Dia das Bruxas: Conheça 5 lendas urbanas originais de Jundiaí
Conecte-se conosco

Especiais

Dia das Bruxas: Conheça 5 lendas urbanas originais de Jundiaí

Você já ouviu falar sobre os indígenas gigantes, lobisomens e até mesmo sobre a casa que jorrava sangue de Jundiaí? Então prepara a pipoca e vem saber um pouco mais sobre as lendas da cidade.

Publicado

em

Atualizado há

halloween-dia-das-bruxas-2
Foto: Myriams-Fotos/ Pixabay

Quem aí já ouviu falar que, por trás de todas as lendas e mitos, há sempre uma verdade? Pois é, e as lendas de Jundiaí não ficam para trás, tem mitos até em um dos símbolos oficiais do município!

A cidade apresenta histórias em cada canto e lugar, desde o cemitério até as ruas de Jundiaí, e não para por aí não! Histórias como lobisomens, visitas do saci e entre outros também já foram relatados por moradores do município. Ficou curioso? Então desliga as luzes e se prepare para ver cinco lendas originais de Jundiaí:

Maria dos Pacotes

Essa é clássica na cidade! A jundiaiense, Carlota Edith Barbieri, ou mais conhecida como Maria dos Pacotes é citada até hoje em rodas de conversas sobre lendas. Segundo o historiador Maurício Ferreira, a figura foi real e andava por Jundiaí, fazendo parte do cenário e do cotidiano dos moradores, principalmente na década de 1970.

“Parecia que tinha umas 20 Maria dos Pacotes, você andava no bairro, andava na Marechal, perto do cemitério, onde você estava acabava vendo ela. Ela perambulava muito”, contou.

Filha de um italiano e de uma mãe russa, Carlota tinha muitas características marcantes, desde seus olhos até sua quietude, além disso também carregava muitos pacotes feitos de leite em pó, marca essencial para seu nome.

“Ela era de lua, tinha dia que ela tava legal, bem introspectiva, quietinha, mas se alguém mexesse com ela, ela xingava e falava palavrão bem feio. Era madrinha e tinha um olho azul, daqueles que você não esquece nunca mais”, complementou o historiador.

Ele ainda mencionou como Maria produzia seus pacotes. “Maria abria uma lata e em uma tinha água, na outra tinha escova de dente. Era lata de leite em pó vazia, ela fazia os pacotes de quatro em quatro latas vazias, pegava aquelas quatro latas, enrolava no jornal, papel, passava uma corda e andava com aqueles pacotes bem amarrados, bem feitos”.

E há quem diga que, quando Carlota faleceu foi encontrado um jornal onde dizia que ela foi abandonada no altar, e, que, por esse motivo, ela andava pelas ruas com os pacotes que seriam os presentes do casamento.

“Tem gente que diz que quando ela faleceu, embaixo do colchão tinha um edital de casamento, que até hoje é feito, só que antes não tinha outro tipo de mídia, então saía em jornal diário. Todo mundo que casava era obrigado a colocar no edital. Dizem que ela realmente foi abandonada no altar, que ela guardou esse jornal até o final da vida”.

Personagem típico que acabou incorporando-se à paisagem urbana (Fotos: Regina Kalman)

Mulher que morreu sobre o caixão do marido

Um dos mais conhecidos e lindos túmulos do Cemitério Nossa Senhora do Desterro, tem uma das histórias mais dramáticas e profundas de Jundiaí!

O túmulo é o local de descanso do corpo do Dr. Leonardo Cavalcanti, influente engenheiro da Companhia Paulista que morreu aos 32 anos. Ele, além de realizações e feitos, deixou para trás um grande e verdadeiro amor.

Filho do ex-prefeito de Jundiaí, Francisco de Albuquerque Cavalcanti, Leonardo, enquanto vivo, colecionou diversos conhecimentos na engenharia e, em 1916, começou a trabalhar no projeto de eletrificação da rede da Paulista um projeto dos sonhos para ele.

Exercendo seu ofício há cerca de cinco anos, na noite de 29 de abril de 1925, o renomado engenheiro tocou em um dos cabos de alta tensão na rede do pátio de Campinas e morreu na hora.

Conta-se que, durante seu enterro, sua noiva Yola Motta teria se lançado sobre o caixão recém fechado em um ato de desespero, e prometido eterna fidelidade. Segundo a história, após 45 anos, Yola faleceu na cidade de São Paulo sendo solteira, honrando a promessa feita ao falecido noivo. Tempos depois, sua promessa de fidelidade ficou imortalizada no túmulo do Leonardo Cavalcanti, com a estátua de uma mulher deitada sobre o túmulo

Porém, também dizem que a noiva Yola, com toda a tristeza e desespero que sentiu, encontrou seu fim em cima do caixão do engenheiro, ficando eternizada no Cemitério Nossa Senhora do Desterro e na mente de quem vê. Além disso, alegam que é possível ouvir uma moça se lamentando próximo ao caixão, em um choro de arrepiar a alma. Profundo e assustador, não acha?

mulher-morreu-sepultura-jundiaí-lenda
Foto: Reprodução

Curuquim ou Curuquiã, o índio gigante

E vem aqui mais uma lenda para as mentes curiosas! Você já reparou naquele enorme índio, maior até mesmo que as árvores, presente no brasão da cidade? Se você imaginou que era apenas uma representação dos povos nativos daqui, ou até mesmo um erro na diagramação do brasão… errou feio, errou rude!

