Número de vítimas fatais e desalojados aumenta a cada atualização

O Rio Grande do Sul se encontra em estado de calamidade após a fúria dos temporais que assolaram o estado nos últimos dias. O número de mortos subiu para 57, segundo boletim divulgado pela Defesa Civil neste sábado (4), e ainda há 67 pessoas desaparecidas. Mais de 42 mil pessoas foram afetadas, com 9.581 em abrigos e 32.640 desalojadas.

Infraestrutura colapsada: rodovias interditadas, aeroportos fechados e cidades sem luz

As fortes chuvas causaram estragos em toda a infraestrutura do estado. Trechos de rodovias federais e estaduais estão bloqueados, afetando o transporte de pessoas e bens. O Aeroporto Salgado Filho em Porto Alegre foi fechado devido ao alto volume de chuvas, e a rodoviária da capital também está interditada por alagamento.

A falta de energia elétrica é outro problema grave. Mais de 369 mil clientes estão sem luz em todo o estado, principalmente nas regiões mais atingidas pelas cheias. As companhias de energia elétrica RGE e CEEE trabalham para restabelecer o fornecimento o mais rápido possível.

Situação em Porto Alegre: inundações, racionamento de água e presídios ilhados

Em Porto Alegre, o nível do Guaíba subiu acima da cota de inundação, alagando ruas e avenidas. A prefeitura decretou estado de emergência e pediu à população que faça racionamento de água, pois quatro das seis estações de tratamento de água da cidade estão fora de operação.

As enchentes também causaram o isolamento de presídios em todo o estado, e mais de mil detentos precisaram ser transferidos de unidades prisionais.

Ajuda federal e estado de calamidade decretado

O governo federal enviou 100 integrantes da Força Nacional para auxiliar nas operações de salvamento e resgate, e o governo do estado decretou estado de calamidade, o que permitirá a solicitação de recursos federais para ações de defesa civil, como assistência humanitária, reconstrução de infraestruturas e restabelecimento de serviços essenciais.

Causas dos temporais e previsão do tempo

Os meteorologistas atribuem os temporais a uma combinação de três fatores: correntes intensas de vento, um corredor de umidade vindo da Amazônia e um bloqueio atmosférico. A previsão para as próximas 24 horas é de mais chuva, com acumulados que podem chegar a 400 milímetros em algumas regiões.