Descobertas inéditas revelam o cotidiano da população de Jundiaí do final do século 18
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Jundiaí

Descobertas inéditas revelam o cotidiano da população de Jundiaí do final do século 18

O novo documento mostra o registro de um grupo de mulheres solteiras e viúvas que viviam de fazer cerâmica e revela que viviam 2.100 pessoas na então “Jundiahy” de 1772. Saiba mais.

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Centro de Jundiaí visto de cima
Arquivo Histórico divulga relevantes descobertas sobre a Jundiaí Colonial (Foto: Prefeitura de Jundiaí)

O Arquivo Histórico da Unidade de Gestão de Cultura (UGC) de Jundiaí divulgou recentes estudos feitos em documento do final do século 18. Estes documentos trazem relevantes descobertas nos âmbitos demográficos, urbanos e culturais do Município daquele período.

As informações estão na cópia microfilmada da “Lista Geral do Povo da Villa de Jundiahy de que he Capitão Mor Antonio Pedrozo de Moraes”, de 01 de julho de 1772. A equipe jundiaiense identificou esse documento no acervo digitalizado do Arquivo Histórico Ultramarino, em Lisboa, Portugal. A Cultura apresentou o arquivo durante atividade do Simpósio do Patrimônio, programação que integrou o Mês do Patrimônio Histórico e Cultural.

Entre as descobertas, o Arquivo identificou a presença de mulheres solteiras e viúvas que viviam de fazer cerâmica, com comprovação teórica de ascendência indígena. “Essa evidência está em linha com as teses do arqueólogo Walter Fagundes Morales. A cerâmica nipo-brasileira é comprovadamente indígena e, para além da inegável escravização dos povos originários, houve outros mecanismos destinados ao apagamento da cultura indígena naquele período, como, por exemplo, o incentivo pombalino aos casamentos de portugueses com mulheres indígenas”, comenta o diretor do Departamento de Museus da UGC, Paulo Vicentini. O trabalho de análise e transcrição do documento no Arquivo foi realizado pela paleógrafa Isabella Ferraro e pelo historiador Gilson Santos.

Foto: Prefeitura de Jundiaí

Menos de 3 mil jundiaienses

A partir do documento de 48 páginas, o Arquivo Histórico estima ainda que a então “Jundiahy” de 1772 possuísse por volta de 2,1 mil pessoas. Ainda de acordo com o documento, havia cerca de 387 residências e para cada uma delas a “Lista” traz o número de moradores. O documento incluía pessoas escravizadas e os agregados, em território de 2,1 mil quilômetros quadrados, que se estendia a regiões dos atuais Campinas, Itupeva, Itatiba, Louveira, Vinhedo, Várzea Paulista, Campo Limpo Paulista e adjacências.

Vicentini destaca que o documento é inédito para a Historiografia de Jundiaí. Além disso, a partir dele, o Arquivo já realiza o cruzamento de dados com outros ‘maços’ populacionais – nome dos censos -, além de documentação local, como as Atas da Câmara. “Além dos cruzamentos de estudos em outros âmbitos, como da Língua Portuguesa, da Agricultura e da sociedade”, destaca.

Cotidiano da Vila

Os estudos sobre a “Lista de 1771” revelam ainda já uma predominância de residentes da atual região central dedicados ao setor de serviços, como sapateiros, ferreiros e um cabeleireiro. Já sobre a Agricultura, antes das famosas monoculturas cafeeira e canavieira, na vida camponesa da então Vila havia a predominância da produção de milho, com feijão, algodão, amendoim, arroz e fumo na sequência – com a insipiente presença da cana, refutando a ideia de que houvesse engenhos por aqui naquele período.

O cruzamento de dados da Lista com outros documentos pode trazer mais revelações sobre o cotidiano da Vila. Dividida administrativamente em esquadras militares, os reservistas civis podiam ser convocados a qualquer momento por intermédio de planos de chamadas da Coroa. Um dos moradores identificados anos mais tarde, quando a Espanha invadiu a Ilha de Santa Catarina (1777), desertou da missão. Como parte da punição, o governador ordenou a prisão de seus pais até que ele se apresentasse.

Entre os habitantes identificados que ocupavam a região central da Vila, o Arquivo destaca Caetano José Gonçalves Couto, escravizado livre de 23 anos. Além do único “dedicado à arte da Música e mestre de capela” como profissão na lista, Caetano também foi símbolo da resistência negra. O acusaram de desobediência e insubordinação durante combates na região de São Bernardo.

Jundiaí

Roque, assistente de palco de Silvio Santos, é internado em hospital de Jundiaí

Ícone do SBT passa por raio-x e aguarda ressonância para confirmar diagnóstico e tratamento.

