As mais de 5 mil escolas administradas pelo Governo do Estado de São Paulo retomaram as aulas presenciais nesta segunda (8). Não foram divulgados números oficiais de quantos alunos retornaram às salas de aula. Em Jundiaí, segundo a Apeoesp (sindicato dos professores), pelo menos 20% da capacidade das escolas estaduais foram ocupadas no período da manhã, neste primeiro dia de volta às aulas. O limite estipulado para manter o distanciamento social de 1,5 metro é de até 35% para cada unidade.

Conselheiro estadual da Apeoesp em Jundiaí, o professor Wilder Cássio de Freitas explicou que a maior preocupação da categoria está na higienização das unidades escolares. “Não somos contra a abertura das escolas, elas sempre estiveram abertas neste período (de pandemia) para tirar dúvidas, inclusive. A questão é ter as condições necessárias para que as aulas possam voltar”. “Não há funcionários suficientes para fazer a higienização das escolas a cada três horas, conforme determina o protocolo”.

Uma nova assembleia está marcada pela Apeoesp para acontecer sexta (12), como forma de avaliar a situação. “Pelo menos 30% dos professores já estão afastados por conta da idade, atuando em home office. Há outros que querem voltar por estarem sobrecarregados devido ao trabalho remoto acabar sendo feito fora do horário de trabalho e aos finais de semana, devido às dúvidas dos alunos.”

Na escola estadual Conde do Parnaíba, na região central de Jundiaí, estão matriculados 480 alunos em período integral. Destes, apenas um terço pôde voltar à unidade – o restante acompanhou as matérias pela internet.

As portas e janelas das salas são mantidas abertas, há álcool em gel para os alunos e professores, que devem usar máscara (no caso dos docentes, eles têm também o protetor facial). “A gente trabalhou os detalhes para não errar, para termos a certeza de que o aluno na escola estará com a segurança necessária para a retomada dos estudos”, comentou Fábio Leandro Paixão, diretor da escola, em entrevista à TV Tem.

Outro lado – Em nota, a Secretaria Estadual de Educação informou que vai avaliar as condições nas duas próximas semanas. “A decisão é baseada em experiências internacionais para garantir a segurança dos alunos e professores, bem como o desenvolvimento cognitivo e socioemocional das crianças e adolescentes. Os alunos que não puderem acompanhar as aulas nas escolas, devem fazer via Centro de Mídias SP, remotamente. Cada unidade poderá definir como irá realizar o rodízio de alunos e suas atividades presenciais e remotas. A carga horária também poderá ser adaptada para o cumprimento das normas. Por isso é importante que pais, responsáveis ou alunos maiores de 18 anos entrem em contato com a sua escola para saber os dias e horários em que poderão ir presencialmente na unidade”.