Procuradores veem indícios de crime de Bolsonaro em apuração sobre PF
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Procuradores veem indícios de crime de Bolsonaro em apuração sobre PF

Equipe de Augusto Aras vê três possíveis crimes cometidos pelo presidente da República

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Bolsonaro em entrevista em frente ao Palácio do Alvorada
Bolsonaro nega as acusações de Moro. (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

A equipe do procurador-geral da República, Augusto Aras, em uma avaliação preliminar das provas reunidas pela Polícia Federal, vê indícios de que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) cometeu delitos ao, supostamente, buscar recursos para interferir na PF. Entre eles, prevaricação, advocacia administrativa ou afronta a um dispositivo da lei de abuso de autoridade.

A equipe considerou que no vídeo da reunião ministerial – divulgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na última sexta-feira (22), e em outros elementos, como mensagens trocadas por celular, há evidências de que o presidente buscava se beneficiar com acesso a informações de investigados da PF.

A decisão, no entanto, se cabe ou não acusar o presidente e em qual lei a conduta será aplicada, é exclusiva de Aras.

Segundo a Folha de S. Paulo, isso ocorrerá após a conclusão do inquérito pela Polícia Federal, que ainda deve incluir depoimentos de testemunhas. Depois disso, o órgão apresentará um relatório-final à PGR (Procuradoria-Geral da República).

Um investigador com acesso ao caso afirmou que o vídeo é uma das evidências que mostram que Moro era pressionado a trocar policiais a desejo de Bolsonaro.

No vídeo, o presidente diz: “Já tentei trocar gente da segurança nossa no Rio de Janeiro, oficialmente, e não consegui. E isso acabou. Eu não vou esperar foder a minha família toda, de sacanagem, ou amigos meus, porque eu não posso trocar alguém da segurança na ponta da linha que pertence a estrutura nossa. Vai trocar! Se não puder trocar, troca o chefe dele! Não pode trocar o chefe dele? Troca o ministro! E ponto final! Não estamos aqui pra brincadeira”.

Para a PGR, a mensagem enviada por Bolsonaro a Moro que dizia “mais uma motivo para a troca”, logo após o envio de uma matéria com o título “PF na cola de 10 a 12 deputados bolsonaristas” é mais um forte indício.

Bolsonaro nega interferência. Ele afirma que, ao falar em trocas no Rio, estava se referindo à equipe que faz a sua segurança pessoal e a de sua família.

Caso o presidente seja enquadrado em prevaricação, a lei prevê detenção, de três meses a um ano, e multa, em caso de condenação. Diz o Código Penal que prevaricar é “retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal”.

Em caso de advocacia administrativa, que consiste em “patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública”, a pena vai de um mês a um ano de detenção, fora multa, a depender de eventual agravante.

Se o presidente responder por abuso de autoridade, pode haver detenção de seis meses a dois anos, além de multa. O Código Penal determina como abuso: “Exigir informação ou cumprimento de obrigação, inclusive o dever de fazer ou de não fazer, sem expresso amparo legal” ou ainda, “quem se utiliza de cargo ou função pública ou invoca a condição de agente público para se eximir de obrigação legal ou para obter vantagem ou privilégio indevido”.

Vale ressaltar que, caso o presidente seja denunciado por crime comum, o processo segue apenas com autorização da Câmara. Se os deputados entenderem que houve crime e a denúncia for aceita pelo STF, Bolsonaro é afastado do cargo.

Com informações da Folha de S. Paulo.

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Maio Furta-Cor: encontro em Jundiaí reúne poder público e sociedade pela saúde mental materna

O vereador Faouaz Taha tem trabalhado a temática com um projeto de lei que será votado na próxima terça

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Vereador Faouaz Taha tem trabalhado a temática com um projeto de lei a ser votado. Foto: Arquivo Pessoal

Em encontro realizado na Câmara de Jundiaí, nesta quinta-feira (9), representantes do poder público e profissionais da sociedade civil discutiram os cuidados necessários com a saúde mental materna. O tema é pilar da campanha Maio Furta-Cor, que já existe nacionalmente, e tem sido trabalhada pelo vereador Faouaz Taha. Um projeto de lei de sua autoria, que cria a campanha na…

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Autoridades apoiam proposta de liberdade religiosa em Jundiaí

Proposta de Emenda à Lei Orgânica garante livre manifestação religiosa em Jundiaí e recebe amplo apoio. Saiba mais.

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Foto: Arquivo Pessoal

Na noite desta quarta-feira (8), Jundiaí deu um passo importante na defesa da liberdade religiosa, durante audiência pública realizada na Câmara Municipal. A proposta de emenda à Lei Orgânica que assegura o direito à livre manifestação religiosa no município recebeu amplo apoio de autoridades religiosas e da população em geral. O autor da iniciativa, vereador Cristiano Lopes, celebrou a grande…

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Pesquisa Quaest: 50% dos brasileiros aprovam trabalho de Lula; 47% desaprovam

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Presidente Lula falando ao microfone a frente da bandeira do Brasil
Aprovação do trabalho de Lula caiu um ponto percentual em relação ao último levantamento em fevereiro (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O trabalho realizado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é aprovado por 50% dos brasileiros, conforme indica a pesquisa realizada pela Genial/Quaest e divulgada nesta quarta-feira (8). Por outro lado, 47% dos entrevistados desaprovam sua gestão, enquanto 3% dos participantes não sabem ou optaram por não responder. A aprovação do trabalho de Lula oscilou um ponto percentual para…

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Audiência pública vai tratar da livre manifestação religiosa em Jundiaí

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Vereador Cristino Lopes de Jundiaí
Vereador Cristiano Lopes propõe emenda para proteger direitos religiosos frente a restrições administrativas. (Foto: Arquivo pessoal)

Lideranças religiosas do município participam, no próximo dia 8 (quarta-feira), às 19h, de audiência pública na Câmara Municipal de Jundiaí, para discutir a Proposta de Emenda à Lei Orgânica que assegura a livre manifestação religiosa. De autoria do vereador Cristiano Lopes, a iniciativa tem objetivo de garantir este direito e evitar que “pretextos de ordem administrativa” violem o que já…

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Mauro Cid volta para casa após ser solto por Moraes e deixar prisão

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Mauro Cid
Mauro Cid deixa a prisão após decisão do STF, sujeito a rigorosas medidas de monitoramento (Foto: Lula Marques/ Agência Brasil)

Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi solto na tarde desta sexta-feira (3), após decisão do ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF). Cid havia sido preso em março por desrespeitar regras da delação premiada, após vazamento de áudios com críticas à Polícia Federal e ao STF. Apesar da soltura, Cid terá que continuar cumprindo…

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