O sucesso de uma Nação
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Opinião

O sucesso de uma Nação

Artigo por Miguel Haddad.

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Miguel Haddad
Foto: Arquivo Pessoal/Miguel Haddad

Daqui a poucas semanas o povo brasileiro decidirá, de forma livre e democrática, a chefia do Poder Executivo nacional. Como foi constatado por observadores estrangeiros que acompanharam de perto o primeiro turno do pleito, temos um sistema eleitoral seguro, rápido e eficiente. Prova disso é que não houve, das partes envolvidas, nenhum questionamento do resultado.

Esse é, sem dúvida, um passo importante, na medida em que a lisura do processo chancela a autoridade do chefe do Poder Executivo eleito, que poderá realizar, com toda legitimidade, o seu projeto de governo. 

A consolidação do regime democrático em nosso País é condição essencial para avançarmos como nação. Na verdade, podemos dizer que a Democracia é o instrumento que permite construir de forma sólida o nosso desenvolvimento.

Para termos sucesso é preciso, todavia, sanar a atual divisão desagregadora do povo brasileiro. Uma nação dividida, ainda mais de forma extremada, é, na realidade, disfuncional.  

Os chamados homens e mulheres de boa vontade, as lideranças responsáveis, todos nós, independente de quem ganhar a disputa, devemos lutar pelo apaziguamento. Essa é, hoje, a exigência maior para nos tornarmos uma nação de sucesso.

Permitir a continuidade dessa divisão é um erro ainda maior quando sabemos, como mostram estudos recentes, que nosso País conta com uma série de vantagens, que estão à mão, carecendo apenas que saibamos aproveitar essas possibilidades.

Na economia, nosso País pode beneficiar-se do novo Mercado de Carbono e tornar-se uma potência verde global. Conforme mostra levantamento feito pela consultoria McKinsey (Estadão, 3 de outubro de 2022, página B2) o Brasil pode dominar 15% do mercado de carbono mundial. Até 2030 os empreendimentos nesse novo setor podem gerar cerca US$ 2 bilhões (aproximadamente R$ 10 bilhões). 

Atualmente, várias empresas já estão se preparando para atender a essa nova demanda. E o que é ainda melhor: a Floresta Amazônica preservada, em razão da sua gigantesca capacidade de sequestrar carbono, poderá tornar-se uma das maiores fontes de riqueza do Brasil.

Na Educação e na Saúde, vertentes essenciais para o sucesso de uma nação, estamos dando passos rápidos em um fator chave: o saneamento básico. Basta ver que as regiões que não contam com saneamento são também aquelas com baixa performance na educação primária, uma vez que, sujeitas a contato com esgotos poluídos, as crianças são acometidas por infecções com maior frequência, o que retarda o aprendizado.

A razão para essa mudança deve-se ao Novo Marco do Saneamento – que aprovamos quando eu exercia o mandato de deputado federal -, regulando a participação da iniciativa privada no setor através de PPPs (Parcerias Público-Privada), como fizemos há mais de 20 anos em Jundiaí. Na época tivemos de enfrentar, por falta dessa nova legislação, uma verdadeira batalha jurídica para sua viabilização, mas vencemos e foi um passo decisivo para a transformação da nossa cidade nessas últimas décadas.

Os resultados do Novo Marco do Saneamento falam por si: sancionado em 2020, gerou, segundo o Ministério do Desenvolvimento Regional, R$ 72,2 bilhões em investimentos no setor.

Por último, mas não em ordem de importância, nosso País tem de se preparar para enfrentar o desafio da nova economia mundial, consequência da chamada Quarta Revolução Industrial, que exige investimentos em Ciência e Tecnologia.

Nada disso será alcançado se nós persistirmos nesse jogo de paixões e continuarmos a alimentar essa divisão nefasta, que nos paralisa e terminará por nos fazer perder novamente, como aconteceu no início da Revolução Industrial, o bonde da História, quando, ao invés de avançar, retrocedemos.

Ao aprofundar a nossa divisão estamos aprofundando também o atoleiro que nos paralisa.

Os artigos publicados pelos colunistas são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam necessariamente as ideias ou opiniões do Tribuna de Jundiaí.

Opinião

Planejar a cidade

Artigo por Jones Henrique Martins, Gestor de Governo e Finanças de Jundiaí

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Jones Henrique Martins, Gestor de Governo e Finanças de Jundiaí
Foto: Arquivo pessoal

Ao construirmos uma casa, necessitamos de planejamento e fundações sólidas. Assim também funciona com uma cidade: não há espaço para projetos desorientados, baseados em proposições meramente empíricas e desprovidas de sustentação orçamentária, sem unidade estratégica. O governador Mário Covas dizia que governar exige dizer sim, mas também dizer não. Acrescento que o que se diz, na prática, deve reverberar os…

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Opinião

Os efeitos da escravidão promovida pelos colonizadores continuam impedindo o avanço da economia brasileira

Artigo por Everton Araújo, brasileiro, economista e professor universitário

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Foto: Canva

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Opinião

Lula festeja o crescimento da economia e o povo ainda não

Artigo por Everton Araújo, brasileiro, economista e professor universitário

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Presidente Lula
Foto: José Cruz/Agência Brasil

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Opinião

Elon Musk ataca a democracia no Brasil, tentando barrar a BYD e amenizar sua agonia

Artigo por Everton Araújo, brasileiro, economista e professor universitário.

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Elon Musk
Foto: Reprodução/Youtube

O ambicioso, controverso, arrogante e polêmico bilionário sul africano Elon Musk, em uma entrevista à Bloomberg em 2011, caiu na gargalhada quando o repórter sugeriu a BYD como possível rival da gigante Tesla no setor de veículos elétricos. Musk respondeu com empáfia, perguntando se alguém já tinha visto um carro da marca chinesa, subestimando qualquer possibilidade de algum terráqueo superar…

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Opinião

Decisão do STF sobre retroatividade de impostos agrava a insegurança jurídica

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Rafael Cervone é presidente do CIESP. Foto: CIESP/Divulgação

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