Nesta quinta-feira (31), o laboratório de diagnóstico Dasa informou que detectou dois casos da nova variante do coronavírus em pacientes de São Paulo. De acordo com a empresa, essa encontrada é da mesma cepa que surgiu no Reino Unido no início do mês.

O Instituto Adolfo Lutz e a Vigilância Sanitária foram informados sobre os casos. Segundo a Dasa, foram analisadas 400 amostras de saliva coletadas através do teste de RT-PCR. A confirmação foi feita por sequenciamento genético, em parceria com o Instituto de Medicina Tropical da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (IMT-FMUSP).

Essa nova variante, chamada B.1.1.7 já foi registrada em outros 17 países, e tem mutações que alteram a maneira que o vírus se fixa nas células humanas. De acordo com estudos da nova cepa, ela é 56% mais contagiosa que a anterior. No entanto, ainda não se sabe se a variante provoca casos mais graves ou causa mais mortes pela doença. Também não há evidências sobre a resistência da vacina contra esta variante.

No Reino Unido, onde parece ter surgido primeiro, a cepa já representa mais de 50% dos novos casos diagnosticados, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Testagem do vírus

Os especialistas agora temem que alguns testes atuais para detectar o novo coronavírus apresentem falsos negativos. Isso acontece quando a pessoa está infectada, mas o exame não aponta a presença do vírus no organismo.

O laboratório informou que está trabalhando junto do IMT-FMUSP para gerar um material que mostre a eficácia de alguns testes em relação à nova variante. Porém, os testes não se aplicam ao teste PCR, que já se mostrou capaz de identificar a nova cepa.