Para vocês conhecerem o Curuquim, ou Curuquiã, devemos voltar para os anos de 1600, quando nossa querida Serra do Japi era habitada pelos povos nativos brasileiros.

Algumas das tribos eram nômades, que ficavam pouco tempo no mesmo local e se mudavam para buscar mais alimentos, enquanto outras se fixavam no lugar e ali, além de cultivarem a terra, criavam raízes e protegiam o local.

Com o passar do tempo, e com as terras sendo cada vez mais invadidas e povoadas pelo homem branco, lendas de uma certa tribo de índios gigantes, maiores até mesmo que as árvores, e que guardavam a mata começaram a se espalhar.

O símbolo oficial do município, criado nos anos de 1920 pelo historiador Afonso d´Escragnolle Taunay, apresenta o Curuquim em destaque entre as árvores, na parte superior do brasão.

brasao_jundiai-compressed
(Foto: PMJ/ Reprodução)

Em homenagem a essa tribo de gigantes, a artista jundiaiense, Bianca Foratori, convidada para assinar a parede do edifício Moutran, decidiu representar uma indígena gigante, denominada como a Guardiã do Japi por ficar bem em frente a Serra. A manifestação cultural do Empena Festival Paredes Vivas, é a primeira pintada em Jundiaí e possui 40m x 13m.

guardiã-da-serr-ado-japi-jundiai
Foto: Reprodução

Lobisomem de Jundiaí

Essa lenda é braba! Não contendo apenas histórias, mas até mesmo relatos de pessoas que já viram o ser sobrenatural pelas redondezas da cidade, o Lobisomem de Jundiaí é um mito famoso por aqui.

Dona Marielza, ou Dona Mari, como prefere ser chamada, em entrevista para a Agência.io, contou uma história que afirma ter sido vivenciada por seu pai.

Seu pai junto de seu sócio, fazia pães no período da noite em um forno de barro, dentro de um sítio, para vender no outro dia. Segundo ele, várias vezes se depararam com a criatura, porém teve um dia que foi marcante.

Enquanto produziam os pães, os dois viram um vulto grande correndo para lá e para cá, e, de acordo com o sócio, a sombra era o Lobisomem, que ficava rondando a produção. Dona Mari ainda conta que seu pai quis matar a criatura e que não consegue definir se ele não tinha medo ou se apenas queria bancar o corajoso . “Vamos matar esse Lobisomem! Esse Lobisomem não vai aparecer mais aqui, não! Vamos acabar com esse Lobisomem”.

Ao pegar um pedaço de ferro, seu amigo o alertou: “Não, não bate nele com um ferro não, que vai tirar sangue, se você tirar sangue você vira lobisomem”. Seu pai, mesmo alertado, não se deu por vencido e pegou um pedaço de madeira, que jogou na besta quando teve a chance. O mesmo, deu um grito e caiu, e em seguida se levantou e foi embora.

Quando o dia amanheceu, eles colocaram os pães para vender na vila e um homem muito estranho apareceu. Ele, que vendia uma peneira, estava com uma perna manca e tinha unhas muito cumpridas, uma característica que não passou batido pelos padeiros.

Ao observarem o forno em que assavam os pães, perceberam diversas marcas de arranhões do lado de fora. A partir disso, o homem estranho ficou conhecido como O Lobisomem, na vila. Bizarro né!?

Existe várias versões da lenda do Lobisomem em Jundiaí (Imagem: Gabriel Doe/Pixabay)

A casa que jorrava sangue

Mais uma lenda famosinha para a lista. Para vocês terem noção, essa história chegou a passar na televisão! Além disso, a lenda é bem do estilo filme de terror e ninguém acreditaria se não fosse documentado.

Em junho de 2008, uma casa na rua Antonio Bizarro, no Jardim Bizarro de Jundiaí começou a intrigar tanto os moradores, quanto a polícia com o aparecimento de manchas de sangue humano no piso.

De acordo com as pessoas que estiveram na misteriosa casa, o sangue começou a aparecer no fim da tarde de um domingo e apenas parou com as orações realizadas por eles. O mesmo aconteceu no dia seguinte, o sangue voltou a jorrar e parou novamente depois das orações.

Segundo os vizinhos, a moradora da casa estava saindo do banho quando avistou sangue aparecer repentinamente do chão do banheiro, e em seguida, jorrar nos demais cômodos. “Quando ela viu o sangue no banheiro, assustou-se e chamou o marido, que estava vendo TV na sala”, contou Natalina Pereira, vizinha que esteve no local.

