Nesta terça-feira (1º), o presidente Bolsonaro anunciou a prorrogação por mais quatro meses do auxílio emergencial. No entanto, o valor foi cortado pela metade: ao invés dos R$ 600 definidos inicialmente por três meses, os beneficiários terão direito de retirar R$ 300.

O presidente se reuniu com o ministro da Economia, Paulo Guedes, líderes do governo e parlamentares aliados, no Palácio da Alvorada para anunciar a prorrogação. Bolsonaro disse que o valor definido é equivalente a mais da metade do Bolsa Família, e deve atender a população no básico.”Não é um valor o suficiente muitas vezes para todas as necessidades, mas basicamente atende. Então, decidimos aqui, até atendendo a economia em cima da responsabilidade fiscal, fixá-lo em R$ 300″.

Os beneficiários do auxílio emergencial receberam o total de cinco parcelas de R$ 600 em 2020, focando na população de baixa renda trabalhadores informais, famílias cadastradas em programas sociais e autônomos.

A decisão aguarda oficialização por meio de uma medida provisória e deverá ser aprovada pelo Congresso Nacional. Se aprovada, a medida provisória deve ser paga pelo menos até dezembro desse ano.

Bolsonaro já havia mencionado a possibilidade de diminuir o valor pago pelo auxílio antes da decisão. De acordo com o presidente, o valor parece baixo para as pessoas que precisam do benefício, mas “é muito para quem paga, no caso, o Brasil”. A equipe econômica calcula que o apoio financeiro custou R$ 50 bilhões por mês desde março, quando o programa começou.

Suporte para reeleição

Após a implementação do auxílio emergencial, Bolsonaro e os ministros do seu governo viram na medida um suporte para uma possível reeleição em 2022.

Os índices de popularidade do presidente cresceram em regiões que registram domínio de aprovação do Partido dos Trabalhadores (PT), principais adversários do governo Bolsonaro.

Desta forma, o governo esticou o programa com distribuição dos R$ 600 por mais dois meses. A decisão de hoje é a segunda medida de prorrogação do auxílio emergencial proposta pelo presidente.