A Defesa Civil de Jundiaí e a Divisão Florestal da Guarda Municipal, ao lado do Corpo de Bombeiros e de vários parceiros, atuam de forma constante e integrada para combater focos de queimadas, principalmente no período de estiagem.

Até o dia 30 de setembro, será realizada a Operação Estiagem 2020, iniciada em 1º de maio. Este período de cinco meses é marcado pela falta de chuvas, baixa umidade relativa do ar e altas temperaturas, que contribuem para o aumento de focos de incêndios.

Estão sendo priorizadas ações preventivas, além do efetivo combate às queimadas. A população pode denunciá-las e as ocorrências são direcionadas ao Departamento de Meio Ambiente da Prefeitura para fiscalização e eventual autuação, segundo a Lei Municipal 8.858, de 7 de novembro de 2017.

Todo munícipe pode cadastrar seu celular, gratuitamente, para receber alertas meteorológicos da Defesa Civil via SMS. Os interessados devem enviar um SMS para 40199 com o CEP de interesse. O cadastrado passará a receber números e orientações a respeito da umidade do ar e chuvas.

Realizar queimadas pode gerar ao infrator multa de R$ 720, cobrada em dobro no caso de reincidência, e de R$ 2.880 se houver outro descumprimento da legislação. Será acrescido aos R$ 720 o valor de R$ 2 por metro quadrado de área queimada.

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) mostram que, a partir da vigência da Lei Municipal 8.858, houve em Jundiaí uma redução nas queimadas. Em 2017, foram 121 casos, contra 86 no ano seguinte. A média mensal de ocorrências saiu de 10 (há três anos) para sete (em 2018).

Em 2019, esta média foi de 12 e, de janeiro a maio de 2020, o número médio registrado foi de nove ocorrências.

Como denunciar?

A população tem outras formas de denunciar queimadas, seja telefonando ou usando o aplicativo de celular APP Jundiaí. As pessoas podem ligar para o 199 (Defesa Civil), 156 (Prefeitura), 193 (Bombeiros) e 153 (Guarda Municipal).

“São envolvidos neste trabalho parceiros como a DAE Jundiaí, Ministério Público e as unidades de gestão de Infraestrutura e Serviços Públicos (UGISP), Planejamento Urbano e Meio Ambiente (UGPUMA) e Agronegócio, Abastecimento e Turismo (UGAAT)”, explicou João Osório Gimenez Germano, coordenador municipal da Defesa Civil de Jundiaí.

Ele também é coordenador adjunto do Aglomerado Urbano de Jundiaí (AUJ) e lembra que, pelo aplicativo, que existe desde 2018, o usuário tem mais um canal de comunicação para agilizar o atendimento de ocorrências. “A denúncia via APP Jundiaí permite inclusive o envio de fotos e a localização por georreferenciamento, feito via satélite”, emendou Gimenez.

“É muito importante que a população se conscientize do risco da queima de lixo em sua propriedade ou de um fósforo aceso jogado em local de mato seco. Fazemos um trabalho integrado também com concessionárias de rodovias e ferrovias, além das coordenadorias Regional e Estadual de Defesa Civil, e buscamos dinamizar as ações para evitarmos danos à saúde das pessoas e ao Meio Ambiente”, finalizou o coordenador da Defesa Civil.

Adilson Marestoni, inspetor da Divisão Florestal da GM, reforça que a participação da população na prevenção às queimadas é fundamental. “Os cidadãos são atores importantíssimos neste processo, tanto na atitude preventiva quanto na denúncia das ocorrências à Guarda Municipal e à Defesa Civil”, ponderou. “Fiscalizamos prioritariamente a Serra do Japi, nos limites de Jundiaí, principalmente a área tombada pelo Condephaat. As queimadas nesta área são combatidas de imediato e com grande apoio da população”, disse Adilson.