PIB do Brasil tem maior queda da história e país volta à recessão
Conecte-se conosco

Economia

PIB do Brasil tem maior queda da história e país volta à recessão

País bateu o recorde de baixa no 2º trimestre e a economia brasileira recuou 3 anos em 3 meses.

Publicado

em

Supermercado na zona sul do Rio de Janeiro
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil caiu 9,7% no 2º trimestre de 2020, comparado com os primeiros três meses do ano. Este índice ajuda na medição da evolução da economia e calcula a soma de todos os bens e serviços produzidos de cada país. O PIB do Brasil no 2º trimestre foi de R$ 1,653 trilhão.

A queda por causa da pandemia do coronavírus é a maior desde 2008, e coloca a economia do país em recessão técnica. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (1).

O IBGE informou também sobre o resultado do primeiro trimestre do ano, que teve uma queda de 2,5%. No total, o 1º semestre de 2020 teve a queda de 5,9% do PIB em relação ao mesmo período do ano anterior.

Mesmo com o tombo, o resultado analisado no 2º trimestre já era o esperado pelo mercado e também pelo governo. Um levantamento feito pelo G1 mostra que 10 de 12 instituições financeiras consultadas já previam a queda de 8% a 10% do PIB brasileiro.

Regressão

A recessão de 2020, apesar de grande, não é comparada com as anteriores, de 2014 e 2016. Neste caso, a situação se agravou pelo fato de ter acontecido no meio de uma pandemia mundial, que exigiu o isolamento social de toda a população. A crise mundial piora no Brasil porque a queda veio antes da recuperação das perdas das últimas recessões.

Especialistas indicam que com o recorde de queda, o Brasil regrediu ao patamar econômico do final do ano de 2009. Neste ano aconteceu o auge da crise global da onda de quebras da economia americana. Dados indicam que no 1º trimestre de 2020 a regressão foi equivalente ao ano de 2012, o que significa que em três meses, o PIB do Brasil regrediu mais três anos.

“Com esse resultado, a gente está 15,1% abaixo do pico, que foi no primeiro trimestre de 2014”, destacou a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca de La Roque Palis.

Quedas por segmento

O setor da indústria foi a que teve a maior queda, de -12,3% e serviços ficou em segundo lugar, com -9,7%. Segundo o IBGE, esses dois segmentos “representam 95% do PIB nacional”.

Esses números foram os maiores já registrados desde o início da série do IBGE, em 1996.

Em serviços, os únicos números positivos vieram dos segmentos de seguros e serviços relacionados (0,8%) e imobiliários (0,5%).

Rebeca Palis também reforça que o consumo das famílias só não caiu por causa dos programas de apoio financeiro disponibilizados pelo governo, “Isso injetou liquidez na economia. Também houve um crescimento do crédito voltado às pessoas físicas, que compensou um pouco os efeitos negativos”.

A taxa de poupança subiu para 15,5%, em comparação com o ano passado, que teve o crescimento de 13,7 no mesmo período.

No setor de exportação, o PIB registrou um aumento de 1,8%, já a área de importação recuou 13,2%.

A especialista indica que a alta na exportação se deve às commodities, petróleo e produtos alimentícios. A queda de importação está relacionada à parada dos setores como veículos e viagens, por causa da pandemia.

Histórico

O PIB brasileiro nos anos de 2015 e 2016 já haviam caído, 3,5% e 3,3%, respectivamente, e voltou a crescer com uma taxa de 1,3% em 2017 e 2018. Em 2019, desacelerou o crescimento para 1,1%.

No começo de 2020 a economia brasileira já demonstrava dificuldades em crescer, agora com os impactos da pandemia, a retomada deve levar ainda mais tempo para acontecer. Especialistas avaliam que o Brasil irá recuperar a situação de antes da pandemia apenas em 2022.

As expectativas avaliadas agora dizem que o PIB do Brasil deve voltar para a situação azul no 3º trimestre do ano, o que tirará o país da recessão técnica, mesmo com as incertezas de como será o comportamento da economia no restante do ano.

 

 

Economia

Desenrola para MEI e micro e pequenas empresas começa nesta segunda

Condições especiais de renegociação oferecidas pelos bancos para revitalizar seu pequeno negócio a partir de 13 de maio

Publicado

em

Uma nova chance para ajustar as finanças e impulsionar negócios. (Foto: Prefeitura de Jundiaí)

A partir desta segunda-feira (13), Microempreendedores Individuais (MEI) e micro e pequenas empresas com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões terão a oportunidade de renegociar suas dívidas bancárias não pagas até 23 de janeiro de 2024. Esta iniciativa é parte do Programa Desenrola Pequenos Negócios, que visa fornecer recursos essenciais para a continuidade das atividades desses empreendedores. Apoio de…

Continuar lendo

Economia

Em abril, custo da cesta básica subiu em 10 capitais brasileiras

A cesta básica mais cara do país foi observada em São Paulo, com um custo médio de R$ 822,24.

Publicado

em

Por

Supermercado
Foto: Canva

Em abril, o custo da cesta básica subiu em 10 das 17 capitais brasileiras analisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos. O Dieese registrou as maiores elevações nas capitais nordestinas, com destaque para Fortaleza (7,76%), João Pessoa (5,40%) e Aracaju (4,84%). Enquanto isso, as maiores quedas ocorreram em Brasília (-2,66%), Rio de Janeiro (-1,37%) e Florianópolis (-1,22%). A…

Continuar lendo

Economia

ACE busca na Prefeitura possibilidades de redução de tributos para os empresários

Detalhes sobre taxas específicas e formação de grupo de trabalho visam melhorar o ambiente empresarial local

Publicado

em

Por

Representantes da ACE em reunião na prefeitura de Jundiaí
Representantes da ACE e autoridades municipais discutem soluções tributárias para empresários de Jundiaí (Foto: ACE Jundiaí)

Uma comissão formada por conselheiros e diretores da Associação Comercial Empresarial (ACE) de Jundiaí esteve na Prefeitura de Jundiaí para entender algumas taxas e impostos pagos pelos empresários e ver possibilidades de reduzir a carga tributária para quem empreende no município. A comissão foi recebida pelo gestor de Governo e Finanças, Jones Henrique Martins, e por Roseli Conceição Paiva, Diretora…

Continuar lendo

Economia

Conheça programas do Governo de São Paulo que impulsionam a geração de empregos

Publicado

em

Por

Carteia de trabalho digital
Programas ajudam na busca por emprego em SP (Foto: Governo de SP)

O Governo de São Paulo tem implementado uma série de iniciativas gratuitas voltadas para a capacitação, apoio e encaminhamento profissional, visando impulsionar a geração de emprego e renda em todo o estado. Com 14 milhões de trabalhadores com carteira assinada, o estado responde por aproximadamente 27% dos empregos formais do país, segundo a Fundação Seade. Em 2023, o estado viu…

Continuar lendo

Empregos

Fabrilis abre mais de 40 vagas de emprego em Jundiaí

Há vagas para estágio, operador de máquinas, ajudante geral, executivo de vendas, psicólogo e mais. Confira e candidate-se.

Publicado

em

Por

Foto: Divulgação/Fabrilis

Referência no mercado mobiliário, a Fabrilis é uma das maiores empresas de planejados da região e está com vagas de emprego abertas em Jundiaí. A empresa oferece mais de 40 oportunidades, incluindo para Pessoas com Deficiência (PCDs). Confira: 1 vaga - Estagiário de PCP 1 vaga - Técnico em Segurança do Trabalho (necessário ter experiência mínima na área) 1 vaga…

Continuar lendo
Publicidade