Pesquisadores da USP descobrem gênero de dinossauro inédito que viveu no interior de SP
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Pesquisadores da USP descobrem gênero de dinossauro inédito que viveu no interior de SP

O ‘Arrudatitan maximus’ foi a única espécie do gênero, media 22 metros e é do período Cretáceo, antes da separação da Pangeia.

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Reprodução digital do dinossauro 'Arrudatitan maximus', que viveu no interior de SP
Os primeiros fósseis do dinossauro foram encontrados em 1997, por um vendedor de frutas e seu sobrinho (Foto: Divulgação/Arte/Ariel Milani Martine)

Os pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto, se uniram ao Museu de Paleontologia de Monte Alto, no interior de São Paulo, e o resultado da parceria foi a descoberta de um gênero de dinossauro inédito. O Arrudatitan viveu na região de Monte Alto há 85 milhões de anos e faz parte do grupo de titanossauros.

Esse gênero tem apenas uma espécie do animal, o Arrudatitan maximus. De acordo com os pesquisadores, este dinossauro era herbívoro, tinha 22 metros e pescoço e caldas longas. Ele teria existido no período Cretáceo, antes da separação da Pangeia (período histórico em que todos os continentes da Terra eram unidos).

“A região de Monte Alto é muito produtiva, então pode ser que sejam achados novos fósseis, de espécies que sejam parentes do Arrudatitan maximus e sejam incluídas neste novo gênero, que é exclusivo de São Paulo”, diz o mestre em biologia Julian Junior, o principal autor da pesquisa.

Artistas seguiram as descrições feitas pelos paleontólogos, e reconstituíram digitalmente uma imagem do Arrudatitan maximus. Além disso, fizeram um comparativo para que seja possível “enxergar” a grandeza do animal. Segundo esta perspectiva, o dinossauro ocuparia o espaço de cinco carros estacionados um atrás do outro.

Reprodução digital do ‘Arrudatitan maximus’, que media 22 metros (Foto: Divulgação/Arte/Deverson Pepi)

“Até o momento, os fósseis do Arrudatitan maximus são os maiores que temos em exposição. Esse estudo amplia nossos conhecimentos sobre os titanossauros brasileiros e abrem portas para novas pesquisas”, analisa Sandra Tavares, que dirige o museu.

Gênero inédito

Essa pesquisa da USP com o Museu de Paleontologia de Monte Alto indicou um resultado diferente do esperado. Há anos, acreditava-se que a espécie pertencia ao gênero Aelosaurus, que viviam na Argentina. A principal diferença entre os dois está na articulações da cauda, mas além disso suas ancestralidades genéticas também são diferentes.

“Esta descoberta dá uma cara mais regional e inédita para a paleontologia brasileira, além de refinar nosso conhecimento sobre os titanossauros, que são estes dinossauros pescoçudos”, avalia o paleontólogo Fabiano Iori, do museu de Monte Alto, que participou do estudo.

Os primeiros fósseis do novo gênero foram encontrados em 1997, na zona rural da cidade Cândido Rodrigues, pelo vendedor de frutas, Almir Frare e seu sobrinho. Após a descoberta histórica, os dois avisaram Antônio Celso de Arruda Campos, conhecido como professor Toninho, precursor da paleontologia em Monte Alto.

Aliás, foi em homenagem ao professor Toninho que os pesquisadores batizaram o novo gênero de dinossauro. Toninho comandou diversas escavações pela região, encontrando também vestígios de uma aldeia indígena que viveu no município mil anos antes antes da chegada dos portugueses ao Brasil.

Vendedor e seu sobrinho encontraram o primeiro fóssil do gênero em SP (Foto: Arquivo/Museu de Paleontologia de Monte Alto)

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