A informação de dissolução (extinção) do Clube São João deixou tristes os sócios ouvidos pelo Tribuna de Jundiaí, nesta quarta (12). Mesmo reconhecendo que a grave situação financeira da agremiação já se arrasta por alguns anos, eles admitem que é difícil saber que o clube está prestes a fechar as portas.

A notícia da assembleia extraordinária convocada pelo Conselho Deliberativo para discutir e votar pela dissolução do clube foi publicada ontem (11) pelo Tribuna de Jundiaí e causou grande comoção entre sócios e também no meio esportivo. Após completar 108 anos, o alviverde da Ponte São João estaria com dificuldades para se manter – outro tema destacado no edital.

Edital publicado ressalta dificuldades e votação da dissolução (Foto: Reprodução)

Elide Pasqualote Uliano é sócia desde 1981. O pai dela, Laercio Pasqualote, era o dono do título. “Ele comprou o título patrimonial e depois eu passei para o meu nome. Conheci meu marido na piscina do Clube São João”, comentou.

Junto com o esposo Francisco Carlos Uliano, ela frequentou os bailes, fazia aulas de Zumba e de Yoga, além da sauna e a famosa caipirinha na beira da piscina. Depois, o filho do casal também praticou caratê no Clube São João durante oito anos.

Elide, o marido e o filho, todos sócios do Clube São João: notícia triste (Foto: Arquivo Pessoal)

Ela contou que não recebeu nenhuma informação do clube a respeito da assembleia ou da possibilidade de dissolução. “Fiquei sabendo pelo jornal. Continuo pagando normalmente a mensalidade e estamos todos tristes porque achávamos que quando a pandemia acabasse, poderíamos voltar”, ressaltou.

Atividades esportivas

Elaine Fonseca também é sócia do clube e frequenta o espaço há oito anos. “Sou sócia desde 2013, quando mudamos para a Ponte São João. É o meu quintal, mas frequento há muito tempo, principalmente nos carnavais”, comentou.

Laura, filha de Elaine Fonseca, fazia caratê no clube (Foto: Arquivo Pessoal)

Ela também confirmou que nenhuma informação foi passada pelo clube sobre a assembleia do próximo dia 30. “O clube sempre teve várias atividades esportivas que faziam muito sucesso e, com o tempo, isso foi acabando. Minha filha fazia caratê, lá. Quando vi a notícia fiquei muito triste, é uma pena”.

Procurada pelo Tribuna de Jundiaí novamente, a presidente do Clube São João, Selma Garcia, não respondeu ao recado deixado.