Nova lei do saneamento segue modelo de Jundiaí
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Opinião

Nova lei do saneamento segue modelo de Jundiaí

Por Miguel Haddad

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Miguel Haddad falando em público
Miguel Haddad (Foto: Divulgação)

Em meio às dificuldades que estamos enfrentando com essa pandemia, uma boa notícia: na última quarta-feira (24), o Senado aprovou uma lei que vai permitir ao Brasil avançar rapidamente na questão do tratamento de água e esgoto.

A falta de saneamento básico aliada à má nutrição estão entre as principais causas da perpetuação da miséria em nosso País. A implantação de um serviço de coleta e tratamento capaz de atender a população brasileira próxima a sua totalidade é tão necessária quanto urgente.

Seguindo o modelo anterior, a previsão é que isso somente aconteceria por volta de 2053, ou seja, daqui a mais de três décadas, sacrificando, com isso, gerações de brasileiros, vítimas de doenças endêmicas nas áreas sem saneamento básico.

Com a nova lei, atingiremos essa condição em 2033 – um terço do tempo anteriormente estimado – assegurando a 99% da população fornecimento de água potável e a 90% coleta e tratamento de esgoto, beneficiando com isso mais de 100 milhões de pessoas.

Para entendermos o real significado desse novo marco do saneamento, Jundiaí é um bom exemplo.

Antes da implantação da estação de tratamento de esgoto (ETEJ), no Jardim Novo Horizonte, o esgoto da nossa cidade não tinha um local apropriado para ser tratado. Era despejado, em sua maioria, direto no rio Jundiaí. Hoje, o que volta para o rio é água limpa e tratada.

Isso foi possível a partir de uma PPP (Parceria Público-Privada) – nos moldes da legislação aprovada agora pelo Senado – assinada então pelo prefeito André Benassi, em 1996, no último ano da sua administração. Logo no início do meu primeiro mandato como prefeito de Jundiaí, em 1997, demos início à construção da estação de tratamento, que começou a operar no ano seguinte. Hoje, a rede de coleta de esgoto da DAE cobre mais de 98% do município e, do total coletado, 99% vão para a estação de tratamento.

Em 2010, durante o meu terceiro mandato como prefeito, Jundiaí atingia o topo do ranking nacional de saneamento básico feito anualmente pelo Instituto Trata Brasil, e nos anos posteriores manteve-se sempre entre as primeiras cidades colocadas.

Muita gente não percebe, mas foi a partir da implantação desse serviço em nossa cidade que Jundiaí deu um salto em seu desenvolvimento econômico. Esperamos que o mesmo ocorra com o Brasil.

Os artigos publicados pelos colunistas são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam necessariamente as ideias ou opiniões do Tribuna de Jundiaí.

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