A Febre Maculosa Brasileira é doença endêmica em regiões do Estado de São Paulo que incluem Jundiaí, área de ocorrência do carrapato-estrela. O pequeno animal é vetor de transmissão da bactéria do gênero Rickettsia, causadora dos sintomas da febre maculosa.
Na última semana, quatro pessoas morreram por causa da doença. A princípio, a suspeita é de que todas as vítimas foram contaminadas em uma fazenda em Campinas. Entre os óbitos está o do empresário Douglas Costa, de Jundiaí.
Para evitar novos casos, as autoridades orientam que a população se conscientize sobre os riscos de contaminação e os sintomas. Assim, todos se preparam para uma eventual busca de atendimento médico.
De acordo com os órgãos de Vigilância em Saúde Ambiental (VISAM) e Vigilância Epidemiológica (VE), Jundiaí não registra notificações de casos suspeitos para a doença com contaminação na cidade neste ano. Porém, alerta para viagens em áreas rurais. “As pessoas que circularam em áreas verdes em Campinas, em modo especial na Fazenda Santa Margarida, entre os dias 27 de maio a 11 de junho e apresentarem febre e dor pelo corpo, dor de cabeça ou manchas avermelhadas pelo corpo devem procurar o atendimento médico imediatamente e informar que esteve na área em que existe surto da doença”, reforça a coordenadora da VE, Maria do Carmo Possidente.
O que é a febre maculosa?
A febre maculosa, também conhecida como doença do carrapato, é uma infecção febril de gravidade variável, com elevada taxa de letalidade. Causada por uma bactéria do gênero Rickettsia, é transmitida pela picada, em especial, do conhecido carrapato-estrela. De acordo com especialistas, entre junho e novembro, a infestação ambiental por ninfas de carrapato estrela (estágio “jovem”) é alta.
O período de incubação da Febre Maculosa é de 2 a 14 dias. Portanto, é importante considerar exposições ocorridas nos últimos 15 dias antecedentes ao início de sintomas.
Como se prevenir da febre maculosa
Para evitar riscos de contaminação, as orientações são para que as pessoas e os animais domésticos evitem locais onde há ocorrência de carrapatos e circulação de capivaras. Quando parasitadas pelos carrapatos contaminados, as capivaras podem apresentar bactérias na corrente sanguínea (bacteremia) por até três semanas. Assim, podendo transmitir a bactéria para outros carrapatos que as estiverem parasitando.
No entanto, após esse período, se tornam imunes a doença, interrompendo a disseminação da bactéria. Os carrapatos-estrela podem se alimentar de qualquer hospedeiro acidental, inclusive o ser humano, transmitindo assim o agente infeccioso e causando a doença.
Outra medida importante é, caso seja impossível evitar áreas de risco, utilizar roupas claras e longas, além de botas. A verificação do corpo a cada duas horas também é essencial para evitar o parasitismo pelos carrapatos.
Se, mesmo assim, um carrapato conseguir picar, a pessoa deve realizar a retirada com auxílio de uma pinça, prendendo-o bem perto da pele e girando-o para que se solte do corpo. Após a picada, em caso de ocorrência de algum sintoma – como febre alta, náusea, dores musculares, vômito, dor de cabeça – em até 15 dias, procure por atendimento médico imediatamente e relate a ocorrência. Quanto mais dados fornecidos à equipe médica, mais rápido será o diagnóstico.
Ações da gestão municipal
As equipes da Unidade de Gestão de Infraestrutura e Serviços Públicos de Jundiaí realizam o manejo permanente em áreas públicas onde há circulação de animais hospedeiros de carrapatos (capivaras, bois e cavalos). Além disso, a unidade intensifica o serviço no período de inverno e seca, quando há maior risco de parasitismo, em decorrência da maior presença das formas imaturas desses artrópodes.
Os espaços também recebem placas de alerta sobre a ocorrência de carrapatos, exigindo a maior atenção da população. Periodicamente, a equipe da Visam também acompanha o nível de infestação por carrapatos nessas áreas.
De acordo com a biomédica da VISAM, Ana Lúcia de Castro, embora a febre maculosa seja grave e com alta letalidade, é possível prevenir significativamente o risco de contrair a doença. “Caso a pessoa circule em área onde há ocorrência de carrapato, é essencial que faça a verificação do corpo a cada duas horas, use roupas claras com manga longa, calça comprida e calçado fechado. Os carrapatos estão onde há circulação de animais silvestres”, completa.
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