Saiba quais as melhores atividades físicas para combater a depressão
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Saúde

Saiba quais as melhores atividades físicas para combater a depressão

Estudo confirma a eficácia dos exercícios para a prevenção e o tratamento da doença. Caminhada, corrida, ioga, treinamento de força e dança trazem bons resultados

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Foto: Freepik

Por Thais Szegö, da Agência Einstein

Uma equipe de pesquisadores formada por especialistas australianos, espanhóis, dinamarqueses e finlandeses divulgou recentemente um trabalho que mostra que os exercícios são eficazes para a prevenção e o tratamento da depressão, o que já havia sido salientado em outros estudos. No entanto, eles expuseram nesse levantamento que caminhada, corrida, ioga, treinamento de força e dança estão no topo da lista das práticas mais eficazes no combate à doença. 

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores analisaram 218 trabalhos, que envolveram 14.170 pessoas. Segundo o estudo, não restam dúvidas de que colocar o corpo para mexer é muito importante para evitar e combater os sintomas da depressão e que a malhação é um ótimo complemento ou uma alternativa aos tratamentos que envolvem medicamentos e psicoterapia. 

A depressão afeta mais de 300 milhões de pessoas no mundo, de acordo com estimativas da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), e é a maior causa de incapacidade no planeta. Além de apontar os tipos de exercícios mais efetivos de modo geral, o estudo mostrou quais deles são os mais indicados para cada perfil de pessoa.  

As caminhadas e as corridas, por exemplo, se mostraram eficazes tanto para homens como para mulheres. Já os treinos de força demonstraram ter mais efeito nas mulheres e a ioga nos homens. Os voluntários mais velhos responderam melhor com a prática de ioga e os mais jovens com os treinos de força. E em todos os casos a intensidade fez a diferença no resultado, pois, quanto mais vigorosa a atividade, melhor foi a resposta.  

Parte da explicação para tantos benefícios oferecidos pelas atividades físicas para evitar o surgimento da depressão e combater os seus sintomas está ligada a questões químicas. “Os exercícios desencadeiam a liberação de neurotransmissores, como a endorfina e a dopamina, que aumentam o bem-estar, controlam o humor e combatem a ansiedade, entre outros aspectos”, explica o psiquiatra Ricardo Feldman, do Hospital Israelita Albert Einstein e fundador do Centro Feldman de Saúde, em São Paulo.  

Feldman ainda destaca o seu papel anti-inflamatório. “Manter o processo inflamatório do organismo harmonizado é muito bom em médio e longo prazos para prevenir doenças físicas e mentais, como a depressão”, comenta o especialista. 

“Além disso, há o envolvimento de neuromoduladores, substâncias que agem estimulando ou inibindo os neurotransmissores, fatores neurotróficos, que participam da produção e do funcionamento das células nervosas, processo de neurogênese, que leva à formação de novos neurônios, e a redução do estresse oxidativo, melhora da resposta imunológica, aumento da neuroplasticidade (a capacidade de adaptação do sistema nervoso central) e a liberação de miocinas, proteínas disponibilizadas durante a contração muscular”, acrescenta a educadora física Andrea Camaz Deslandes, coordenadora do Laboratório de Neurociência do Exercício da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).  

Os efeitos psicossociais também entram na equação dos benefícios dos exercícios em relação à depressão. Entre eles se destacam o autoconhecimento, o aumento da autoestima, a percepção de competência, a redução da ruminação de pensamentos negativos, a sensação de pertencimento, a resiliência e a produção de vínculos sociais e afetivos. Por isso, muitos especialistas consideram que as modalidades em grupo, com contato com a natureza e músicas preferidas, oferecem benefícios adicionais.  

Qual a quantidade ideal de exercício? 

A Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza a realização de pelo menos 150 minutos de atividade física moderada por semana para adultos, e esse tempo pode ser reduzido se a intensidade for vigorosa.  

