Cardiologista vira terapeuta para atender pacientes com falsos sintomas de infarto
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Saúde

Cardiologista vira terapeuta para atender pacientes com falsos sintomas de infarto

Na verdade, a dor no peito e falta de ar eram sinais de outro problema: as crises de ansiedade

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Carlos Henrique Costa é coordenador do PAIT, programa para que tabagistas se libertem do cigarro. (Foto: Larissa Knupp/Tribuna de Jundiaí)

Carlos Henrique Costa é um dos profissionais que fazem a profissão de médico tão especial, não só para quem faz parte da categoria, mas para quem, em momentos de dor e aflição, contou com um atendimento seguro e acolhedor.

Formado em medicina na Universidade Federal Fluminense, assim que conquistou a graduação, ele optou pela especialização em cardiologia.

Foi nesse período que o recém-formado Dr. Carlos, como hoje é conhecido, fez uma importante constatação.

“Na época, durante a minha atuação em um hospital cardiológico do Rio de Janeiro, eu me deparei com pacientes que iam ao pronto-socorro pensando que estavam enfartando, mas os exames e atendimento clínico não mostravam isso”.

A maioria dos pacientes que buscava por ajuda no pronto-socorro, apresentava quadro semelhante. “Eles chegavam com uma forte dor no peito, dificuldade para respirar, palidez, dormência. Realmente acreditavam que estavam à beira de um infarto ou derrame, mas na verdade, estavam com uma crise de pânico, uma crise de ansiedade”.

Há trinta anos, o protocolo necessário era encaminhar esse paciente a um especialista, um psiquiatra, que indicava o medicamento necessário para ansiedade.

Mas, a percepção foi de que as pessoas não encontravam a ajuda que precisavam. “Percebi que apenas o medicação não resolvia. O aspecto biológico e neuropsíquico pode ser tratado com remédios, mas o fator psicológico e social da ansiedade, não”.

Recém-formado em medicina, Carlos buscou especialização em cardiologia. (Foto: Arquivo pessoal)

De cardiologista a terapeuta

Motivado em oferecer cuidado ao paciente e acolhimento ainda na urgência e emergência, ele procurou pela formação como terapeuta cognitivo-comportamental. “O paciente precisa de um cuidado e o cuidado vai além do tratamento”.

Com o diploma de especialista em cardiologia e terapeuta cognitivo-comportamental, Dr. Carlos chegou a Jundiaí para atender em um dos hospitais particulares da cidade. Com conhecimento mais aprofundado em psicologia, ele pode oferecer um atendimento mais humanizado.

“O médico, principalmente o recém-formado, é muito focado na doença e, com o amadurecimento, ele percebe a importância de focar na pessoa e não no doente”.

Em Jundiaí, com a dupla formação, o médico passou a oferecer um atendimento melhor e mais humano, não só focado à dor, mas também tratando o emocional.

“O paciente precisa se sentir acolhido, se não ele não vai dizer que ele está com todos aqueles sintomas porque o filho está doente, porque ele está desempregado ou está com problemas no relacionamento. Eu costumo dizer que o paciente pode estar muito bem tratado, com uma boa prescrição, mas se eu não olhar nos olhos e perceber que tem algo além daquela doença, eu não vou ter dado o cuidado necessário para o paciente que me procura”.

Com esse pensamento, hoje, Dr. Carlos não só atende como cardiologista e médico do trabalho, especialização a qual também se dedicou, mas também atua como coordenador do Programa de Assistência Intensiva ao Tabagista, o PAIT, da Prefeitura de Jundiaí. O médico auxilia homens e mulheres a se libertarem do cigarro e a ter uma vida mais saudável.

Ele também é um dos idealizadores do Programa Inspiração, iniciativa que promove terapias em grupo sobre transtornos de ansiedade, depressão e novo estilo de vida, por meio do emagrecimento saudável.

“Uma vez meu pai me perguntou como eu era conhecido em Jundiaí, como cardiologista ou como terapeuta, e eu não soube responder. Eu disse a ele: ‘Eu acho que eu sou reconhecido como o médico que cuida das pessoas’”.

Tratamento

Mesmo com a possibilidade de que os sintomas de infarto indiquem crises de ansiedade, o médico reforça a importância de que qualquer pessoa que tenha sinais de dor no peito, falta de ar ou dormência busque por atendimento. “Apenas o médico poderá dar esse diagnóstico”.

E, se o resultado for, de fato, um transtorno de ansiedade, procure ajuda psicológica. “Nós ainda vemos a resistência de muitos pacientes em procurar pela psicoterapia. É muito mais fácil você tomar um remédio do que buscar respostas em traumas, experiências dolorosas, mas essa resistência, infelizmente, dificulta o processo terapêutico”, conclui.

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