A China aponta o caminho para a construção de uma economia forte
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Opinião

A China aponta o caminho para a construção de uma economia forte

Artigo por Everton Araújo, brasileiro, economista e professor universitário.

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Dinheiro chinês
Foto: fmajor/Canva

Nosso povo ama a vida e espera melhor educação, emprego mais estáveis, renda efetiva, segurança social mais confiável, assistência médica de alto padrão, condições de vida mais confortáveis e um ambiente mais bonito para transbordar a liberdade e a alegria. Esse poderia ser o discurso do então novo Líder brasileiro ao assumir o posto de Presidente, confirmado pela vontade popular em qualquer período da história politica. No entanto essa manifestação foi do Líder Chinês em 2013 e os resultados foram alcançados, isso deveria servir de modelo para o Brasil que fica eternamente esperando a realização do prometido que se renova a cada eleição. Atualmente o Brasil está travando uma guerra de ódio para saber quem vai continuar o nosso trágico legado politico, regado de promessas, corrupções e enganações, o oposto das falas dos Chefes que já ocuparam o trono. A China também reunirá dia 16 de outubro a Cúpula do Partido Comunista para definir os próximos passos da Nação que segue prosperando conforme prometido nas mensagens do grande Líder.

Geralmente a mensagem transmitida à população no dia da posse, vem recheada de esperanças, pois a população deu mais que um voto e sim depositou a sua confiança no mandatário. No momento em que a população do gigante asiático estava comemorando um crescimento de aproximadamente 8% ao ano, e com as expectativas renovadas, pois a locomotiva continuava em movimento e nos trilhos, o brasileiro continuava enganado com a expectativa de dias melhores. No entanto a liderança chinesa sabia que para manter a pujança as mudanças deveriam ocorrer com segurança, na medida certa e no tempo ideal. E os riscos segundo o projeto da nação estavam no liberalismo econômico predatório que impedem o avanço socioeconômico comum e por aqui propagado como um passo para o paraíso. As teorias econômicas, como ‘prosperidade comum’ e ‘prevenção da expansão desordenada do capital’ apontavam para um modelo de desenvolvimento econômico “impar” e talvez a configuração de um novo sistema de organização social da produção. Seria a fase superior do capitalismo como abordado em algumas literaturas?

Pequim está conduzindo uma cruzada contra grandes empresas monopolistas, levando alguns observadores a afirmar que Xi Jinping deseja trazer a China de volta às suas raízes maoístas. “Prevenir a expansão desordenada do capital” é o slogan usado pelo Grande Líder. Acredito que está observando os desequilíbrios provocados por empresários egoístas durante a trajetória do sistema capitalista, que na essência beira a perfeição. O financiamento as grandes guerras, o apoio oculto às ditaduras cruéis, a exploração da mais valia e a agressão à natureza não estão nos manuais do modelo capitalista, são imperfeiçoes provocadas pela busca desenfreada por lucros.

O mundo ocidental tremeu com a derrocada de algumas listagens nas bolsas de valores e a bolha imobiliária que debilitaram construtoras como a Evergrande, aconteceram ao mesmo tempo em que outras empresas prosperavam como nunca. Economistas do ocidente acostumados com as bolhas por aqui, não perceberam que é um Projeto do Estado Chinês, em busca de “desenvolvimento saudável” do capital e vem adotando medidas regulatórias apenas contra o que chamou de “expansão desordenada”. Esse modelo tem também no capital uma força importante para promover as forças produtivas sociais, porem as grandes empresas tem que seguir orientados em conformidade com a lei e assim chegar ao objetivo principal que é alcançar um “novo modelo econômico com abertura de nível superior”. É nítido que os freios aplicados a algumas grandes empresas refletem principalmente numa tentativa de transformar os mercados de capitais em uma linha direta de financiamento privado para objetivos estratégicos e eliminar as possibilidades de especulação financeira comum em outras praças.

Os passos para a continuidade do avanço social e econômico do país estão também alicerçados na nova geração, que são estimulados a “ousar começar um negócio”. O Estado direciona amplos incentivos às startups que atuam em áreas estratégicas designadas pelo governo, como microchips, computação quântica e em nuvem, genética, energia verde e manufatura de alto padrão. É necessário salientar que as empresas de internet e de plataformas que eram estimuladas e contribuíram muito com o avanço do país, já não são mais vistas como autenticamente inovadoras. Enquanto por aqui os jovens são usados como exponencial para os lucros dos empresários estabelecidos. Basta observar o modelo proposto pelo governo federal para estimular a geração de empregos para a faixa etária de 18 a 29 amos e a ausência de estímulos para os teimosos empreendedores.

O ideal aplicado na China também é utilizado em outras regiões prósperas como na Califórnia nos Estados Unidos e no Vale de Ruhr na Alemanha, com algumas particularidades, apesar da presença estatal como pilar central. Somente na China o estado compra participações diretas nestes startups, onde governo central e administrações regionais fomentam a inovação por meio de iniciativas como criação de parques industriais e de bancos de talento e designações de afiliação estatal, que geram boas relações públicas. Foram essas políticas de apoio à inovação, aliadas a pesquisa e desenvolvimento e abertura econômica, que tornaram a China o lar de mais de 150 unicórnios, líderes mundiais no campo da inteligência artificial (IA), robótica e visão computacional. Gostaria de presenciar esse debate nesse momento decisivo para a sociedade brasileira, mas preferem lavar a roupa suja e discutir a manutenção do exercito de miseráveis para garantir o projeto de poder e tudo isso com o apoio dos extremistas que movidos pelo fanatismo acreditam em dias de glória.

”A sobrevivência de um organismo depende da sobrevivência de outro.”  Charles Darwin – Naturalista, geólogo e biólogo britânico (1809).

Os artigos publicados pelos colunistas são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam necessariamente as ideias ou opiniões do Tribuna de Jundiaí.

Everton Araújo é brasileiro, economista e professor.

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Opinião por Miguel Haddad: Inundações no RS e o papel das cidades na luta contra o desequilíbrio do Clima

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Foto: Canva

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Artigo por Jones Henrique Martins, Gestor de Governo e Finanças de Jundiaí

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Jones Henrique Martins, Gestor de Governo e Finanças de Jundiaí
Foto: Arquivo pessoal

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