Coronavírus: o alto preço do negacionismo
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Opinião

Coronavírus: o alto preço do negacionismo

Por Miguel Haddad

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Miguel Haddad

A esmagadora maioria das pessoas quando ouve falar pela primeira vez em terraplanismo – a ideia de que a Terra não é redonda, mas plana – acha que é uma piada. No entanto, milhares de pessoas em todo mundo acreditam cegamente nisso e encontram as mais mirabolantes respostas quando confrontadas por provas materiais.

Esse tipo de comportamento, denominado de Negacionismo, basicamente rejeita os postulados da Ciência e é mais disseminado do que se imagina. A negação do Holocausto, da Aids, da eficácia das vacinas, do desequilíbrio climático, dentre tantos outros, são exemplos conhecidos dessa atitude.

Uma das consequências mais nefastas do pouco caso com que são tratadas as advertências da Ciência é a pandemia do coronavírus. Os alertas a respeito do surgimento de um surto pandêmico foram repetidos ao longo de anos, inclusive em fundamentadas palestras registradas há tempos na Internet.

No entanto, praticamente nada foi feito para evitar essa catástrofe. A questão do desequilíbrio climático, previsto pelo cientista inglês James Lovelock há quase meio século, um evento que ameaça a existência da nossa Civilização, somente agora, após as evidências terem se tornado assustadoras, começa a ser encarado com a urgência necessária.

É nossa responsabilidade, pensando no mundo em que irão viver nossos filhos e netos, não só deixar claro a validade dessas evidências e das conclusões da Ciência, como agir sem perda de tempo, tomando medidas concretas, práticas e objetivas para evitar que essas previsões se tornem realidade.

Desde logo é preciso entender que o enfrentamento do desequilíbrio climático, assim como a prevenção de novas pandemias, não são tarefas que cabem exclusivamente aos poderes do Estado, embora globalmente a ação dos governos seja preponderante. Nessa luta todas as instâncias públicas, privadas e individuais – ou seja, cada um de nós – têm um papel decisivo.

Municipalmente, há muito a ser feito. Em primeiro lugar, tornar nossas cidades ecologicamente eficientes. E a nossa região tem todas as condições para alcançar essa meta.

Vamos trabalhar para isso. Não há hoje tarefa mais importante.

Miguel Haddad

Os artigos publicados pelos colunistas são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam necessariamente as ideias ou opiniões do Tribuna de Jundiaí.

Opinião

O petróleo não é o excremento do diabo e sim uma Dádiva de Deus

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Planejar a cidade

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Jones Henrique Martins, Gestor de Governo e Finanças de Jundiaí
Foto: Arquivo pessoal

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