“A boa notícia é que mesmo a duração e a frequência menores do que o proposto nessa recomendação podem trazer benefícios para a redução de sintomas depressivos”, diz Deslandes, da UFRJ. Além disso, acrescenta a educadora física, qualquer minuto conta para os que querem começar. “É importante entender a importância de quebrar a barreira para a mudança de estilo de vida que traz tantos ganhos para a saúde física e mental.” 

No que diz respeito à qual modalidade escolher, os especialistas explicam que o mais relevante é procurar uma atividade que dê prazer, o que vai aumentar a motivação e a aderência ao treino. E isso é especialmente válido para quem tem depressão.  

Nesse caso, também é necessário levar em consideração os sintomas da doença, em especial quando o quadro já está mais sério. “A pessoa tende a se isolar, ter sentimento de culpa e falta de energia, por isso é muito importante incentivar sem forçar ou julgar. E lembrá-la de que a evolução acontece aos poucos, pois é uma questão de treino. Quanto mais se faz a atividade física, mais é possível aumentar a quantidade e mais se veem resultados”, orienta Feldman.  

Segundo o especialista, a supervisão de um profissional de educação física também pode ajudar muito, assim como a criação de uma rede de apoio formada por amigos e familiares.  

Fonte: Agência Einstein

Saúde

Crise climática coloca em risco a saúde física e mental da população mundial 

Segundo a Organização Mundial da Saúde, pelo menos 150 mil pessoas morrem anualmente em decorrência das alterações climáticas; número deve dobrar até 2030. *Por Thais Szegö, Agência Einstein

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Carro em enchente
Foto: Canva

Calor e frio extremos, aumento da poluição atmosférica, elevação das chuvas, derretimento de geleiras, inundações, queimadas... Basta uma rápida olhada nos noticiários para ter a certeza de que o clima está sofrendo alterações consideráveis. O resultado da intervenção humana na natureza traz prejuízos ao meio ambiente e, consequentemente, sérios impactos à saúde de todos. “Hoje temos muitos estudos mostrando que…

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Saúde Pública

Vacinação contra gripe continua nas UBSs de Jundiaí

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Vacinação de gripe em Jundiaí
A meta é vacinar 90% de cada grupo prioritário (Foto: Prefeitura de Jundiaí)

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Saúde Pública

Prefeitura de Jundiaí orienta sobre atendimento médico de crianças em caso de urgência

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Clínica da Família Hortolândia em Jundiaí
Saiba onde buscar atendimento pediátrico e de urgência em Jundiaí (Foto: Prefeitura de Jundiaí)

A Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS) orienta a população sobre onde buscar atendimento pediátrico no município, em caso de necessidade. Em caso de urgência e emergência, as crianças podem ser encaminhadas ao Pronto Atendimento Hortolândia (rua Campinas, 58, Vila Hortolândia), das 7h às 22h (fechamento dos portões às 21h), aos PAs Ponte São João (rua Santo Antônio,…

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Saúde Pública

Duas UBSs ficam abertas para atendimento de dengue neste sábado em Jundiaí

Descubra onde e quando buscar ajuda para sintomas leves, moderados ou graves de dengue na sua região neste fim de semana.

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A procura por atendimento foi grande nas UBSs do Jardim do Lago e do Tamoio
Profissionais de saúde prontos para atender casos de dengue nas unidades básicas e prontos atendimentos locais. (Foto: Prefeitura de Jundiaí)

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Saúde

Estudo mostra que a apneia do sono pode afetar a memória  

As pausas respiratórias noturnas prejudicam os estágios do sono, que têm uma função essencial no funcionamento do cérebro; pesquisadores reforçam a importância do diagnóstico da doença

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Homem deitado na cama, dormindo, usando aparelho para ajudar respirar durante apneia do sono
Pausas respiratórias durante o sono podem levar a problemas cognitivos, revela pesquisa (Foto: Canva)

Por Gabriela Cupani, da Agência Einstein  Pessoas que sofrem de apneia do sono, um distúrbio que pode causar uma parada da respiração, podem ter mais risco de perda de memória e problemas cognitivos, sugere um estudo recém-apresentado no encontro da Academia Americana de Neurologia, que aconteceu em abril em Denver, Estados Unidos. Segundo os autores, o resultado reforça a importância…

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