'Anjo do Tetê': em Jundiaí, consultora de amamentação auxilia mamães
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‘Anjo do Tetê’: em Jundiaí, consultora de amamentação auxilia mamães

Isadora Trinquinato leva informação e conscientização sobre a importância do aleitamento do jeito certo, até a hora certa

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Enfermeira Isadora Trinquinato
Isadora tem mais de 38 seguidores em perfil informativo sobre amamentação no Instagram (Foto: Reprodução/Instagram)

Ela é considerada como “um anjo” pelas mulheres que acabaram de dar à luz. De uma maneira extremamente técnica, mas com uma humanidade que cativa, a enfermeira Isadora Trinquinato tem ajudado muitas mamães em Jundiaí com dificuldades em amamentar os bebês. As experiências têm sido passadas por quem já teve a possibilidade de contar com ajuda desta profissional e são relatos emocionantes. Na Semana do Aleitamento Materno, o Tribuna de Jundiaí conta essa história para você.

Reprodução/Instagram

Isadora começou a trabalhar na UTI Neonatal do Hospital Universitário de Jundiaí (HU) logo após ter se formado. Por cerca de três anos, foi o apoio necessário de mães e bebês na unidade hospitalar. “Dentro da UTI me interessei por amamentação. Eram casos mais difíceis, bebês prematuros, portadores de síndrome”, conta. Depois das experiências e conhecimentos adquiridos por lá, Isadora decidiu dar um novo passo na carreira e abriu o próprio negócio. A enfermeira se especializou e passou a atuar como consultora de amamentação.

‘Anjo do Tetê’

Isadora atende as mamães de forma online e a domicílio desde 2018. A atuação da profissional compreende desde a parte informativa e preparação antes do parto, até auxílio depois que o bebê já está no colo dos pais. Ela aconselha sobre a pega correta, peso ideal para cada fase do recém-nascido e garante mais segurança e empoderamento às mulheres que amamentam.

“A média de amamentação no Brasil é ‘super’ baixa, de 54 dias, e deveria ser, no mínimo, de seis meses. E não é por que as mães não têm leite ou por causa de algum outro problema fisiológico que as impeça de amamentar”, explica Isadora. Uma das maiores causas do desmame, além da desinformação, é o uso de bicos, como chupeta, mamadeira, bicos de silicone.”

Reprodução/tiktok

Assim que decidiu se profissionalizar em amamentação, a enfermeira criou uma página no Instagram, em especial, para as mulheres terem acesso à informação de qualidade e ajuda nos momentos mais complicados. “Comecei a pegar artigos do Ministério da Saúde, Organização Mundial da Saúde e artigos científicos. Achei que não era nenhum segredo que eu precisasse guardar para mim”, conta. Hoje, o perfil de Isadora conta com quase 40 mil seguidores.

“Eu acho que a melhor forma de ajudar essas mães é escutando e informando para que, a partir daí, tomem as próprias decisões de acordo com o que elas querem. Se a mãe está informada, ela pode decidir livremente”, destaca Isadora.

Pelo talento e também pela ótima mão amiga, as mamães que Isadora atende e ajuda a apelidaram de “Anjo do Tetê”.

Acolhimento

Maria Carolina Gracias Dio Silva é especialista em sistemas de gestão e tem dois filhos: a Giovana, com três meses, e o Felipe, prestes a completar três anos. A família é uma das várias que receberam ajuda da profissional, nos últimos tempos. “Sem ela, com certeza, não chegaria em um ano e oito meses de aleitamento materno com o Felipe. E a Giovana também não estaria mamando”.

Maria Carolina amamentou Felipe por quase dois anos (Foto: Divulgação/Raquel Vansan)

Segundo a mamãe, na primeira gestação ela passou muito tempo estudando sobre a amamentação. Na teoria, compreendia o que precisava ser feito, mas na prática não tão foi simples.

“Depois de 12 dias que o Felipe nasceu, eu conheci a Isadora e ela me ajudou, como num passe de mágica”, comenta. De acordo com Maria Carolina, foi necessário apenas um dia para que Felipe aprendesse a mamar.

O atendimento humanizado e atencioso da enfermeira com certeza parece ser um diferencial. “Ela veio com técnicas simples e, acima de tudo, um acolhimento para a família”, explica.

‘Não imaginava que seria tão difícil’

Paola de Moura Silva é fisioterapeuta e também foi atendida por Isadora. O filho, Joaquim, nasceu em abril de 2020 e junto vieram muitas expectativas para o momento da amamentação.

Não imaginava que seria tão difícil! Meu peito começou a se ferir muito, logo no primeiro dia”, relata Paola. Depois de alguns dias com o pequeno na UTI, a família foi para casa, e Joaquim começou com a rotina de mamar a cada três horas. O processo, contudo, era bem complicado, o que dificultava um momento que tinha tudo para ser mágico.

“Tinha medo de como ficariam os pontos da cesárea em casa, na pandemia e sem ajuda. Mas a amamentação foi muito, muito mais difícil.”

Paola recebeu a indicação e entrou em contato com Isadora, que visitou a família e explicou melhor como a amamentação correta deveria funcionar. “Ela me orientou que o peito não era só alimento, mas também segurança. Que eu poderia fazer livre demanda, sem determinar tempo de mamada: era na hora que ele quisesse. Então, toda vez que ele solicitasse, através do choro, eu poderia oferecer o peito e eu não sabia disso. Ele chorava muito”, contou a fisioterapeuta.

“Graças a Deus, a Isadora entrou na nossa vida porque ela salvou a minha amamentação. Acho que se não tivesse recebido todas as orientações dela nesse período, talvez pudesse até ter desistido ou ele teria largado o peito antes da hora.”

Jornada continua

Depois que Joaquim completou um ano de idade, Paola começou a oferecer fórmula, mas a criança não aceitou outro leite que não fosse o da mãe.

“Ele não aceita nem se eu ordenhar o meu e oferecer no copo. Estamos com quase um ano e quatro meses de muito tetê – muito, muito mesmo – dia e noite”, comenta Paola, aos risos. “É bem cansativo, mas é muito prazeroso. Nós vemos todos os benefícios”.

Joaquim tem quase um ano e quatro meses: ‘tetê’ só da mamãe (Foto: Divulgação/Douglas Lima)

Nos últimos dias estão acontecendo em todo o país ações da Semana do Aleitamento Materno, que auxilia e conscientiza sobre os direitos de quem amamenta. Para quem é de fora, a amamentação parece algo natural, mas quem é mãe sabe que não é bem assim que funciona.

A recomendação do Ministério da Saúde é que bebês recém-nascidos recebam aleitamento materno até os dois anos de idade ou mais, principalmente nos primeiros seis meses de vida. No entanto, a amamentação é um processo complicado e, muitas vezes, dolorido. Por isso este tipo de trabalho que a enfermeira Isadora executa tem sempre de ser valorizado.

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