Veterinário de Jundiaí já salvou cobras, emus e até uma lhama na região
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Veterinário de Jundiaí já salvou cobras, emus e até uma lhama na região

Além do seu trabalho como veterinário de animais silvestres e pets exóticos, ele também atua na mata fazendo resgates

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Veterinário de Jundiaí já salvou cobras, emus e até uma lhama na região
Alguns dos animais cuidados em clínica especializada para animais silvestres, com o emu à esquerda (Foto: Reprodução/Instagram)

O veterinário Adriano Bauer, de Jundiaí, decidiu atuar com animais silvestres e pets exóticos e foi o responsável por abrir, há 15 anos, a primeira clínica veterinária voltada para esses animais em Jundiaí e a segunda em todo o Brasil, a Amazoo.

Com 18 anos de profissão, já atendeu os mais diversos animais. E, aqui mesmo em Jundiaí, a lista inclui cobras, sapos, variadas espécies de felinos, jacarés, mini porcos e até mesmo lhamas e emus, animais típicos de outros países.

As lhamas, comuns em países de altitudes elevadas da América do Sul, não são nada comuns aqui no Brasil, mas Adriano diz que o animal consegue se adaptar. “Mas ele precisa ter espaço”, afirma. O animal atendido vive em uma propriedade em Campo Limpo Paulista.

No sentido veterinário, um dos principais problemas de saúde das lhamas é em relação aos dentes. “É preciso ter um cuidado odontológico com elas”, diz.

Já o emu é a maior ave nativa da Austrália e depois do avestruz a segunda maior ave existente. Após os atendimentos na clínica, a ave passa bem.

Adriano cuidando de jacaré (Foto: Reprodução/Instagram)

“Desde a graduação, eu sempre gostei dos animais silvestres. Logo após finalizar a faculdade eu trabalhei em um zoológico e fiz residência no Instituto Butantã. Foi depois dessa fase de experiências que decidi, já orientado, abrir a clínica em Jundiaí”, continua.

Resgate na mata

Além do seu trabalho na clínica, Adriano atua constantemente em meio à mata para resgate de fauna e flora a fim de minimizar os impactos na natureza em caso de obras.

“Acompanhamos toda a atividade de supressão da vegetação, para tentar minimizar esse impacto. Colhemos mudas de plantas, soltamos os animais que estão na área em outras áreas que não serão mexidas, para que eles continuem vivendo em seus habitats”, explica.

Durante esse serviço, a atuação é direto na mata, cara a cara com o bicho: serpentes, pequenos roedores, gambás e muitos outros animais.

Um dia desses, Adriano encontrou essa coral verdadeira (Foto: Reprodução/Instagram)

“Mas já cheguei a ver veado, jaguatirica, gato do mato pequeno, cachorro do mato… Tudo isso aqui na região. É bem legal que, mesmo ao lado de São Paulo, exista uma fauna e uma flora tão ricas”, diz.

Para ele, atuar em meio à mata e com esses animais é sempre compensador e permite que conheça espécies que são desconhecidas pela maior parte das pessoas.

“Um exemplo de bicho bem legal que resgatei na obra que estou atualmente é a chamada rã-guarda-de-barriga-branca. O canto desse bicho é parecido com o apito de um guarda de trânsito”, continua.

A rã-guarda-de-barriga-branca (Foto: Marcello Bongiovanni)

Mas, por mais diferente que seja para a maior parte das pessoas o contato com esses animais e que alguns pets sejam vistos como exóticos, para Adriano é tudo muito normal.

“É rotineiro para mim lidar com esses animais, estou acostumado. Lido com eles diariamente”, reitera o veterinário, que com muito amor pela profissão salva diariamente àqueles animais que necessitam de cuidados.

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