Empresas adotam estratégias de sustentabilidade já aplicadas na gestão pública
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Opinião

Empresas adotam estratégias de sustentabilidade já aplicadas na gestão pública

Artigo por Everton Araújo, brasileiro, economista e professor universitário.

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Atualizado há

Foto: Canva Pro

Desde o ano de 2015, muitas discussões internacionais e nacionais têm girado em torno dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs), que tem o compromisso de conseguir atender às necessidades da humanidade no presente sem comprometer a existência das gerações futuras. A Organização das Nações Unidas (ONU) propôs que os seus 193 países membros assinassem a Agenda 2030, um plano global composto por 17 objetivos e 169 metas para que essas nações alcancem o desenvolvimento sustentável em todos os âmbitos até 2030. Cada finalidade e suas respectivas metas abordam aspectos diferentes que convergem pelo fato de serem essenciais para a viabilidade de uma sociedade sustentável e permanente

O mundo coorporativo enxergou oportunidades para aprimorar seus processors e ativar as conexões nas relações com os interessados. Obviamente a estratégia vai à direção do resultado financeiro, mas esse proposito somente será alcançado com responsabilidade e para demonstrar essas transformações estão adotando cultura organizacional diferenciada apontada para o conceito de sustentabilidade pautada em três princípios fundamentais: ambiental, social e de governança, do termo em inglês –envirommentsocialgovernance  que forma a sigla ESG.

Os critérios ESG surgem como métricas para avaliar a sustentabilidade das instituições em relação às práticas ambientais, sociais e de governança e assim, classificar seu desempenho financeiro. Sem a adoção de critérios mínimos, empresas perderão investimentos e competitividade em um futuro próximo. Grandes companhias globalizadas estão com “apelos” fortes nas mídias para interagir com os stakeholders, como exemplo ogrupo brasileiro JBS que assumiu o compromisso de zerar a emissão de carbono na cadeia produtiva até o ano 2040.

A cervejaria Heineken tem um projeto muito ousado e já está demonstrando na prática, pois boa parte das suas unidades fabris estáoperando com energia solar, passos que estão sendo seguido por outras empresas do setor, obviamente para não perder o passo na onda verde. Essas companhias que são orientadoras de grandes cadeias produtivas devem impor regras as quais vão alinhar toda a rede em torno dosseus interesses. 

Essa competência institucional é uma realidade na administração pública, porém a grande dificuldade do primeiro setor é na “comunicação” o que as empresas por natureza fazem com mais competência, provavelmente por razões distintas. A gestão pública principalmente em municípios mais organizados está submetida aos critérios ESG e são bem claros, falham apenas na publicidade.

Entre os vários bons exemplos que fazem a relação do social com o ambiental podemos citar o Novo Marco do Saneamento e a Política Nacional de Resíduos Sólidos, Leis 14026/2020 e 12305/2010 que dão diretrizes para a gestão do saneamento, para o fortalecimento das cooperativas de catadores e para a responsabilidade compartilhada entre a administração pública e todos os personagens da cadeia produtiva pelos impactos ambientais.

Quando o tema é governança o ordenamento jurídico é a Lei de Compliance – LF 12.846/2013 que trata sobre a prática de atos lesivos, bem como a Lei Geral de Licitações – LF 8.666/1993, que, dentre outras, prioriza, com critérios, a contratação de microempresas e de empresas de pequeno porte pelos entes públicos. Esses regramentos são mais difíceis de adotar nas empresas, pois depende de um código de conduta com a mesma precisão para todas as divisões. 

Os municípios que tem em seu território empresas satélites devem sugerir uma estratégia compartilhada até na comunicação, para impor comprometimentos aos pares. A sociedade global está intolerante aos deslizes dos gestores públicos e privados e as gerações futuras vão perceber que a moral está acima das Leis.

Tudo flui e nada é permanente, exceto a mudança”, Heráclito de Éfeso 540 A.C.

Os artigos publicados pelos colunistas são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam necessariamente as ideias ou opiniões do Tribuna de Jundiaí. Everton Araújo é brasileiro, economista e professor.

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O futuro dos idosos: desafios e soluções

Artigo escrito por Miguel Haddad

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Idosos dançando em par
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O envelhecimento populacional é uma realidade inegável, e suas repercussões já são percebidas de maneira contundente. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), até 2050, cerca de 2 bilhões de pessoas terão mais de 60 anos, representando um quinto da população global. No contexto brasileiro, dados do Ministério da Saúde alertam para a crescente proporção de idosos, prevendo…

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Opinião

A direita antipatriota continua vendendo o Brasil para a China comunista

Artigo por Everton Araújo, brasileiro, economista e professor universitário

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Dois homens iniciando um aperto de mãos com uma bandeira da China e uma bandeira do Brasil em cima de uma mesa
Foto: Canva Pro

Uma suposta ameaça comunista no Brasil é frequentemente levantada pela direita para, com frequência, justificar ações autoritárias e ameaças à democracia. Essas ideias vagas ainda têm força, mesmo sem histórico de um “projeto comunista” que tenha chegado a ameaçar o Estado brasileiro. Diante da dificuldade de construir planos consistentes para avançar o Brasil, usam a pecha do anticomunismo como um ponto de unificação das direitas na sua diversidade.  O discurso…

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Opinião

Privatização de setores estratégicos, ameaça à democracia, o desenvolvimento e a liberdade

Artigo por Everton Araújo, brasileiro, economista e professor.

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Foto: Canva Pro

O professor e historiador Donald Cohen, lançou a obra "Privatization of Everything" com uma forte reflexão sobre o papel do setor privado na sociedade global.  Para ele a privatização de empresas estratégicas nada mais é que entregar à iniciativa privada a autoridade, o controle e o acesso a bens públicos, muitas vezes extremamente necessários à população. O especialista também mostrou…

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Opinião

Dia da Indústria: CIESP Jundiaí alerta para desafios e destaca importância da educação

O Dia da Indústria reflete a importância do setor industrial para o desenvolvimento econômico e social do Brasil.

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Marcelo Cereser, diretor do CIESP Jundiaí, durante evento oficial, vestindo um terno escuro e camisa clara, expressando seriedade.
Foto: Divulgação/CIESP Jundiaí

No próximo sábado, 25 de maio, o CIESP Jundiaí comemora o Dia da Indústria, uma data que convida todos os empresários a refletir sobre a importância do setor industrial para o desenvolvimento econômico e social do Brasil. “A indústria é um dos pilares fundamentais da economia nacional, gerando empregos, inovação e crescimento. No entanto, enfrentamos, diariamente, desafios significativos que precisam…

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Opinião

O petróleo não é o excremento do diabo e sim uma Dádiva de Deus

Artigo por Everton Araújo, brasileiro, economista e professor.

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Foto: Canva

Países do Oriente Médio, Nigéria, Venezuela, Irã, Angola, Congo, Argélia e Rússia são grandes produtores e exportadores de petróleo. Pertencem ou apoiam a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), um organismo com viés monopolista e autoritário. Mas além da terra rica, essas nações têm outras características similares como pobreza, concentração de rendas, aversão a institucionalidade democrática e são dominados…

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