Metade dos reajustes salariais negociados até outubro não repõe a inflação
Conecte-se conosco

Brasil

Metade dos reajustes salariais negociados até outubro não repõe a inflação

Enfraquecidos pelo alto índice de desemprego e disparada de preços em 2021, trabalhadores perdem poder de compra

Publicado

em

Atualizado há

Carteira de trabalho
Carteira de Trabalho. (Foto: Divulgação/Prefeitura de Aparecida de Goiânia/Rodrigo Estrela)

Com os altos índices de inflação e desemprego no Brasil, 49,8% dos 12.334 reajustes salariais negociados de janeiro a outubro deste ano ficaram abaixo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Ou seja, ofereceram menor poder de compra ao trabalhador.

Fora isso, 10%, cerca de 1.321, dos acordos de reposição inflacionária foram parcelados e pago aos poucos pelos empregadores. Um salto de sete vezes (199) em relação ao mesmo período de 2020, informou o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) ao g1.

Com 2021 chegando ao fim, Luis Ribeiro, que é técnico do Dieese, diz que os trabalhadores vêm perdendo força em relação aos empregadores nas negociações coletivas deste ano e, por este motivo, foram prejudicados em relação a salário, benefício e plano de carreira.

“O cenário é ruim. O fato de a maioria das categorias não estar repondo a inflação vai gerar um efeito cascata em 2022, com queda no poder de compra, no consumo e, consequentemente, na produção”, explicou Ribeiro.

De acordo com o sociólogo, mesmo que as negociações coletivas de novembro e dezembro deem alguns resultados positivos aos trabalhadores, o balanço de 2021 será ruim. “Ainda faltam os reajustes dos metalúrgicos, dos petroleiros e dos bancários. Mesmo assim, é difícil que boas negociações revertam os números”, disse Ribeiro.

Na avaliação de Hélio Zylberstajn, professor sênior da Faculdade de Economia da Universidade de São Paulo (USP), o mercado de trabalho atravessou um período de extrema dificuldade por causa da pandemia de Covid19 e, mesmo com o avanço da vacinação, não conseguiu se recuperar.

“O setor que mais perdeu [profissionais ocupados] foi o de hotelaria e alimentação, seguido pelo de serviços domésticos. A cada 5 domésticas, 1 não recuperou a ocupação. Para agravar o cenário, a maior parte delas não tem carteira assinada”, afirmou o economista, coordenador do Projeto Salariômetro.

Segundo Zylberstajn, os índices de ocupação e rendimento são consequência do crescimento econômico. E como o PIB do país recuou 0,1% no 2º trimestre e indica queda de 0,14% no 3º trimestre, as expectativas para os próximos meses são de um “pequeno” aumento da ocupação no país, principalmente em áreas cuja remuneração é baixa.

Os profissionais de baixa qualificação, segundo o professor, foram os mais prejudicados pela crise deste ano porque dependiam da vacinação para voltar ao trabalho presencial, ao contrário dos que atuavam na área administrativa de forma remota, por exemplo. O jogo deve virar no início de 2022.

Fonte: g1.

Brasil

Bolsonaro deixa hospital após tratamento para erisipela

Erisipela é um processo infeccioso da pele, que pode atingir a gordura do tecido celular, causado por uma bactéria que se propaga pelos vasos linfáticos.

Publicado

em

Foto: Reprodução/X

Na manhã desta sexta-feira (17), o ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu alta do Hospital Vila Nova Star, na capital paulista. O advogado e assessor do ex-presidente, Fábio Wajngarten, confirmou a informação. De acordo com Wajngarten, Bolsonaro teve alta após 12 dias de internação em São Paulo e voltou para Brasília. Mais cedo, o ex-presidente postou uma foto ao lado dos médicos…

Continuar lendo

Brasil

Brasil registrou 230 mortes de pessoas LGBTI+ em 2023

Das 230 mortes no ano passado, 184 foram assassinatos, 18 suicídios e 28 por outras causas.

Publicado

em

Por

Foto: Reprodução/Canva @Hrecheniuk Oleksii

Um dossiê publicado nesta semana pelo Observatório de Mortes e Violências LGBTI+ no Brasil mostra que 230 pessoas LGBTI morreram de forma violenta em 2023, uma morte a cada 38 horas. A sigla LGBTI diz respeito a pessoas lésbicas, gays, bissexuais, travestis, mulheres e homens trans, pessoas transmasculinas, não binárias e demais dissidências sexuais e de gênero. Das 230 mortes no…

Continuar lendo

Brasil

AGU pede que X, TikTok e Kwai retirem do ar desinformação sobre RS

Governo desmente reembalagem de cestas e reforça apoio a desabrigados.

Publicado

em

Tela de monitor com a mensagem de Fake News
AGU combate desinformação e pede remoção de posts falsos em 24h (Foto: Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)

A Advocacia-Geral da União (AGU) tomou medidas firmes contra a disseminação de informações falsas sobre a entrega de alimentos para as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. Nesta quarta-feira (15), a AGU solicitou às plataformas X (antigo Twitter), TikTok e Kwai a remoção de postagens com conteúdo enganoso no prazo de 24 horas. A iniciativa, de caráter extrajudicial,…

Continuar lendo

Brasil

Saiba como funcionará o Free Flow, sistema de cobrança automática de pedágios

Sem a necessidade de parar em praças de pedágio, o fluxo de veículos é mais rápido e eficiente

Publicado

em

Por

Foto: Governo de SP

Com o objetivo de melhorar a circulação e segurança, as rodovias concedidas de São Paulo em breve adotarão o sistema Free Flow. A Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) detalha os benefícios e funcionamento desse sistema, que será implementado inicialmente em duas praças da SP-333. Em 1° de agosto, em Itápolis, km 179, no sentido leste; e…

Continuar lendo

Brasil

Lula anuncia Pix de R$ 5,1 mil para famílias do Rio Grande do Sul

Estima-se que 100 mil famílias sejam inicialmente contempladas, mas o governo garante que o auxílio será pago a todos os gaúchos que precisarem dos recursos.

Publicado

em

Por

Lula no Rio Grande do Sul
O benefício auxiliará famílias na reconstrução de casas, compra de móveis e eletrodomésticos, e pagamento de serviços essenciais (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Nesta quarta-feira (15), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva oficializou a criação do Auxílio Reconstrução de R$ 5,1 mil para famílias desabrigadas ou desalojadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul. A medida visa auxiliar na reconstrução de casas, compra de móveis e eletrodomésticos, e pagamento de serviços essenciais. De acordo com o anúncio, estima-se que o benefício contemple…

Continuar lendo