Tales Calegari, Diretor de Convênios e Parcerias do Município de Jundiaí, explica sobre Gestão por Excelência.
Foto: Arquivo Pessoal

Gestão por Excelência: Esse é um tema cada vez mais presente no mundo corporativo que tem criado grandes oportunidades no mercado de trabalho e se aproximado, também, da Administração Pública.

De maneira muito simplista, a Gestão por Excelência tem por objetivo aprimorar a eficiência e a eficácia organizacional através de práticas e técnicas que visam melhorar a qualidade de produtos ou serviços, ampliar a satisfação dos clientes e colaboradores e, em paralelo, aumentar a eficiência operacional da organização.

Esse grande desafio se fundamenta em oito pilares que precisam ser entendidos e trabalhados em conjunto pelos responsáveis pela gestão da organização em busca da excelência. São eles:

  • [1] Pensamento sistêmico (enxergar a organização como um todo);
  • [2] Aprendizado organizacional e inovação (criar uma cultura de inovação e constante aprendizado);
  • [3] Liderança transformadora (Líder com papel claro e estratégias bem definidas);
  • [4] Compromisso com as partes interessadas (ouvir e compreender os diferentes pontos de vistas dos agentes inseridos em toda a cadeia de produção);
  • [5] Adaptabilidade (Se adaptar aos diferentes ambientes e avanços);
  • [6] Desenvolvimento sustentável (Considerar, para tomada de decisão, aspectos sociais, ambientas e de governança);
  • [7] Orientação por processo (criar fluxos e padrões para facilitar o gerenciamento dos processos) e
  • [8] Geração de Valor (agregar valor de nível econômico, social, ambiental e político).

Parece difícil, né? E, realmente, é desafiador. Mas grandes e médias empresas estão empenhadas em desenvolver, em suas organizações, a Gestão por Excelência em busca de melhorar seus produtos, as atribuições de seus colaboradores, sua aceitação como marca e seu espaço no mercado.

A grande novidade, entretanto, é o interesse do Setor Público (leia-se governos em todas as esferas e empresas públicas) na aplicação da Gestão por Excelência em Municípios, Estados e, até mesmo, no Governo Federal, além das Organizações da Sociedade Civil, que compõem o Terceiro Setor. Para isso, existem ferramentas que buscam aplicar as técnicas e o conceito de Gestão por Excelência às práticas da administração pública e auxiliar na medição do nível de maturidade de gestão existente. O resultado, por sua vez, é o melhor oferecimento de políticas públicas aos cidadãos e a melhor aplicação do dinheiro público em obras e serviços de qualidade.

O artefato técnico para a aplicação dessas ferramentas, como o MEG para empresas ou o gestãopublica.gov.br para governos, muitas vezes incluem cartilhas, selos, sistemas, webinars, eventos, publicações e capacitações, além de Fundações e empresas de consultorias para auxiliar em sua implantação.

Certamente, o caminho para a gestão responsável, inovadora e comprometida está sendo desenhado e aceito por muitos daqueles que podem fazer a diferença em um futuro não tão distante. A parte boa? Isso é possível, também, na organização em que você está inserido, seja ela pública, privada ou do Terceiro Setor. O primeiro passo neste sentido é “começar”.

Tales Calegari é formado em Administração Pública com ênfase em Gestão de Políticas Públicas pela Unicamp, pós graduado em Gerenciamento de Projetos e especialista em Governança e Inovação no Serviço Público. Atualmente, é Diretor de Convênios e Parcerias do Município de Jundiaí.