Como os donos das casas eram católicos fervorosos, um padre foi chamado, e ele sugeriu que a polícia fosse acionada. “Ela [dona da casa] disse que o sangue subia do nada no chão e que começou uma bolinha pequena e foi aumentando e esguichando pela casa toda”, afirmou Natalina.

Para comprovar se realmente aquilo se tratava de sangue humano foi pedido um laudo do Instituto de Criminalística. Wilson Antonio Pereira, chefe da Polícia Científica de Jundiaí da época afirmou que “o resultado do exame é irrefutável. Fizemos a análise mais de uma vez e não há dúvidas de que se trata de sangue humano e fresco, do mesmo dia em que fizemos a coleta”.

E caso você esteja se perguntando por que esse sangue começou a aparecer do nada ou o que ele significa , aqui vai uma hipótese levantada pela vizinhança.

Dizem que o sangue repentino foi uma espécie de pedido para ajuda espiritual de um jovem que havia sido assassinado há basicamente dois meses antes das manchas aparecerem, e que morava perto do imóvel.

Caso ganhou destaque na grande imprensa (Foto: Reprodução/Blog do Koch)

E aí, se alguma dessas histórias acontecesse com você, ficaria apenas com medo ou apavorado?

Bairro a Bairro

Novidade no Parque da Represa propõe preservação ambiental e diversão para toda a família

Descubra as novas atrações para curtir Jundiaí, com o novo Parque Linear, concluído em breve.

Publicado

em

Por

O primeiro Parque Linear do Rio Jundiaí Mirim deve integrar o Parque da Represa (Foto: Prefeitura de Jundiaí)

Na série de reportagens especiais sobre o bairro Parque da Represa, já contamos curiosidades, falamos sobre a qualidade de vida e destacamos opções de lazer na região. Pensou que tinha acabado? Jundiaí segue investindo no bairro e, esta semana, anunciou o início das obras do novo Parque Linear. Essa é mais uma medida de conservação da região entorno das represas…

Continuar lendo

Parque da Represa

10 atrações para curtir no Parque da Cidade

Área de lazer que é um dos cartões postais de Jundiaí fica próximo ao Parque da Represa e reúne muitas atividades

Publicado

em

Por

Próximo do Parque da Represa, o espaço de lazer foi inaugurado em abril de 2004: referência em Jundiaí (Foto: PMJ)

A série de reportagens que o Tribuna de Jundiaí fez no Bairro a Bairro sobre o Parque da Represa, em Jundiaí, já retratou as curiosidades e também a comodidade e tranquilidade em morar ali. Já destacamos, também, que um dos espaços de lazer mais visitados da cidade fica muito próximo do bairro: o Parque da Cidade. Até por isso, nós…

Continuar lendo

Parque da Represa

Qualidade de vida: arborização é um dos destaques do Parque da Represa

Muitas árvores, um córrego e muito ar puro fazem parte do cenário do bairro. Famílias inteiras aproveitam para se exercitar

Publicado

em

Por

Meio ambiente é um dos destaques da região, que conta com a represa de abastecimento e ar puro (Foto: Tribuna de Jundiaí)

Além da represa de abastecimento de água, o Parque da Represa chama a atenção pela arborização. O bairro conta com muitas árvores, principalmente na avenida Dr. Manoel Ildefonso Archer de Castilho, onde também existe um córrego. De acordo com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), regiões deste tipo têm inúmeras vantagens em relação à qualidade de vida dos moradores.…

Continuar lendo

Parque da Represa

Parque da Represa é sinônimo de tranquilidade e comodidade num só lugar

Região contempla vários serviços aliados à natureza e também à qualidade de vida

Publicado

em

Por

Além da natureza exuberante, bairro também contempla diversos serviços e segurança (Foto: Divulgação)

Ter de tudo um pouco à disposição bem próximo do bairro em que mora é uma das coisas mais práticas que alguém pode querer quando se escolhe o lugar para viver. Pois no Parque da Represa, em Jundiaí, é exatamente assim que acontece. A região é considerada extremamente funcional justamente porque contempla vários serviços aliados à natureza e qualidade de…

Continuar lendo

Parque da Represa

Conheça algumas curiosidades do Parque da Represa, em Jundiaí

Bairro fica na região Norte e se destaca pela qualidade de vida e proximidade com ótimas opções de lazer

Publicado

em

Por

Região fica próxima ao centro, mas preserva a qualidade de vida: tranquilidade e comodidade num só lugar (Foto: Divulgação)

O bairro Parque da Represa é um dos mais bem conceituados de Jundiaí. Além da qualidade de vida, da proximidade com a região central e os ótimos acessos para rodovias, ele reserva algumas curiosidades: Grendacc É onde fica a sede do Grendacc (Grupo em Defesa da Criança com Câncer), conceituada instituição que cuida de crianças diagnosticadas com câncer. Foi criado…

Continuar lendo
Publicidade