguns hospitais públicos de São Paulo vêm registrando casos recorrentes de pacientes que acabam acordando durante a intubação para tratamento da Covid19. Em reportagem do UOL, enfermeiros relatam que, por falta de medicamentos do kit de intubação, a sedação dos pacientes não é o suficiente.

As reações ao acordar intubados variam entre querer chamar o enfermeiro e tentar tirar a mangueira de intubação à força, se machucando no processo. Mas o que é igualmente presente nos casos, é o susto. A princípio, os casos registrados aconteceram na zona norte de São Paulo e em Aparecida.

Empregados de hospitais da capital disseram que ainda não acontece em larga escala em unidades públicas e privadas. No entanto, os episódios podem chegar até lá, caso não ocorra o reabastecimentos dos medicamentos.

Racionamento de medicamentos

De acordo com um dos enfermeiros para o UOL, o mix de medicamentos sedativos para intubação é aplicado através da veia, com uma bomba de infusão.

Mas, com o estoque reduzido destes itens, os profissionais têm que racionar o medicamento, para que nenhum paciente fique sem. Com a dosagem mínima, os enfermeiros também programam a bomba para gotejar de forma mais lenta, prolongando seu efeito.

O problema é que, dependendo do medicamento, a velocidade da sedação não faz diferença se a quantidade não for a suficiente. Assim, alguns pacientes acabam acordando durante o processo de intubação.

Os enfermeiros também contaram que as pessoas que precisam da ventilação mecânica chegam a sentir as dores da introdução dos equipamentos de intubação, pela falta de sedativos. Além disso, durante alguns minutos em que a pessoa está acordada, o desempenho da respiração pode ser prejudicado.

“Os enfermeiros estão, além de exaustos e cansados, ainda mais exaustos porque não tem o que fazer. Agora, está faltando tudo. Eles estão angustiados com essa falta de insumos. Não tem a medicação, não tem oxigênio, não dá tempo de esperar leito ficar pronto que já entra outro paciente. Tudo está gerando muito sofrimento emocional. Estar em contato direto com essa situação é desesperador”, comenta a coordenadora da Comissão Nacional de Saúde Mental do Cofen (Conselho Federal de Enfermagem), Dorisdaia Humerez.

Cancelamento de compra

O kit de intubação é composto por seis fármacos, como sedativos, anestésicos e bloqueadores musculares. Há cerca de uma semana, conselhos estaduais e nacionais de saúde do Brasil começaram a notificar a falta dos insumos.

Um relatório do CNS (Conselho Nacional de Saúde) apontou que, em agosto de 2020, o Ministério da Saúde cancelou uma compra dos medicamentos que compõem o kit de intubação. De acordo com o documento, dos 23 itens, 13 foram retirados do pedido. A justificativa foi de “preços acima das estimativas do mercado”.

Agora, com o risco de zerar os estoques do sistema público e privado de Saúde, o governo Bolsonaro finalmente requisitou os estoques da indústria de medicamentos nesta semana.

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OMS declara fim da pandemia da Covid-19

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Nesta sexta-feira (5), a OMS (Organização Mundial da Saúde) anunciou o fim da pandemia da Covid-19. De acordo com seus especialistas, o vírus não representa mais uma ameaça sanitária internacional. Portanto, a emergência da pandemia está oficialmente declarada como encerrada. Ainda assim, segundo o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, o anúncio não significa que o vírus desapareceu. Atualmente, ainda há…

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