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O assistente de palco foi levado ao Hospital Santa Elisa, onde passou por exames e aguardará ressonância magnética para confirmar o diagnóstico. (Foto: Reprodução/Instagram)

Roque, o icônico assistente de palco de Silvio Santos no SBT, de 87 anos, foi internado no último sábado, 19 de maio. O incidente ocorreu após Roque passar mal durante um almoço em família, sendo prontamente levado ao Hospital Santa Elisa, em Jundiaí. Exames de raio-X realizados no hospital revelaram um "pequeno sangramento no crânio frontal". Para aprofundar o diagnóstico…

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Jundiaí

Jundiaí prioriza segurança e sustentabilidade com modernização da iluminação pública

A iniciativa contempla várias áreas, incluindo a Vila Hortolândia e a Colônia, com investimentos significativos em infraestrutura e segurança.

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Alameda Cesp iluminada após a instalação de 71 lâmpadas, em um investimento de R$ 547 mil (Foto: Prefeitura de Jundiaí)

Modernidade, sustentabilidade e segurança para Jundiaí A Prefeitura de Jundiaí segue avançando na modernização da iluminação pública da cidade, com a instalação de lâmpadas de LED em diversos bairros. A iniciativa, que visa garantir mais segurança, sustentabilidade e qualidade de vida para a população, já beneficiou mais de 4,4 mil pontos desde 2020. Alameda Cesp recebe investimento em iluminação Um…

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Jundiaí

Prefeito Luiz Fernando Machado nomeia nova diretoria da FMJ

A cerimônia de posse ocorrerá no Anfiteatro Pedro Favaro, com planos ambiciosos para expandir ensino, pesquisa e assistência na FMJ

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Evaldo Marchi e Ana Carolina Marchesini celebram nomeação para dirigir a FMJ, focando em inovação e excelência acadêmica até 2028 (Foto: FMJ)

O Prefeito de Jundiaí, Luiz Fernando Machado, nomeou, através da portaria 78/2024, os professores Evaldo Marchi e Ana Carolina Marchesini de Camargo como diretor e vice-diretora da Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ) para o período de 2024 a 2028. A cerimônia de posse será realizada no dia 25 de maio, sábado, às 10h, no Anfiteatro Pedro Favaro da FMJ.…

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Jundiaí

9ª Brasil Log chega a Jundiaí com encontros estratégicos, inovações e tendências

Descubra as últimas inovações em logística, participe de palestras exclusivas e faça networking com líderes do setor na Brasil LOG 2024

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A imagem mostra uma exposição ou feira de tecnologia industrial, onde pessoas estão observando e discutindo equipamentos de automação, como transportadores de rolos usados para movimentação de caixas. No centro, há uma máquina amarela com esteiras rolantes que transportam caixas de papelão. À direita, um grupo de pessoas, algumas de terno, conversa próximo aos estandes.
Visitantes exploram as soluções inovadoras e oportunidades de negócios apresentadas na feira (Foto: Prefeitura de Jundiaí)

A 9ª Feira Internacional de Logística, a Brasil Log, abre suas portas na próxima semana, de 22 a 24 de maio, no Parque Comendador Antonio Carbonari (Parque da Uva), em Jundiaí. Com a expectativa de reunir mais de 80 expositores e gerar R$ 15 milhões em negócios, a feira se consolida como um importante espaço para o networking, geração de…

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Dia da Coxinha: Jundiaí celebra seu patrimônio imaterial com sabor e tradição

Jundiaí celebra o Dia da Coxinha, destacando a coxinha de queijo como um ícone local e patrimônio imaterial há mais de 40 anos.

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A imagem mostra uma mesa coberta com uma toalha de mesa xadrez azul e branca, sobre a qual estão dispostas várias coxinhas de queijo apresentadas em pratos decorativos. As coxinhas têm formato cônico e algumas estão acompanhadas de guarnições como folhas verdes e molhos. Ao fundo, há outras mesas com toalhas de cor clara e pessoas desfocadas, sugerindo um ambiente de restaurante ou evento gastronômico.
Coxinha de queijo de Jundiaí é um símbolo cultural que une tradição e sabor, atraindo visitantes de todo o Brasil. (Foto: Prefeitura de Jundiaí)

Neste sábado, dia 18 de maio, celebramos o Dia da Coxinha, o salgado mais amado do Brasil. E em Jundiaí, essa data tem um significado ainda mais especial: a coxinha de queijo é considerada patrimônio imaterial da cidade, um símbolo da gastronomia local que atrai fãs de todo o país. Mais que um salgado, uma tradição Presentes nos cardápios de…

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