Domingo de Páscoa, domingo de esperança
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Opinião

Domingo de Páscoa, domingo de esperança

Por Miguel Haddad

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Miguel Haddad
"Formou-se uma corrente negacionista, que tenta desacreditar a Ciência, numa estratégia semelhante a do avestruz" (Foto: Divulgação)

A Páscoa vem para nos dar alento, para nos lembrar que mesmo ante tanto sofrimento, existe a possibilidade da redenção e da esperança.

A esperança nasce de duas fontes: da fé, que nos ampara e consola, e também da prontidão, ou seja, de estarmos preparados e dispostos a enfrentar os desafios.

Há quase meio século a Ciência vem nos alertando sobre as implicações do aumento da população e do uso desenfreado dos elementos da natureza, numa escalada que nos levará, em poucas décadas, ao chamado ponto de não retorno, quando a capacidade de regeneração desses recursos será inferior à demanda. Ou seja, estaremos matando a galinha dos ovos de ouro.

Nesse processo, cada vez mais invadimos áreas até então virgens – a nossa Amazônia é um exemplo claro disso – onde vivem bactérias, fungos e vírus desconhecidos, para os quais não temos imunidade.
Isso levou os cientistas a concluírem que entraremos em uma nova era, na qual a recorrência de pandemias, como a covid-19, possa se dar com mais frequência.

Até então esses alertas foram minimizados. Formou-se uma corrente negacionista, que tenta desacreditar a Ciência, numa estratégia semelhante a do avestruz que, diz a cultura popular, ao perceber o perigo enterra a cabeça no chão para não olhar o que está acontecendo.

Forçada a encarar as trágicas consequências dessa atitude, a Humanidade parece finalmente dar ouvidos à Ciência. E é aí que reside a esperança que vem da prontidão.

Antes indiferentes, as nações finalmente se unem e começam a agir. O chamado Acordo de Paris, que congrega praticamente a totalidade dos países do globo, criado para tomar providências capazes de impedir o prosseguimento do desequilíbrio do clima, ganha um novo ímpeto e reúne, hoje, independente de posições políticas, a União Europeia, o Japão, a China, os Estados Unidos, entre dezenas de outros países, unidos em firme compromisso de tomar as providências necessárias para evitar esse colapso.

Os Estados Unidos já têm destinado trilhões de dólares para essa finalidade. A China incluiu em sua Constituição, como objetivo de todo o esforço nacional, zerar, até 2050, a emissão de carbono.

Os sinais de mudança podem ser vistos em todas as áreas. O feito da Ciência ao conseguir, em menos de um ano, desenvolver vacinas eficazes contra a covid-19, não teria se dado sem a vasta cooperação internacional.

A esperança da fé nunca nos abandonou. Sempre a tivemos, ao nosso lado. É também razão para renovar as nossas esperanças saber que, no mundo inteiro, estamos nos juntando para assegurar às gerações vindouras um planeta melhor.

Miguel Haddad

Os artigos publicados pelos colunistas são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam necessariamente as ideias ou opiniões do Tribuna de Jundiaí.

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Lais Lumes
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