Lula chama Bolsonaro para debate na USP
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Lula chama Bolsonaro para debate na USP

Lula realizou um discurso na USP, nesta segunda-feira (15), na qual fez críticas ao governo atual, e convidou o presidente Bolsonaro para um debate.

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O ex-presidente Luiz Inácio da Silva (PT), convidou, nesta segunda-feira (15), o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) para um debate na USP (Universidade de São Paulo). Os dois candidatos à presidência não tem confirmado participação de debates.

Discursando em evento fechado na USP, o ex-presidente Lula, sem poder citar muito sua candidatura, já que a propaganda eleitoral passou a ser permitida apenas nesta terça-feira (16), usou seu tempo para criticar o atual governo e convidar Bolsonaro a um debate na USP.

“Eu adoro vir aqui, debater. Debater não precisa ser só nós, de um partido só. Pode ser de outro partido político. Por exemplo, o Bolsonaro poderia vir aqui fazer um debate nas eleições. Ele não vai vir porque ele não gosta de estudante, ele não vai vir porque o ministro da Educação dele [ex-ministro Milton Ribeiro] disse que universidade não precisa ser para todos, é só para uma pequena parte”.

Além disso, o ex-presidente afirmou que, desde que Bolsonaro assumiu o Executivo, viu uma piora. “Esse País, que era motivo de orgulho em todos continentes, virou um pária. Por causa desse presidente da República, ninguém quer vir aqui”.

O evento contou ainda com a presença de Fernando Haddad (PT), que abordou rapidamente, antes do discurso de Lula, a educação, principal tema de seu discurso. Haddad é candidato ao governo estadual de São Paulo, e professor da USP.

Discurso

Durante se tempo, Lula manteve o tom à esquerda, que tem permeado a pré-campanha. “Nós vamos voltar, e o pobre vai voltar para os aeroportos. Tem que pagar salário para doméstica, ela tem que ter férias. […] Não tem ninguém rico que não seja às custas do trabalho dos pobres. Não tem ninguém que ficou rico…’ah, minha fábrica produziu’. Oh, seu ‘babaca’, quem foi que trabalhou, produziu as peças, se sacrificou?”.

Ele também discursou sobre o financiamento universitário, um importante tema para os estudantes presentes. “Como é que a gente pode conceber a ideia de que o país pode emprestar dinheiro para empresário, bilhões e bilhões, quando chega na época de financiar um estudante, mesmo que ele vá dar ‘calote’, tem problema? O que é um calote de um estudante, de R$ 15 mil ou 20 mil? Ele pode pagar com a qualificação do seu trabalho, melhorando a nossa capacidade produtiva”.

Vaias e aplausos

O ex-governador Márcio França (PSB), candidato ao Senado, foi vaiado pelo público ao ser anunciado no início do evento. Quando Lula mencionou o seu nome, as vaias voltaram ainda mais forte. Sua esposa, Lúcia França (PSB), professora e candidata a vice na chapa de Haddad, foi anunciada na sequência e levemente aplaudida.

Juliano Medeiros, presidente nacional do Psol também acabou sendo vaiado levemente. Após uma disputa entre os partidos, ele aceitou ser suplente de França na chapa de Haddad, anunciada na sequência. Eduardo Suplicy (PT-SP) e a deputada Luiza Erundina (PSOL-SP) receberam muitos aplausos, com gritos individuais aos seus nomes.

O ex-presidente Lula também apontou temas que fazem parte do discurso, como igualdade de gênero e igualdade racial. Criticando o governo de Bolsonaro, Lula, fazendo referência a Pedro Guimarães, ex-presidente da Caixa, disse que durante sua gestão o presidente de uma grande estatal não cometeria assédio. “Não vai ter presidente da Caixa que pratica assédio. Ele vai tomar tanta porrada que nem vai ser presidente”.

Este foi o último evento de Lula antes do início oficial da campanha eleitoral. Sua agenda prevê a visita a uma fábrica de carros, em São Bernardo do Campo, na Região Metropolitana de São Paulo.

Debate cancelado

No último dia 11, o consórcio de veículos de imprensa, com UOL, Folha de S.Paulo, G1, O Globo, O Estado de S. Paulo e Valor, suspendeu a realização de um debate em pool entre candidatos à Presidência da República. A decisão foi tomada porque os dois primeiros colocados nas pesquisas, Lula e Bolsonaro, não se comprometeram a participar.

O fato estava marcado para 14 de setembro, em São Paulo, e previa reunir os quatro primeiros colocados nas pesquisas eleitorais Ipec e Datafolha da semana anterior ao evento. O debate ocorreria com a confirmação de pelo menos três desses quatro. Além desse cancelamento, a CNN Brasil, em julho, também cancelou um debate.

Ainda estão mantidos os embates entre os presidenciáveis:

  • No próximo dia 28, às 21h, nos estúdios da Band. O embate contará com a participação de jornalistas do UOL, Fola e TV Cultura;
  • No dia 2 de setembro, o embate será organizado pela RedeTV!, Metrópoles e O Antagonista;
  • Em 24 de setembro, o embate será promovido por SBT, CNN, Veja, Estadão, Terra e Nova Brasil FM, às 21h.

Em maio, o colunista Kennedy Alencar, do UOL, já havia noticiado que o PT previa propor aos veículos de comunicação a realização de três debates presidenciais, num modelo pool, no primeiro turno. Na avaliação da cúpula do PT, com uma campanha eleitoral curta, se torna inviável aceitar tantos convites.

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