Segundo turno: confira as pautas e discussões do 1° debate entre Lula e Bolsonaro
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Eleições 2022

Segundo turno: confira as pautas e discussões do 1° debate entre Lula e Bolsonaro

Os candidatos participaram do primeiro debate do segundo turno neste domingo (16); votação será em 30 de outubro

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(Foto: Agência Brasil)

O primeiro debate entre os candidatos do segundo turno das Eleições 2022, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), aconteceu neste domingo (16) em um encontro organizado por TV Bandeirantes, TV Cultura, UOL e Folha de S. Paulo.

Dividido em três blocos, os candidatos tiveram  momentos de confronto direto, onde precisaram administrar “bancos de tempo” com 15 minutos cada, e ainda responderam à perguntas formuladas por jornalistas.

Confira os temas que foram abordados ao longo de quase duas horas:

  • Enfrentamento do país à pandemia de Covid;
  • Déficit educacional no país, agravado também pela pandemia;
  • Acusações de corrupção nos governos anteriores dos candidatos;
  • Auxílio Brasil e Bolsa Família;
  • Propostas no Congresso que tentam alterar a estrutura do Supremo Tribunal Federal;
  • Combate às fake news.

Esse foi o primeiro debate antes da votação de segundo turno para presidente, em 30 de outubro.

No primeiro bloco do encontro, os dois candidatos responderam o mesmo questionamento sobre orçamento. Depois disso, debateram em confronto direto e abordaram assuntos, como a gestão federal durante a pandemia de Covid-19, pagamento de auxílios, como Bolsa Família e Auxílio Brasil, e as obras realizadas em governos anteriores.

Já no segundo bloco, Lula e Bolsonaro responderam às perguntas de jornalistas que trataram de temas como, preços dos combustíveis, propostas para mudanças na composição do Supremo Tribunal Federal (STF), divulgação de fake news e relação com o Congresso, além da acusação de suposta pedofilia por parte do Bolsonaro, repudiada pelo candidato.

Já no terceiro bloco, os candidatos responderam a uma mesma questão sobre o déficit educacional na pandemia. Após isso, voltaram ao confronto direto e, durante a maior parte do tempo, trocaram acusações sobre corrupção. E, por fim, apresentaram suas considerações finais.

Corrupção

Os temas sobre corrupção e os escândalos das últimas décadas foram predominantes, aparecendo nos três blocos do debate.

O jornalista Josias de Souza, do UOL, questionou Lula e Bolsonaro sobre a negociação com o Congresso – e citou os escândalos do “petrolão” (governos Lula e Dilma) e do orçamento secreto (governo Bolsonaro), ligados à compra de apoio de parlamentares do Centrão.

Além disso, Lula também disse que no governo Bolsonaro houve corrupção durante a compra de vacinas, algo que foi investigado por uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).

Benefícios Sociais

Logo no início do confronto, Jair Bolsonaro usou parte do tempo para comparar o Bolsa Família, criado na gestão PT, com o Auxílio Emergencial pago na pandemia e o Auxílio Brasil criado para suceder o Bolsa Família no ano passado. “Só de Auxílio Emergencial, em 2020, nós gastamos o equivalente a 15 anos de Bolsa Família. O Bolsa Família pagava muito pouco, eu tinha vergonha de ver as pessoas mais humildes especial do Nordeste, do interior do Nordeste recebendo, algumas famílias começando a receber R$ 42 reais. Se podia dar algo melhor, como tá dizendo agora, por que que não deu lá atrás?”, disse Bolsonaro.

Lula, em resposta, disse que o Bolsa Família não era o único programa de assistência social adotado em seu governo entre 2003 e 2010. “O nosso programa de inclusão social não era só o Bolsa Família. O nosso programa de inclusão social foi a maior política de distribuição de renda que esse país já conheceu para o pobre. Era ajuda ao pequeno produtor rural, era 1,4 milhão de cisternas que nós fizemos para o Nordeste. Era o Pnae [programa de alimentação escolar] para levar comida para as crianças mais pobres, e a gente comprava do pequeno produtor. Além do aumento do salário mínimo de 74%”, enumerou.

Pandemia

Durante a primeira rodada de confronto direto Lula questionou Jair Bolsonaro sobre suas decisões e atitudes durante a pandemia. De acordo com dados do Governo Federal, o Brasil contabiliza 687.144 mortes pela Covid-19.

O ex-presidente afirmou que o atual governo foi negligente e “fez com que 680 [mil] pessoas morressem quando mais da metade poderia ter sido salva”. E completou: “A verdade é que o senhor não cuidou, debochou, riu, desacreditou a vacina. […] O senhor gozou das pessoas, imitou as pessoas morrendo afogadas por falta de oxigênio em Manaus. Não tem na história de nenhum governo no mundo, alguém que brincou com a pandemia como você brincou”.

Em resposta, Bolsonaro citou a ocasião em que Lula disse “ainda bem” ao se referir ao papel da Covid-19 em demonstrar a necessidade do Estado. E defendeu a política do governo contra o vírus.

“A primeira vacina no mundo foi aplicada em dezembro de 2020. Em janeiro do ano seguinte, um mês depois. O Brasil começou a vacinar. Nós compramos mais de 500 milhões de doses de vacina. E todos aqueles que quiseram tomar vacina, tomaram. E o Brasil foi um dos países que mais vacinou no mundo e em tempo mais rápido. Então, o senhor se informe antes de fazer acusações levianas e mentirosas”, disse Bolsonaro.

Orçamento e cortes

No primeiro bloco, os dois candidatos foram questionados sobre como farão para viabilizar os projetos prometidos na campanha, e quais cortes farão no orçamento. Por sorteio, o primeiro a responder foi Bolsonaro que disse que o Auxílio Brasil será “permanente” e bancado a partir da reforma tributária que ainda tramita no Senado.

“Bem como nosso governo estuda, ao se privatizar alguma coisa, uma parte obviamente vai para pagar juros da dívida e outra parte para irrigar projetos outros que podem acontecer”, disse.

Já Lula fez referência ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que implementou em seu segundo mandato. O candidato também citou a aprovação de uma reforma tributária pelo Congresso para “taxar menos os mais pobres e os trabalhadores”.

“Por isso é que nós propomos uma isenção até R$ 5 mil, não pagamento do Imposto de Renda. E cobrar dos mais ricos, que muitas vezes não pagam sobre o lucro e sobre o dividendo. Aí, vamos ter dinheiro para fazer as políticas que nós fizermos”, completou.

Eleições 2022

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